Fanfic: AyA - O que há por trás. | Tema: RBD

Saí do camarim e pedi algumas informações para chegar até o estúdio onde Dulce estava. Era no fundo de um dos corredores, então segui até lá. Para minha surpresa vi outro cartaz, ainda maior, de Poncho e Belinda, do lado direito por onde estava passando. Do lado do cartaz, havia uma placa escrito: “Camaleones – Estúdio 50”. Não podia ser, o estúdio da novela dele era ali perto. Comecei a procurar como quem não queria nada e achei. Fui até lá, mesmo sabendo que não estava fazendo a coisa certa. Me senti uma idiota parada na frente da porta do estúdio 50. E o “sentimento da idiotice” aumentou quando um homem saiu lá de dentro, quase batendo a porta na minha cara.
Antes mesmo dele pedir desculpas, saí correndo de lá, indo até onde Dulce estava. Entrei no estúdio 48 e fui até os corredores dos camarins. Vi a placa na porta escrito Dulce Maria e entrei sem nem bater, fazendo Dulce se assustar.
- O que é isso, Any? – perguntou confusa – Que susto!
- Ai Dul, desculpa, mas...
Ela nem me deixou explicar e veio correndo me abraçar.
- Que saudades, amiga! - ela disse me abraçando forte.
- Ai Dulcinha, quanta falta você faz.
Sentamos em um dos sofás e começamos a conversar. Falamos de várias coisas, ela me contou seus planos pro futuro e garanti à ela que eu estava feliz com esse meu novo trabalho, porém, sentia falta de 5 anjos da guarda do meu lado nos palcos e na minha vida. Ela concordou com lágrimas nos olhos e me abraçou novamente.

Bateram na porta e uma mulher loira entrou no camarim, me cumprimentando e dizendo que era minha fã. Agradeci pelo carinho e ela alertou Dulce que em cinco minutos, ela entraria na gravação.
- Me espera aqui? – ela perguntou.
- Não posso Dul, já demorei demais aqui. Se Guillermo voltou, ele deve estar uma fera comigo. Estou sem celular e nem o avisei que viria pra cá.
Ela começou a rir.
- Sinto falta dessa sua falta de responsabilidade, as vezes. – ela disse na verdade, querendo chorar, por causa da saudade.
Eu conhecia muito Dulce. As vezes a gente nem precisava conversar pra saber o que se passa uma com a outra. Nós sabemos o que a outra sente só pelo olhar. E eu sabia, minha presença tinha levado à ela mais saudades do que ela já sentia.
- Não é falta de responsabilidade, Dulcinha. É esquecimento.
- Disso também. – agora ela ria com lágrimas nos olhos – Sinto falta da sua falta de responsabilidade e do seu esquecimento.
Sorri segurando o choro e a abracei forte.
- Promete que vai me ligar mais vezes? – ela perguntou.
- Prometo. Você promete?
- Eu juro!
Ela sorriu e foi para gravação.

Agora eu estava de novo naquele corredor torturante. Alfonso deveria estar neste exato momento, a poucos metros de mim, no estúdio ao lado. Meus pés me fizeram ir até lá novamente. Parei na frente da porta. Metade de mim dizia para eu entrar, enquanto a outra metade mandava eu ir embora dali logo.
Será que iria dar muito na cara eu aparecer lá do nada? O que será que ele pensaria de mim se eu chegasse lá de repente? Ah, eu poderia dar a desculpa de que fui ver Dulce e resolvi dar uma passada lá para vê-lo também. Minha mão direita já estava na maçaneta da porta, pronta para abri-la.
- Anahí?
Droga! Conhecia bem aquela voz.