Fanfic: Acordo Nupcial (adaptada)Laliter FINALIZADA | Tema: Laliter

— Não tem nada a ver.

— Até parece.

Ela cruzou os braços.

— Quem gosta de mim me chama assim. Você não gosta de mim, não acredita em mim. Então me chame de Lali  ou de Mariana .

Eles permaneceram calados pelas duas horas seguintes. Só quando estavam chegando na casa dos Bauer que ela quebrou o silêncio.

— Tem alguma notícia que eu preciso saber?

— Você sabe da maior parte delas. —Ele estacionou o jipe atrás de um pequeno caminhão respingado de lama. Ao contrário do que Lali previa, parecia que um monte de gente já havia chegado. — Você provavelmente ouviu falar que Eugenia voltou dos Estados Unidos.

Ela sentiu o sangue gelar nas veias.

— Quando?

— Uns dois meses atrás. — Nada no tom de sua voz de­monstrou o que pensava, de modo que ficou à mercê da pró­pria imaginação. O boato corrente era que Eugenia rompera o relacionamento com Peter para cuidar da própria carreira.

Se fosse verdade, então Lali podia muito bem acreditar que Peter jamais perdoaria Eugenia, chegando a ponto de ca­sar com outra. Mas isso não queria dizer que ele não sentia mais nada pela linda loura... sentimentos que jamais tivera por ela. Não que se importasse com isso. Lali  saiu do jipe abrindo a porta com força.

Pegou a cesta e caminharam até o quintal dos Bauer. No meio do caminho ele a abraçou pela cintura.

— Sorria, Mariana . Estamos em lua-de-mel.

Ela não sabia o porquê. Com o braço na cintura dele, sor­riu de modo dócil quando já estavam terminando de atraves­sar o quintal.

— Ah, meu bem, que lindo!

Peter  reclamou baixinho, mas era tarde. Várias pessoas ouviram e já estavam zombando dele, dizendo que ele estava apaixonado. Ele levou a brincadeira na esportiva, mas não tirou o braço da cintura dela, nem quando ela foi entregar a cesta ao jovem Cristovão Bauer.

Lali  usou o aperto de mão com Bauer como desculpa para tirar o braço da cintura de Peter. Era muito estranho sentir o calor dele por debaixo da roupa, uma intimidade tão tranqüila que a perturbara mais do que se tivessem trocado beijos apaixonados.

— Que bom revê-la, Lali — disse Bauer. — Sentimos sua falta.

— É bom voltar para casa.