Fanfic: Submundo

CAPITULO 2

 A brasa da fogueira queimava forte, a fumaça subia incontrolavelmente.
Ao redor da fogueira estava Miguel e John sentados devorando o ultimo pedaço do lombo do animal, estavam faminto de verdade, como se estivessem há dias sem comer algo, se sentiam satisfeitos, empanzinados, só queriam agora era tirar um bom de um cochilo, mas como? Estavam no meio de uma floresta sem lenço e nem documento, sem eira nem beira, perdidos.

- Essa fumarada deve chamar a atenção de alguém – Diz John lambendo os dedos.
- É verdade, bem que podia aparecer aquelas salva-vidas gatonas e tirar a gente dessa né?
- Mas salva-vidas é só em praia seu animal! Hahaha
- Putz! Podes crer Hahaha

Fome já não era um problema pra eles, deram a sorte de achar um animal indefeso no meio da mata, só queriam agora era sair dali, não queriam ficar parados, o quanto antes poder chegar em casa, melhor pra ambos, e apenas ser mais um noite ruim em suas vidas, onde tiveram que caçar pra não serem caçados.
 Miguel liga sua lanterna, parecia esta mais fraca, e a qualquer hora ja nao ia mais existir a luz, John vinha logo atrás levando sua espingarda nas costas, presa pela bandoleira. Queriam sair dali antes que amanhecesse, caminharam até achar uma trilha, podiam estar certos, ou podiam estar errados, mas decidiram pegar a trilha, onde até podiam ter a visão mais ampla ao redor, os galhos estavam a maioria podadas, e alguns abutres ainda ficavam em topos de árvores ao redor, puderam ver dois alces passando adentro a mata, mas já estavam satisfeito, não queria incomoda-los, só sair desse pesadelo que já começava a ficar cansativo.
Miguel para de andar, já estava bufando, e o suor já tomava toda sua blusa clara, que começava a ficar amarela, John percebe o cansaço do amigo.

-  Isso, fuma mais. – John sorri.
- É, tá acabando comigo, a gente tá andando num faz nem meia-hora e já to cansado, Saudades pulmão.
- Hahaha
- Haha

Miguel encosta em uma árvore, John continua em alerta, mas agora em silencio, e pode ouvir passos, Miguel também ouviu, ficou em alerta, será o caçador procurando sua arma? Poderia ser, Miguel direcionou a lanterna de onde o barulho vinha, não deu pra ver nada, a pilha já estava fraca, mas o barulho continuou, e ficava cada vez maior, Miguel de um tapa na lanterna, a luz saía um pouco mais forte e pode ver, um homem vinha em suas direções seguindo a trilha que eles estavam, não dava pra ver como ele era, estava uns 40 metros de distancia, mas já dava pra saber que era grande, de longe parecia ter uns 3 metros, e 200 quilos, no mínimo pelos cálculos de John.

- Será que ele o dono dessa arma? – Diz Miguel olhando para as costas do amigo
- Isso num deve nem caber na mão dele.
- Deixa falar com ele; Opa, olá senhor, pode nos ajudar, estamos perdidos.
O homem continuava a andar devagar em direção aos dois, não deu nenhuma resposta.

- Acho que ele não quer falar contigo, deixa eu tentar. – diz John tirando a arma de suas costas e levantando numa tentativa de amostra-lo.
- Aqui, olha, essa arma é sua?
Nenhuma resposta do homem, ele parou de andar ficou encarando os dois, numa distancia de 15 metros.
Miguel direciona a luz da lanterna no rosto do homem parado, era feio, usava um tapa olho, tinha uma ombreira com espinhos de metal, sem blusa o peito era cabeludo, e uma calça de couro, pele de algum animal que não puderam reconhecer e um coturno que parecia ter ferro na ponta, tinha a pele num tom esverdeado, poderia ser lodo, um odor horrível saía do corpo do homem e impregnava o nariz de John e Miguel, o homem parado começa a correr em direção aos dois, Miguel rapidamente toma a frente do amigo, o Homem defere um soco contra Miguel, a ação foi rápida, não deu pra Miguel se defender, o soco pega em cheio na costela de Miguel, o arremessando a 10 metros de distancia, só parando batendo as costas numa árvore, e caindo estirado no chão, John se assusta, e vira a arma em direção ao homem, que da um tapa na arma, fazendo-a voar pra longe, o homem se aproxima de John e pega pelo pescoço, John dá um soco no homem, sem reação o soco nem o arranhou, o homem levanta John pelo pescoço, que fica se debatendo rente ao monstrão, o homem aproxima o rosto no rosto do John e o encara face á face e começa a cheirar o rosto de John, o rosto do homem de perto era gosmento, a coisa mais nojenta que John já tinha visto.
o barulho de um disparo ecoa, o homem solta o pescoço de John que cai sentado e olha pra trás, Miguel estava sentado no chão, com as costas encostada numa árvore, segurava e espingarda e acerto o homem por trás, não fez muito efeito, o homem vira em direção de Miguel que efetua mais dois disparo; um passa rente a cabeça do amigo John, outro pega em cheio na testa do homem, que cai pra trás soltando um gemido de dor.

- Ai, minha costela, tá doendo pra caralho. – diz o Miguel com a mão na costela que foi recebido o soco.
John se levanta e anda até o amigo.
- Consegue se levantar?
- Não, não consigo..
- Eu posso ajudar você – uma voz feminina ecoou pelo local, uma mulher saía de trás de uma árvore, tinha o cabelo longo e escuro, usava um vestido escuro até seu tornozelo que marcava seu corpo, era bonito, a pele era pálida, e apesar da veias que sobressaiam em seu rosto, era bonita.
- Eu vi o que aconteceu, posso ajudar seu amigo, se quiser.
- Quem é você? Por que quer nos ajudar? – Diz John ainda meio confuso
- Eu estou na mesma situação de vocês, quero sair daqui.
- Mas como quer nos ajudar? Ai. – diz Miguel reclamando de dor.
- Bom, primeiro de tudo, eu posso tirar vocês daqui
Enquanto a mulher falava, ela foi se aproximando lentamente de Miguel e se agacha rente a Miguel sentando no chão, tira a mão de Miguel da costela de forma devagar e cautelosa para que não o machuque, ela tinha unhas grandes, Miguel pode reparar, ela coloca a mão em cima de onde Miguel sentia dor, a costela dele estava quebrada, uma luz brilhante verde contornava a mão da mulher, logo passa a contornar a parte lateral do tronco de Miguel.
e em segundos a dor passou, como mágica, ou algum milagre divino.
Miguel não sabia bem se estava sonhando ou aquilo realmente aconteceu, não sentia mais dor, levou a mão até a suposta costela quebrada, e lá estava ela, no seu devido lugar, Miguel boquiaberto se levanta, John se aproxima dos dois.
- Nossa, como você fez isso? – Miguel pergunta.
- É apenas magia, não tem mistério.
- Eu pensava que isso só existia em desenhos animados. – John diz sorrindo
- Qual é o nome de vocês? – pergunta a moça.
- John.
- Miguel, e o seu?
- Sarah