Fanfic: Una Canción - Laleuge. (Adaptada) - Terminada. | Tema: Lali Esposito, Eugenia Suarez

Lali saiu do banho e deu de cara com Nico sentado na cama.

Lali:O que você tá fazendo aqui?

Nico:Acho que a Euge tá com ciumes.

Lali:De quem?

Nico:De você comigo.

Lali:...Que? Ela pirou?

Nico:Pois é, ela tá super estranha, fica frizando a palavra "amizade" e "amigo" quando fala da gente.

Lali:Você não devia ter me beijado, só encheu a cabeça dela de merda.

Nico:Foi brincadeira! Não achei que ela ia levar a sério!

Lali:É claro! Beijar a esposa dos outros, na frente dessa pessoa, é normal! Todo dia alguém faz isso, ontem o Benja fez isso com ela, e antes disso o Gas fez comigo!

Nico:Calma, se quiser eu falo com ela.

Lali:Ótimo, porque a culpa não é nem um pouco minha!

Nico desceu e encontrou Euge espremendo algumas laranjas para fazer suco.

Nico:Euge...posso falar com você?

Euge:Claro, pode falar.

Nico:Você sabe que eu considero a Lali como uma irmã, certo?

Euge:Você beijaria sua irmã?

Nico:Certo...isso...bem...era brincadeira.

Euge:Olha, Nico, eu prezo o que você está fazendo, tentando salvar meu casamento de uma provável briga, mas...

Nico:Não "mas". A Lali te ama mais que tudo, nunca ia te trair, muito menos comigo! Somos como irmãos gêmeos...de outras mães.

Euge:Nico...agora não.

Nico voltou para casa logo depois da conversa com Euge, tinha que trabalhar no dia seguinte, ia treinar a nova agente, precisava estar em perfeitas condições. Euge subiu pro quarto e foi direto pro banheiro, sem nem sequer olhar para Lali, bateu a porta com força e Lali ainda conseguiu ouvir o som da chave girando, a morena suspirou, sabia que teria um longo caminho pela frente. Euge enrolou um pouco no banheiro, quando saiu Lali não estava na cama, olhou pelo quarto, mas não a viu, estranhou, terminou de se arrumar e foi procurá-la pela casa. Viu a luz da cozinha acesa e imediatamente foi para lá. Lali estava escorada na pia, tomando um copo do suco que Euge havia feito, a loira ficou aliviada, mas não expressão emoção alguma, foi até a geladeira e pegou a jarra de suco, se serviu e fechou a geladeira, deu um pulo pra trás quando viu a morena ao lado da geladeira, não tinha a visto, a porta aberta da geladeira impossibilitava sua visão.

Euge:Meu Deus! Que susto! (colocou a mão no peito)

Lali não se mexeu.

Euge:Esqueço que você consegue fazer isso sem fazer barulho! Um dote polícial! Ótimo!

Lali continuou calada, com as mãos nas costas, olhando Euge, que deu as costas e colocou o copo, já vazio, na pia, ia saindo da cozinha quando sentiu os braços fortes da esposa a envolvendo, tentou se esquivar, mas a morena foi mais rápida, colocou a mão em sua barriga e a outra se apoiou na parede. Euge sentiu algo raspando em sua larga camiseta, olhou para baixo e viu, na mão da esposa, uma rosa vermelha.

Lali(sussurando em seu ouvido):Pra você.

Lali esticou o braço e entregou a rosa para Euge.

Euge:...Eu não quero.

Lali:Qual é? Eu furei meu dedo duas vezes pra pegar essa rosa!

Euge:Me solta.

Lali beijou seu pescoço levemente.

Euge(arrepiada):Me deixe ir.

Lali:Pelo menos me diga por que está assim.

Euge:E VOCÊ AINDA PERGUNTA?!

Lali:Amor, por favor...

Euge:Não me chame de "amor. Não deveria falar isso pro Nicolas?

Lali:Ah, então é isso?

Euge conseguiu se soltar e saiu da cozinha, Lali ficou parada um momento, tentando entender, depois saiu correndo atrás dela. Chegou no quarto super ofegante, com o coração acelerado, Euge estava pegando algumas cobertas e travesseiros.

Lali:Pra que isso?

Euge:Você dorme no sofá hoje.

Lali:QUE?!!? Você tá louca?! Eu não vou dormir no sofá! Acabei de sair do hospital e quero dormir em um lugar confortável!

Euge:Não em venha com chantagem emocional. Se não quer dormir no sofá, vá dormir com o Nico.

