Fanfic: Paixão Obscura - adaptada - TERMINADA

— Mão furada — ralhou Blanca, pousando o acessório na mesa.
— Mãe.
— Hum? O gelo está acabando de novo?
— Estou apaixonada por Christopher.
— Eu sei, querida. Quem está disponível para ir buscar mais gelo?
Dulce segurou a mãe pelo pulso antes que ela fosse à grade do deque gritar por mais gelo.
— Como soube?
— Porque conheço você e vejo seu jeito quando está com ele. — Gentil, Blanca afagou-lhe os cabelos. — Assustada ou feliz?
— Ambos.
— Ótimo. — Com um suspiro, a mãe a beijou no rosto. — É assim mesmo. — Enlaçando-a pela cintura, achegou-se à grade. — Gosto dele.
— Eu também, mãe.
Blanca encostou a testa na da filha.
— Não é maravilhoso reunirmos a família assim?
— É. Christopher e eu brigamos por causa disso hoje.
— Parece que você venceu.
— Vamos brigar de novo quando eu disser que vamos nos casar.
— Mas você é filha de seu pai. Aposto em você.
— Pode apostar.
Dulce desceu os degraus e atravessou o gramado. Já calculara tudo. Não se importava em ser calculista quando precisava marcar pontos.
Alcançou os homens e foi direto beijar Christopher na boca. Ele gemeu, lembrando-a do lábio machucado, mas ela só riu.
— Agüente firme, valentão! — E o beijou de novo.
Christopher a pegou pela cintura e apertou contra o corpo.
— Pai? Mamãe disse que precisa de mais gelo.
Sarvigñon esquadrinhou o gramado e localizou o alvo.
— Poncho! Vá buscar mais gelo para sua mãe! — Ignorado, partiu para o corpo-a-corpo. — Poncho!

Dulce cruzou as mãos à nuca de Christopher.
— Agora, vai me contar o que conversaram.
— Assunto de homens. — Ele roçou os lábios nos dela. — Idéia sua, foi?
— Não sei do que está falando.
— Estou em desvantagem, aqui, Dulce. Quer que eu seja massacrado por sua família?
— Não seja bobo. Minha família é beijoqueira.
— Já reparei. Mesmo assim... — Ele se desvencilhou, cauteloso.
— Está se comportando muito bem — assegurou ela. — Uma gracinha mesmo. Está se divertindo?
— À parte pequenos acidentes... — Christopher indicou o canto do lábio rasgado. — Sua família é muito hospitaleira.
— Não é? Cada reunião destas fortalece nossa união, nos deixa mais à vontade uns com os outros. Meus primos e eu nos vemos desde crianças, aqui ou no incrível castelo gótico de tio Gage, ou subindo as montanhas, ou...
— O quê?
— Só um minuto. — Fechando os olhos, Dulce se concentrou. — Estou regredindo no tempo, voltando aos lugares em que fui feliz com as pessoas que mais amo. É por isso que as pessoas sempre voltam à cidade natal, ou visitam os pais depois que crescem... — Abriu os olhos ante um novo pensamento. — Onde ele cresceu?
Espetou um dedo no peito de Christopher.
— Onde ele e a irmã cresceram? Em que casa moraram? Ele era feliz? Deve ter um lugar de refúgio, no qual se esconde, planeja. Já sei onde ele está.
Dando meia-volta, Dulce correu para a casa.
Christopher foi atrás e encontrou-a digitando um número no telefone.
— O que está fazendo?
— Ligando para a chefatura. Burra, burra, como não pensei nisso antes? Carmichael? É Sarvigñon. Preciso que descubra um endereço, o endereço antigo de Matthew Lyle, pode haver vários. Verifique inclusive onde morou na infância. Se não me engano...
Dulce fez um esforço para recordar o dossiê do assassino.
— Ele nasceu no lowa e a família se mudava muito. Não sei quando chegaram a Denver. Os pais já morreram. Sim, pode ligar para cá ou para meu celular. Obrigada.

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bjix da Naty