Fanfic: Acordo Nupcial (adaptada)Laliter FINALIZADA | Tema: Laliter

Ela ficou tão surpresa com a resposta de poncho que não conseguiu dizer nada.

— Não sabia que você tinha bons olhos para essas coisas. — disse Eugenia com um sorriso tão luminoso que podia cor­tar vidro. — Você sempre se veste de maneira tão... simples.

— Prefiro deixar certas coisas para a imaginação. — Lali sorriu e fez questão de não olhar para o profundo decote do vestido da rival. O que irritava era que Eugenia ficava sexy, em­bora qualquer outra que usasse aquele vestido ficasse vulgar. Felizmente mais alguém chegou atrasado e eles puderam enfim seguir adiante.

— Como assim mérito meu? — perguntou ela. Ele arqueou a sobrancelha.

— Ano passado, meu aniversário.

— Ah. — Lembrou enfim de ter-lhe enviado o presente espontaneamente. Não sabia se comprara o tamanho certo. Nem se ele tinha gostado.

Ele fez carinho em seu rosto com as juntas dos dedos do­brados.

— Obviamente você estava de olho no meu corpo bem antes de partir.

Lali corou, incapaz de conter as lembranças do que fize­ram em frente ao espelho. Peter sorriu e pegou duas taças de vinho da bandeja de um garçom que passava.

Lali rapidamente recobrou o bom senso.

— Na verdade gostaria de beber suco. Ele trocou a bebida e entregou a ela.

— Pensei que você gostava de vinho branco.

— Não estou com vontade esta noite — mentiu ela, ima­ginando quanto tempo levaria para ele entender porque ela não queria beber. Peter tinha a mente mais eficiente que muitos computadores, mas quem sabe desta vez demoraria a perceber.

Naquele momento um proprietário de terras que Lali co­nhecia vagamente se aproximou.

— Peter, estava querendo falar com você.

Sorrindo para a esposa do homem, Lali começou a con­versar amenidades por alguns minutos até que outro casal se juntou ao grupo e mudaram de assunto. Assim Lali ficou livre para observar, a primeira coisa a lhe chamar a atenção foi o fato de estar entre as pessoas mais poderosas daquele ambiente.

A segunda foi que mesmo as pessoas mais idosas pediam conselhos a poncho, demonstrando respeito por ele, o que ela jamais poderia imaginar. Pela primeira vez sentiu que era apenas no casamento que poncho se mostrava incapaz de de­monstrar o mínimo traço de ternura.

Apesar de ter sido criada em fazenda, a de sua família era bem pequena e seu pai jamais lhe ensinou como cuidar dos negócios. Além disso, não tinha talento de anfitriã, não era boa de conversa, e era claro que poncho precisava destas qua­lidades em uma esposa. Lali não chegava a ser uma caipira, mas o fato era que estava fazendo parte de um círculo social bem diferente do seu.

— Tudo bem por aqui? — Eugenia parou do outro lado de Peter.