Lali:Pelo amor de Deus! Euge, me escuta! Eu não quero nada com o Nico!

Euge:EU VI VOCÊS DOIS! SÃO MUITO PERFEITOS JUNTOS!

Lali:Podemos até ser, mas ele não é você! Pra mim, ele é como um irmão caçula gay! Apesar de ser mais velho.

Euge:"Ele não é você"? É sua melhor defesa?

Lali:Defesa? Isso não é um julgamento! Euge, presta atenção, eu te amo, você sabe disso mais do que ninguém.

Euge ficou calada.

Lali:Não vou negar, se não fosse você, seria ele. Mas eu tenho pena da pobre pessoa que for ficar com ele.

Euge:A Rochi ainda gosta dele.

Lali:E eu tenho pena dela! Euge, ninguém, ninguém mesmo, nem eu, eu nunca escondi isso de você, se eu não te amasse tanto, se eu não te queresse, se não fosse você a dona do meu coração, seria ele, ninguém nunca negou isso.

Euge:É esse o problema! Se eu te deixasse viver com ele? Vocês casariam, teriam lindos filhos, ele pode te dar uma família.

Lali:Você também pode!

Euge:Não, eu não posso, não posso te engravidar, não posso te dar o direito de ter a família que você merece, ELE, ele pode.

Lali:Eu não me importo se ele pode ou não, não é ele que eu amo, é você, só você! Eu te amo, Euge, por favor, acredite em mim!

Euge:Lali, olhe por outro angulo...

Lali:NÃO! EU NÃO QUERO OLHAR DE OUTRO ANGULO! EU SEI O QUE EU QUERO, O QUE EU PRECISO. Euge, sem você eu não vivo mais! Eu te amo, mais que minha vida... eu... eu... eu...

Lali levou a mão ao peito e escorou na parede.

Euge:Lali? O que foi? Você tá bem? Fala comigo!

*

Benja foi o mais rápido possível pra casa da prima, chegou a tempo de evitar um desastre, talvez mais alguns dias no hospital e mais uma cirurgia.

Benja:Está tudo bem, ela só se esforçou muito, ficou muito nervosa e o coração reagiu a isso, só tem que ficar em R-E-P-O-U-S-O A-B-S-O-L-U-T-O e vai ficar bem.

Lali(deitada na cama):Já entendi, Benja.

Benja:Você disse isso da primeira vez e olha onde estamos!

Lali:Vai embora, Benja!

Benja:Tá bom, tá bom.

Benja saiu do quarto e Euge o levou até a porta.

Benja:Por favor, Euge, ela precisa descançar, ficar em repouso, fica de olho nela pra mim, cuida dela.

Euge:Pode deixar, Benja, vou me dedicar a isso, vou cuidar muito bem dela.

Benja:Obrigado.

Euge voltou pro quarto, Lali ainda estava na mesma posição, parecia triste, abatida, Euge se sentiu culpada, uma criança mimada, que se dava ao luxo de ter ataques infantis, suspirou e deitou ao lado de Lali.

Euge:...Desculpa.

Lali:Não tem que se desculpar, só tem que acreditar em mim.

Euge:Eu acredito, desculpa, foi um ataque de ciume completamente sem sentido, fui muito infantil, mil desculpas, amor.

Lali:Não se desculpe.

Euge abraçou Lali, que deitou a cabeça no ombro da amada, que, por sua vez, apoiou a sua cabeça na de Lali e a apertou contra o peito.

Lali:Não consigo respirar!

Euge riu e soltou Lali um pouco, mas ainda a mantendo perto.

Euge:...Senti medo de te perder.

Lali:Percebi. Mas ainda estou aqui e você vai ter que me aturar por um bom tempo.

Euge:Um sacrifícil que vou adorar fazer...Eu te amo, sabia?

Lali:Eu também te amo, muito mesmo.

Lali logo adormeceu, por causa dos remédios que Benja havia lhe dado, Euge se tranquilizava apenas por sentir a respiração de Lali em seu pescoço e ver seu peito subindo e descendo ao se encher de ar, ou soltá-lo, saber que ela estava viva e "bem" e ao seu lado, dividindo a cama com ela, como faziam a 10 anos, deixava Euge feliz, como se sentia ao seu lado, ainda se impressionava com o jeito que Lali lhe deixava, mesmo depois de 10 anos ainda sentia borboletas na barriga quando estava com ela, suas pernas tremiam, ela não sabia o que falar. Beijou a testa de Lali e sorriu ao ver que ela suspirou.

Continua.