Fanfic: Meu Destino (Vondy) - Terminada | Tema: Rebelde (Vondy)

Alguns dias depois, escritório de Anahí e Dulce

Anahí: E então, senhorita María, posso saber por que parece tão empolgada com esse caso novo? Um processo tão simples não costuma te custar tanta dedicação...

Dulce com cara de safada: Não estou dedicada ao processo, estou dedicada ao meu cliente...

Anahí: aah não, Dulce! Não está se envolvendo com o gerente da Uckermann’s,  Né?

Dulce: AINDA não.

Anahí: Dul, pelo amor de Deus,você nunca se envolveu com um cliente antes! Me diga que dessa vez é por paixão, please! Me diz que não é só mais um casinho!

Dulce: Olha eu não to fazendo nada de mal, ta?

Anahí: Conclusão: é só mais um casinho mesmo.

Dulce: Não aconteceu nada, Annie... ainda não... mas se depender de mim... –sorriu, maliciosa.

Anahí: Você só pode estar doida! Vai se envolver com esse homem com o processo em andamento? Aí você mete o pé na bunda dele e ele contrata outra advogada... ou então ele te dá um pé na bunda primeiro, você fica com raiva e faz ele perder o processo... só que aí você perde também...

Dulce revira os olhos: Anahí, eu sou profissional...

Anahí: Anram, só que mais do que profissional, você é passional!

Dulce: Não sou não, quem te disse essa mentira?

Anahí: Apenas os 3 anos de ensino médio que estudamos juntas e os anos de Universidade. Você pode até tentar se enganar com essa história de “eu só quero me divertir, não vou mais me apaixonar”, mas você e eu sabemos perfeitamente que você sempre se envolve, sempre!

Dulce: Qual foi a última vez que me envolvi? Nem eu consigo me lembrar como é estar apaixonada... e nem quero. A menina romântica e passional do ensino médio não existe mais, Anahí.

Anahí: Existe sim, mas está brincando de esconde-esconde. Está disfarçada de uma mulher despreocupada com os sentimentos alheios e com os próprios... uma mulher que só quer prazer e mais nada.

Dulce: Gosto mais dessa mulher.

Anahí: Eu gosto mais daquela menina...- falou, tristemente, pousando o olhar numa papelada em cima da mesa.

Dulce olha pra ela e se levanta se sua cadeira, pondo-se ao lado da amiga e abraçando-a de lado.

Dulce: Annie... Annie desculpa ta, eu exagero às vezes... mas você sabe como me senti todos esses anos... quantas vezes já sofri por amor, quantas? Simplesmente todas as vezes que amei... minha felicidade durava uma semana, um mês no máximo... aí eles me apunhalavam pelas costas... acho que desisti deles...e um pouco de mim também... mas não quero mudar com você também, você é minha melhor amiga!

Anahí fita-a com olhos suplicantes: Então sabe que estou falando essas coisas pro seu bem... não gosto de ver você agindo assim... está se igualando aos homens que brincaram com você!

Dulce solta-a e encosta na mesa, quase sentando, os olhos perdidos, procurando algo inexistente no piso.

Dulce: Eu sei! – dá um longo suspiro – O pior é que eu sei... mas não consigo achar outro modo de me defender... não consigo ficar sozinha por muito tempo... sinto falta de carinho, de atenção... de paixão. Claro que não encontro tudo que preciso nessas “aventuras” que tenho vivido, mas... pelo menos me distraio um pouco dessa solidão...

Anahí coloca a mão sobre o braço da amiga, em sinal de apoio.

Anahí: Eu te entendo. Também já sofri muito, você sabe. Mas não fui capaz de desistir de algo tão essencial e puro como o amor. Simplesmente parei de procurar, de esperar por um homem perfeito, segui minha vida, me dediquei aos estudos e aí o meu grande amor apareceu, por si só e na hora certa. As experiências dolorosas que eu tive me serviram pra não esperar a perfeição de Poncho e não pra desistir do amor... e talvez, sem aquelas velhas desilusões, Poncho e eu nem tivéssemos dado tão certo... Sua hora vai chegar também, você não tem que se castigar e muito menos que castigar os homens pelo que você viveu no passado...

Dulce: É por isso que desde então só me envolvi com homens que não prestam... porque sei que não vou magoá-los como fizeram comigo anos atrás... eles não se apaixonam, só querem prazer momentâneo, não precisam de amor, nem de telefonemas, nem de atenção... querem meu corpo e eu quero o deles... nos satisfazemos e adeus!

Anahí: E isso te faz feliz? – seu tom de voz era mais uma indução para que Dulce refletisse sobre aquilo. Aquilo realmente a fazia feliz?