Fanfic: Paixão Obscura - adaptada - TERMINADA

- Irritado — corrigiu Christopher, gélido. — Não gosto de ser interrogado pela polícia.

- Sou investigadora, Christopher. Que fazer? — Ela guardou a foto na bolsa. — Esse é meu trabalho. Sei que estou tomando seu tempo, mas não há alternativa. Gostaria de entrevistar os outros agora.

Ele se levantou ao mesmo tempo que ela.

- Agradeceria se mandasse Will aqui para cima. E ficasse lá embaixo. Talvez precise falar com vc novamente.

Christopher contornou a escrivaninha, o olhar estreito emitindo uma advertência ao se aproximar dela. Agarrou-a pelas lapelas da jaqueta e puxou de encontro a si.

Mil desejos, todos impossíveis, o avassalaram.

— Você me irrita demais — rosnou. Soltou-a e foi para o elevador.

— Igualmente — murmurou Ducle, mas só quando ele não podia mais ouvir.

Frannie acendeu um cigarro e fitou Dulce em meio a baforada.

— Então, você é tira. Eu teria desconfiado, não fosse Christopher cercando-a. Ele não gosta de tiras mais do que eu.

— Já havia percebido — retrucou Dulce. — Ouça, vamos facilitar as coisas para todo mundo, está bem? Já sabe que pegamos a quadrilha de ladrões, que o bar era usado, que Jan era integrante. Pode me dizer a quanto tempo a conhece?

— Há um ano e meio, mais ou menos. Nos conheçemos na lavanderia do prédio. Ela era garçonete, eu trabalhava num bar... — Frannie endireitou os ombros.

— Saímos juntas algumas vezes. Eu gostava dela. Quando Christopher abriu uma vaga, ajudei-a a conseguir o emprego. Isso me torna cúmplice?

— Não. Jan tinha namorado?

— Ela gostava de homens e os homens gostavam ela.

Dulce mudou de posição, contendo a impaciência.

— Frannie, sei que não gosta de tiras, mas há um na UTI de um hospital neste momento que, por acaso, é meu amigo. Ainda não sabem se ele vai viver. É casado e tem dois filhos. Uma mulher morreu. Era amada, também. Se quiser me atacar a nível pessoal depois, vamos lá. Mas seria bom terminarmos isso antes.

Frannie deu de ombros.

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bjix da Naty