Fanfic: Paixão Obscura - adaptada - TERMINADA

Dedicado a Liilivondy, bem-vinda :)

— Onde é a quadra, Sarvigñon?
— Perto do lago Cherry.
— Por que diabos quer trocar raquetadas lá no fim do mundo? Há vários clubes por aqui.
— O dia está bonito para jogarmos ao ar livre. Claro, se tem medo de um ventinho...
De marcha à ré, Christopher tirou o carro da vaga no estacionamento.
— Mas o que é que você costuma fazer nos dias de folga, além de usar aquele maravilhoso equipamento em cima do seu bar? — indagou Dulce.
— Assisto a um bom jogo, visito galerias... — Olhou-a de soslaio e sorriu maldoso. — Pego mulheres.
Dulce o observava por sobre o aro dos óculos de sol.
— Assiste a que esporte?
— Depende da estação. Havendo bola em jogo, estou lá.
— Eu também. E que tipo de galeria?
— A que parece melhor no momento.
— Você tem uns trabalhos bonitos, no bar e no apartamento.
— É, eu gosto.
— E que tipo de mulher?
— Dócil.
Dulce riu e olhou para a frente.
— Está me chamando de dócil?
— Não, você é selvagem. Gosto de variar, de vez em quando.
— Sorte a minha. — Dulce voltou a estudar o perfil dele, encantada com as linhas másculas, com os óculos escuros escondendo os fascinantes olhos cor de mel. — Você tem muitos livros. Não consigo imaginar você mergulhado numa boa leitura.
— Atento — corrigiu Christopher. — Mulheres mergulham em leitura, homens atentam.
— Oh, desculpe-me. — Dulce prestou atenção no caminho que seguiam. — Pegue a próxima saída para entrar na dois-dois-cinco. E tire o pé do acelerador. A polícia rodoviária adora multar playboys com máquinas quentes como esta.

— Conheço gente da polícia, sabe.
— Acha que vou salvar a sua pele, sendo que nem me deixou dirigir seu carro esporte?
— Acontece que conheço o chefe da polícia de Denver. — Christopher leu a placa no acostamento. — Disse lago Cherry?
— Isso mesmo.
Ele saiu da estrada e estacionou ao lado de uma loja de conveniência.
Dulce estava confusa.
— O que foi?
— Sua família mora no lago Cherry.
— Exatamente. Lá em casa, tem uma linda quadra de basquete... Ou melhor, meia-quadra, pois foi o máximo que meus irmãos e eu conseguimos, após ferrenha campanha. Tem também churrasqueira, que meu pai aproveita muito. Tentamos nos reunir domingo sim, domingo não.
— Por que não me disse que íamos à casa dos seus pais?
Ela percebeu a raiva na voz dele.
— Combinamos jogar e lá é um lugar tão bom quanto qualquer outro. .
— Não quero me intrometer numa reunião de família. — Christopher saiu de ré com o carro. — Deixo você lá. Arranje uma carona para voltar depois.
— Espere aí. — Dulce girou a chave na ignição, desligando o motor. Se ele estava zangado, podiam brigar, mas não deixaria que ele a colocasse na geladeira. — Quem disse que estará se intrometendo? Vamos marcar umas cestas, comer carne. Não precisa de convite impresso para isso.
— Não vou passar o domingo com a sua família.
— Porque é uma família de tiras?
Ele tirou os óculos escuros, jogando-os longe.
— Não tem nada a ver uma coisa com outra,
— Então, sou boa o bastante para que durma comigo, mas não para que me faça companhia diante da minha família?
— Não diga bobagem. — Christopher saltou do veículo e foi contemplar uma estreita faixa de relva. Dulce foi atrás.
— Então, explique.
— Você me enganou, Dulce. Para começar.
— Foi só uma artimanha inocente. Christopher, conhece meu pai há séculos, mas nunca aceitou nenhum convite dele para ir lá em casa. Por quê?
- Porque é a sua casa e não tem lugar para mim lá. Porque devo muito ao seu pai. E agora estou dormindo com a filha dele, pelo amor de Deus!

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bjix da Naty