Fanfic: Submundo

CAPITULO 4

 John não queria acreditar no que viu, as lágrimas começaram a descer involuntariamente, limpou o rosto com um dos punhos cerrados, coçou a vista, piscou, olhou novamente pra Sarah, e ela estava limpa, nenhuma mancha de sangue, olhou pra frente e viu Miguel em pé, encarado o homem com a espada seriamente, ficou confuso, será que teve uma visão? Não queria saber, só estava afim de impedir o que acabou de imaginar.

 - Que brincadeira é essa? Deixa a gente passar se não te desço o cacete. – Diz Miguel olhando o homem.
- Espera aí, o que você disse? – Diz John boquiaberto olhando pra Miguel.
-Disse que ia descer o cacete nele, olha o tamanho dele. – Diz Miguel subestimando o adversário.
- Relaxa aí Miguel, não quero ver sua cabeça rolando de novo.
- Hãn?

O dialogo entre os amigos chamou a atenção do homem, que os olhava atentamente.
Sarah continuava de cabeça baixa, O homem vira para John.
- É John né? – Diz o homem.
- Sim. – John responde.
- Estou impressionado com suas habilidades, nunca vi ninguém por aqui fazer o que você acabou de fazer. – O homem sorri.
Miguel sem entender nada, olha pra John, e em seguida olha pro Homem, tornar a olhar para John.
- Espera ae, o que você fez que eu não vi? – Diz Miguel curioso.
- Sei lá cara, eu só vi esse cara cortando sua garganta. – responde John olhando pra Miguel.
Miguel engole seco.

- Hoje eu estou de bom humor, vocês podem passar pelo portão, Mas estejam preparados, pois do outro lado dele as coisas pioram, eu não quero o mal de vocês, vejo em vocês um grande potencial, se cuidem crianças. – O homem vira as costas e saí andando, o portão começava a se abrir sozinho, o barulho era ensurdecedor. O Portão abria lentamente, o homem para de andar e sem olhar pra trás diz: - Caso alguém pergunte, a Senha é : “Quem vem do lado oposto, vem sem gosto de viver.”
O homem pula em uma das arvores e de arvores some de forma surpreendente .
Miguel olha pra dentro do túnel, e estava escuro.
- Escuridão de novo não.

Sarah toma a frente dos dois, abre a mão e uma luz verde contornava a sua mão, a luz verde era parecida com a que ela usou parar curar a costela de Miguel.
John e Miguel já não estavam mais espantados, já viram tanta coisa naquele lugar que já estavam até acostumando.
Sarah ia andando na frente iluminando o máximo que dava. Os meninos vinham atrás em alerta..

Já se faziam 20 minutos caminhando, nem se quer uma alma viva no túnel, que por sinal era bem grande.
De longe se podia ver uma luz pequena que entrava no túnel, espantando a escuridão.. era de fato a luz no fim do túnel para eles, já sentiam seu coração palpitar mais forte em pensar que esse pesadelo acabou... Somente pensar.

Ao atravessarem o túnel se depararam com uma fortificação, um castelo gigante.. ao meio de um deserto, em cima dos muros soldados fortemente armados e soldados por todo torno da fortificação fazendo uma ronda.

- Vamos perguntar onde estamos – Diz Miguel.
- E como tem certeza que não vão nos matar? Tanta gente tentou – Diz Sarah.
- Sarah minha filha, Eles estão armados, se quisessem me matar já tinham matado – Diz John.
De cima do muro, um soldado viu os três aventureiros e gritou para os que estavam em baixo.

- Ei, homens, na entrada do túnel.. parece que temos visitantes.
- Haha, isso é impossível, Anos aqui nunca vi ninguém vim daquele lado de lá. – Retrucou outro soldado.
- É verdade, ainda tem uma garota. – Disse o soldada de cima do muro.
- Vou verificar. – O soldado que estava do lado de fora, foi andando em direção ao túnel.

John viu o soldado vindo em direção dele, enquanto Miguel e Sarah conversavam
- Bom, agora não temos escolha. – Disse John olhando para Miguel.

O soldado vinha andando segurando um fuzil AK-47, e uma farda amarelada que se camuflava a areia, todos os soldados usavam uma farda amarelada.
O soldado que vinha ao encontro dos três estavam numa distancia mediana, ainda cerca de 100 metros até alcança-los. Os três foram andando em direção ao soldado também, estavam com pressa.
Mais de novo aquela sensação, John pode sentir todos os pelos de seu corpo se arrepiando, olhou para Miguel, Miguel parece não ter percebido, Nem Sarah, Continuaram a andar então, John tentou andar, mas a sensação ruim só aumentava, algo ia acontecer. Não sabia quando, mas queria estar preparado.
Numa distancia de 20 metros do soldado, John viu uma coisa saindo da areia atrás do soldado, parecia ser uma pata... uma pata de um cachorro.
congelou... era isso, tem que avisar ao soldado, ele precisa se defender. Tarde demais, numa velocidade surpreendente, essa “coisa” saiu da areia, decapitando o soldado com apenas uma patada, parando de frente para John, Miguel e Sarah.
Antes do corpo do soldado caísse no chão, os soldados que estavam em cima do muro começaram a disparar, rajadas e rajadas para cima da besta, que tinha forma de um cachorro, porem era grande e tinha toda a pelagem negra.
John correu para um lado, Miguel e Sarah correram para o lado oposto, Os disparos acertavam em cheio a besta que agora corria, numa tentativa de fuga.
Um outro soldado foi ver o corpo do amigo, chegou perto, fez o sinal para John que estava atrás de uma pedra sair, John saiu e chamou Miguel, consequentemente Sarah veio junto.
- Os senhores estão bem? – perguntou o soldado
- Caara, o que foi isso? – Perguntou Miguel ainda em estado de choque ao soldado.
- Isso foi um ataque de um Cão ceifador, é uma sorte vocês estarem vivos, vamos entrar, aqui fora é perigoso.