Fanfic: Paixão Obscura - adaptada - TERMINADA
As portas do elevador se abriram direto para o escritório de Christopher. Era um espaço amplo, metade trabalho, metade lazer, esta com sofá de couro em cor vibrante, duas poltronas superconfortáveis e uma enorme me televisão a exibir um jogo de beisebol noturno sem som.
Dulce não se surpreendeu com a preferência por esportes, mas olhou pasma para as estantes de livro que iam do chão ao teto.
Atentou então à área de trabalho, tão formal quanto a outra metade era descontraída. Junto à escrivaninha, microcomputador e telefone. Observou um monitor de vídeo com imagens do bar lá embaixo. A única janela permanecia cerrada por persianas bem fechadas. O carpete era grosso e aconchegante, cinza-pedra.
De pé e de costas para a parede, Christopher cumprimentou com a mão enquanto encerrava um telefonema.
— Eu lhe dou uma resposta. Não, até amanhã, não. — Ergueu o sobrolho, divertido, ao ouvir a réplica. Espere e verá.
Com isso, desligou e se sentou na cadeira.
— — Oi, Dulce Maria. Obrigado, Bryan.
— — De nada. Até mais, Dulce Maria.
— — Muito obrigado.
Christopher aguardou até as portas do elevador se fecharem.
— Está atrasada.
— — Eu sei, mas não pude evitar. — Ela se voltou; para o monitor de vídeo, dando-lhe a oportunidade de correr o olhar por suas costas e pernas longas.
Perfeita, concluiu Christopher. Perfeita.
— — Tem câmeras em todas as áreas públicas?
— — Gosto de saber o que se passa em meu estabelecimento.
Disso, Dulce não duvidava.
— Guarda as fitas?
— - São trocadas a cada três dias.
— - Gostaria de ver as imagens gravadas.
— - Para requerê-las, precisará de um mandado.
Ela olhou por sobre o ombro.
Christopher trocara de roupa, envergando agora um terno preto de bom corte italiano, podia apostar.
- Pensei que havia concordado em cooperar.
- -Até certo ponto. Está aqui, não está?
- — O telefone começou a tocar, mas Christopher não tendeu. — Por que não se senta? Vamos elaborar um plano.
Dulce não se sentou.
- O plano é este: disfarçada de garçonete, converso com clientes e funcionários. Enquanto trabalho, fico de olhos bem abertos e você se mantém fora do meu caminho.
- -Acontece que não preciso ficar fora do caminho de ninguém no meu estabelecimento. Já trabalhou em um bar?
- - Não.
- - Já serviu mesas?
- - Não. — Dulce irritou-se com a expressão aborrecida - Qual é o segredo? Anota-se o pedido, entrega-se o pedido , serve-se o pedido. Não sou retardada.
Christopher deu aquele seu sorriso rápido e poderoso. Parece fácil para quem passou toda a vida do outro lado do balcão. Acontece que vai precisar de treinamento, investigadora. A chefe no seu turno é Deb.
Até pegar o jeito, você vai só ajudar. Isso significa...
— Já entendi.
— - Otimo. Escalei-a para o turno das seis às duas. Terá quinze minutos de descanso a cada duas horas. Não pode beber em serviço. Se algum cliente se engraçar demais ou passar do limite, fale comigo ou com Bryan.
— Sei me cuidar.
— — Aqui você não é policial. Se alguém tocar em você de maneira imprópria, fale comigo ou com Bryan.
— — Isso acontece muito?
— — Mais comigo. As mulheres não conseguem tirar as mãos de cima de mim.
— — Ha-ha...
Sério, Christopher esclareceu:
— Não, não acontece muito, mas alguns sujeitos ficam meio confusos quando bebem. Só que aqui eles ficam confusos apenas uma vez. A casa começa a encher por volta das oito horas. O entretenimento começa às nove. Terá muito o que fazer.
— Levantando-se, rodeou-a.
— — Disfarçou-se bem, nem parece policial. Só alguém muito perspicaz para desconfiar. Gostei da saia. Dulce esperou até ficarem frente a frente.
— — Preciso das escalas de trabalho de todos os funcionários. Ou vai exigir mandado?
— — Não, estão na mão. — Christopher apreciou a escolha do perfume dela: fresco e feminino. — Terá cópias na hora de ir embora. Não contrato ninguém sem rigorosa pesquisa de antecedentes. Nenhum funcionário aqui veio de família certinha e bonitinha nem teve uma vida certinha e bonitinha.
Acionando o controle remoto, Christopher captou a imagem da câmera sobre a área do bar.
— — O rapaz que acaba de encerrar seu turno foi criado pelos avós quando a mãe se escafedeu. Envolveu-se em encrencas aos quinze anos.
— — Que tipo de encrencas?
— - Foi pego com um papelote no bolso.
Tomou jeito, lacraram seus registros, mas foi franco comigo ao pedir o emprego. Agora, estuda à noite.
Autor(a): natyvondy
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1704
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stellabarcelos Postado em 18/11/2015 - 16:10:14
Muito lindos! Amei!
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mariaeduardavondy Postado em 26/02/2014 - 16:06:01
Oiiii,eu sei q vc não le mais os comentários,mas queria dizer q AMEI AMEI AMEI a sua web!è a melhor q eu já li com certeza!!!parabéns!Amei o final !♥♥♥
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12delanoche Postado em 02/11/2012 - 21:45:36
A MELHOR WEB VELHO , AMEI AMEI AMEI AMEI AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
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liilivondy Postado em 06/10/2009 - 00:26:40
Pena que acabou !
Mais amei o final !
beijos -
natyvondy Postado em 04/10/2009 - 21:28:43
q bom que gostaram :)
bjix da Naty -
natyvondy Postado em 04/10/2009 - 21:28:42
q bom que gostaram :)
bjix da Naty -
jessikavon Postado em 04/10/2009 - 19:45:51
Aiii q pena q acabou...
foi perfeito...
a wn foi linda d+++++++++ -
jessikavon Postado em 04/10/2009 - 19:45:48
Aiii q pena q acabou...
foi perfeito...
a wn foi linda d+++++++++ -
jessikavon Postado em 04/10/2009 - 19:45:46
Aiii q pena q acabou...
foi perfeito...
a wn foi linda d+++++++++ -
jessikavon Postado em 04/10/2009 - 19:45:46
Aiii q pena q acabou...
foi perfeito...
a wn foi linda d+++++++++