Fanfic: Paixão Obscura - adaptada - TERMINADA

- Você é civil.
— Exatamente. A menos que imponham estado de sítio, tenho o direito de dirigir meu negócio e ir e vir como me aprouver.
Dulce queria arrancar os cabelos.
— É minha função manter você vivo para que dirija seu negócio.
Christopher levantou-se.
- Considera-se meu escudo, Dulce? Por isso mantém sua arma ao alcance da mão mesmo quando nos trancamos entre quatro paredes? — Contornou a escrivaninha e se aproximou olhando-a de cima. — Saiba que não gosto nada disso!
Ela se pôs na ponta dos pés, para ficarem no mesmo nível.
— Você é um alvo.
— Você também,
— Estamos perdendo tempo.
Dulce seguiu para o elevador, mas ele a puxou pelo braço.
— Não vou me esconder atrás de você. Tenha certeza disso.
— Não queira me ensinar meu trabalho.
— Não queira dirigir a minha vida.
Ela se desvencilhou, o olhar faiscante.
— Vai ter de agüentar as conseqüências, então. Guardas na porta do bar vinte e quatro horas. Tiras à paisana espalhados por todo o estabelecimento e agentes disfarçados na cozinha e no serviço.
— Não.
— É pegar ou largar. Acho melhor pegar, pois posso mexer meus pauzinhos e colocá-lo sob custódia preventiva, a pretexto tão bom que nem você, que é freguês, vai conseguir sair. Sabe que posso conseguir, Uckermann. Meu pai me ajudaria, porque gosta de você. Por favor. — Agarrou-o pelas lapelas. — Por mim.
— Quarenta e oito horas — determinou Christopher. — E, nesse ínterim, espalho a notícia de que estou atrás dele.
— Não!
— É pegar ou largar.
Dulce suspirou, esgotada.
— Fechado.
— Agora, quanto quer apostar que descubro num minuto todos os tiras que plantou lá embaixo?

Ela sorriu.
— Será que consigo convencer você a ficar aqui em cima esta noite?
Christopher deixou o dedo escorregar até o centro do corpo dela.
— Só se ficar comigo.
— Foi o que pensei. — Às vezes, o compromisso era a única saída, por mais que incomodasse. — Agüente até pegarmos Lyle.
Christopher chamou o elevador.
— Acho que agüento. Vai ser esta noite ou amanhã à noite, não é?
— É. Provavelmente, vamos pegá-lo na casa dele. Mas, se ele pressentir o perigo e furar o cerco, será aqui. E logo.
— Will está sempre atento e não deixa passar nada.
— Não quero que você ou seus funcionários se arrisquem. Se virem Lyle, avisem-me. — Dulce captou o olhar dele. — O que foi?
— Nada. — Christopher a acariciou no rosto. — Quando isto estiver acabado, pode tirar uma folga?
— Alguns dias.
— Podíamos viajar...
— Para onde?
— Você escolhe.
Dulce entrou no elevador.
— Já estou pensando.
— Dulce?
— Hum?
Havia tanto a dizer. Demais a sentir. Mas não era hora nem lugar.
—- Depois. Depois eu falo.

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bjix da Naty