Fanfic: Procura da Luz | Tema: Percy Jackson and The Olimpians

           "Siga seus instintos, a sombra é o começo, a luz é o fim. Procura a Luz!"

           Acordei em meio ao som do alarme. Levanto-me de minha cama enquanto minha mãe vem em direção a porta de meu quarto.

           - Bom dia Nott.

           - Ah... Bom dia mãe. - Falei com voz de quem havia acordado há 3 minutos, o que de fato havia acontecido.

           - Vá comer. Está na mesa. - E retirou-se para seu quarto.

           Levantei com disposição? Não mesmo. Caminhei até a mesa. Olhei ao relógio que estava suspenso na parede, seus ponteiros afirmavam que eram exatamente 6:20. Meus olhos semi-abertos viam em cima da mesa de granito escuro ovos e bacon. As janelas deixavam penetrar os poucos raios solares. Por incrível que parecesse, nessa região de Manhatan quase não se vê o sol. É obscura sem sorrisos e emoções fluentes.

           - Mãe, onde está meu suéter? - Perguntei enquanto mexia com o garfo a mão direita e a faca a esquerda, as pontas do bacon. 

           - Na parte de cima do seu guarda-roupa Nott.

           - Hum... Valeu mãe.

           Comi lentamente e bebi meu copo de leite quente. Levantei-me da cadeira empurrando-a com as partes de trás do joelho fazendo com que os pés da cadeira arrastassem no chão fazendo um rangido irritante.

           - Tenha mais cuidado Nott. - Falou enquanto trazia meu suéter.

           - Desculpa. Mãe, quando vai me botar numa escola legal? - Perguntei, afinal, não tenho interesse na minha escola, as pessoas são extremamente chatas! Ninguém solta um sorriso, paredes cinzentas e sujas, quadros negros, monitores idiotas que te fazem ser suspenso se você sair da quadra no intervalo.

           - Próximo ano. - Respondeu ela.

           Caminhei até a porta e saí. No carro nenhum som até chegarmos a frente da escola. Abri a porta do velho corolla. 

           - Boa aula filho. - Falou.

           - Ok. - Respondi.

           Hoje tinha algo diferente na escola. O letreiro que dizia Highmady School of Teens estava piscando em um tom vermelho escuro, mesmo sendo muito velho ele foi utilizado. Nunca eu havia visto isto ligado, para mim isso era anormal.

           - Bom dia, Stark. - Disse a recepcionista.

           - Como? - Perguntei.

           - Bom dia. - Repetiu.

           - Ah... Bom dia pra você também... - Respondi inseguro. Como?! Nunca ninguém havia dito bom dia pra mim, muito menos a senhora Gatwall. Ela sempre era muito chata.

           O dia na escola estava diferente, mas diferente em relação a ela, porque em si a escola já é diferente.

           - Ei Nott! - Alguém gritou atrás de mim.

           - Ah, oi Hunt. - Seu nome era Hunter, meu único amigo na escola. - Você não está achando a escola diferente não?

           - Sim, o letreiro está ligado, legal, né? - Respondeu ele.

           - Hã... Acho que sim.

           Entramos em sala. Logo a professora de literatura, Kinny alertou:

           - Vamos todos ao auditório, o diretor Heavy quer falar com vocês.

           Levantamos todos e fomos em uma fila nada indiana para o auditório, percebi que só nossa sala havia sido chamada, pois no caminho somente nós estávamos indo. Os alunos estavam sorridentes. Novamente eu digo, tem algo muito estranho aqui. A luz ofuscada das lâmpadas iluminava o auditório de uns 400 metros quadrados.

           - Alunos da Highmady, consagro a todos vocês... - Ele deu um intervalo em sua fala. As pessoas da sala estavam sorrindo muito forçadamente, pareciam robôs daqueles desenhos infantis. Ele continuou. - ...   o nosso aluno exemplar que ganhou uma bolsa de estudos. Nott Stark, suba ao palco!

           - Eu fui escolhido? - Perguntei. Não, eu não era um aluno exemplar, afinal, minhas notas não passavam de C+, o máximo que consegui esse ano foi um B. Impossível eu ter tirado o "primeiríssimo" e ganhar uma bolsa? Nesse colégio não quero nada.

           - Sim, suba ao palco. - Repetiu o diretor.

           - Então tá. - Subi ao palco.

           Mary, a melhor aluna, olhava para mim com o mesmo sorriso de todos os outros. Eles batiam palmas, nada mais. Hunt era o único que parecia estar lúcido. 

           - Então...? - Perguntei.

           - Então, agora você terá uma surpresa. - Os alunos começaram a se levantar, Hunt ficou sentado olhando em volta sem entender o porque, se levantou também, cada um da classe sacou uma arma diferente, entre espadas, bestas, clavas, arcos, machados, tridentes e adagas. 

           Corri para perto da janela quando percebo que está trancada, todas estavam. As luzes apagaram, pareciam ter queimado de repente. Com um gesto de desespero passei as mãos nos olhos afim de saber se era ilusão, eu mais torcia que estivesse louco, minha visão parecia ter ficado mais nítida, e repentinamente consegui ver o que estava na escuridão. Todos a sala estava olhando para mim, em seus olhos, pareciam estar dormindo. Hunt correu para perto de mim, mas o diretor moveu sua mão em direção a ele e uma espécie de raio fino lançou-se em um dourado diretamente na testa de meu amigo que caio desmaiado.

           "É um sonho, só basta eu fechar e abrir os olhos que eu acordarei em casa, na minha cama..." Pensei, fechei meus olhos. Fui abrindo-os lentamente, e em minha visão repentina vejo uma flecha que passa zunindo por meu ouvido. Não, definitivamente isso não é um sonho. 

           Quando percebo, Hunt estava de pé com uma espada em mãos, girou acertando vários alunos, que se desintegravam como uma ilusão. 

           - Hunt! É apenas ilusão todos são ilu... - Uma flecha passou raspando em minha mão, um corte se fez a sangrar. - Ou não, né? 

           - Nott, mas o que diabos está acontecendo? - Perguntou ele. 

           - Boa pergunta. -Respondi. Jonny avançou em mim com uma espada curvada. Por um instinto súbito me abaixei e soquei seu estômago, retirei de sua mão tal espada que só percebi que sua lâmina era branca quando tomei-a em mãos. Levantei-me.

           Um espírito de bravura tomou conta do meu corpo que irradiou-se em uma aura translúcida. Com tal espada em mãos fazia com que iluminasse todo o espaço lançando junto a mim a mesma aura. Tomei posse de um poder relevante. Tomei impulso para correr, mas era impreciso, minha velocidade havia almentado cerca de 3 vezes. Rool investiu em mim. Soquei seu pulso direito fazendo-o soltar seu arco, e em uma fração de segundo tomei-o em minha mão esquerda e espetando tal com a espada.

           Puxei a corda do arco, e integrou-se uma flecha literalmente de luz. Lancei-a no meio do auditório, uma explosão luminosa desintegrou todos os "alunos" e quebrou lâmpadas e janelas. Hunt ficou atordoado, puxei-o comigo e pulei pela janela deixando no local a professora e o diretor.