Fanfics Brasil - Capítulo 17 Inocente Traidora-AyA (Finalizada)

Fanfic: Inocente Traidora-AyA (Finalizada) | Tema: Ponny


Capítulo: Capítulo 17

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— De qualquer forma, estou perdida — ela murmurou, prestes a chorar.


— Por quê? — Alfonso indagou, perplexo. — Você vai morar numa casa maravilhosa, com seu filho, terá muito dinheiro para gastar como bem entender, não precisará se matar de trabalhar em troca de tostões, e tudo isso a que preço? Nenhum. Sou eu que me verei obrigado a engolir meu orgulho para recebê-la de volta.


— Oh, pobrezinho... — Anahí escarneceu, afugentando as lágrimas.


— Dio! Não me provoque! — ele rebateu, contendo a fúria.


— Você assinará o contrato e sairá da sociedade com Glenn. Não quero que nada atrapalhe o nosso recomeço.


Quem não soubesse do ódio que Alfonso lhe devotava, teria a impressão de que ele realmente se empenhava em reconstruir o casamento com Anahí, disposto a fazê-la feliz.


— Não pretendo vender minha parte na sociedade.


— Discutiremos esse assunto em outra oportunidade — Alfonso ponderou, diplomático.


— Posso saber aonde vamos morar? — Anahí voltou à carga.


— Ainda não decidi.


— Contanto que não seja com Athene! Nós duas não podemos residir na mesma casa — ela exigiu, assustada com a perspectiva.


— Não há razão para eu levá-la para junto da minha mãe. Afinal, você já não é nenhuma adolescente.


Anahí assentiu, adivinhando que o motivo era outro.


— Ela não me aceitaria, não é? Você, decerto, lhe contou tudo.


— Eu não contei a ninguém. Sua irmã, porém... não ficou tão quieta. Houve alguns rumores... — ele admitiu, cauteloso.


Anahí ouviu-o com incredulidade. De forma alguma aceitaria aquelas insinuações sobre Vicky, sabendo-a incapaz de tal baixeza. Mas que a história fora espalhada pela família, disso não tinha dúvidas. Deus do céu! Que humilhação para Alfonso! Toda a alta sociedade italiana comentando... “magnata da indústria traído pela jovem esposa”...


— Nada nos impede de termos nossa própria residência — ele enfatizou. — Da primeira vez em que nos casamos, fui ingênuo o bastante para crer que você seria mais feliz cercada pelos cuidados da minha família, livre das preocupações que a administração de uma casa proporciona. Era jovem demais e sem nenhum traquejo social, e imaginei que ficaria muito assustada se tivesse que receber algum dos meus amigos. Lembro-me de que você mal distinguia um copo para vinho de outro para água! Que imbecilidade a minha! Não percebi a hostilidade de minha mãe em relação a você. Estava tão cego de amor que não enxergava um palmo adiante do meu nariz.


— Não culpe o amor. Na verdade, você jamais deu ouvido a nenhuma das minhas queixas. Eu avisei quanto a Athene...


— Sim, admito. Mas, entenda, era minha mãe... não conseguia acreditar. É difícil avaliar com objetividade alguém tão próximo. Só me convenci ao constatar-lhe a satisfação quando nosso casamento fracassou.


Anahí fitou-o perplexa. Jamais esperara que Alfonso admitisse os próprios erros. Talvez jamais o tivesse ‘‘avaliado com objetividade”...


— Ela... seus parentes ficarão chocados com a nossa reconciliação.


— Sou o chefe da família — ele replicou com altivez. — não devo satisfação a ninguém. Minha expectativa é que todos se comportem com civilidade.


Alfonso consultou o relógio, levantou-se e pegou o casaco de pele de Anahí.


 


 



— Já são quase cinco horas. Você precisa de algum tempo para arrumar-se para a recepção.


Anahí permitiu que ele a ajudasse a vestir o casaco, enrubescendo ao lembrar-se de como Alfonso a ajudara a despi-lo. Estava satisfeita com a conversa, uma das poucas que tiveram em suas vidas. Contudo, restara algo por dizer.


— Aquela noite.. — Anahí sentia as palavras se atropelarem em sua boca, impedindo-a de falar com clareza. — Você sabe... na casa de Vicky...


Os músculos de Alfonso se contraíram de tensão.                         


— Aquele homem.., nos não fizemos amor — ela murmurou, num esforço supremo. — Tenho certeza disso. Não sou capaz de lembrar o que aconteceu, mas posso afirmar que... nada houve entre nós.


— Seria mais prudente que jamais voltasse a tocar nesse assunto.


Anahí contemplou-lhe a expressão endurecida pelo ressentimento, e optou por não replicar. Mesmo que Alfonso acreditasse nela, seria impossível resgatar o sofrimento e a humilhação que ela lhe causara. Se não tivesse ido à casa de Vicky, contra a vontade dele, talvez ainda se mantivessem casados.


— O carro irá buscá-la — Alfonso informou, dispensando-a. — Até mais tarde.


 


O apartamento de cobertura em Grosvenor, até onde Anahí se lembrava, praticamente não sofrera modificações, permanecendo tudo como conhecera, anos antes, com exceção de alguns quadros novos na sala de estar.


Umberto, o mordomo, também não mudara nada. Atendeu-a com a mesma indiferença polida com que a brindara no dia em que ela fora ao apartamento em busca de uma cópia da chave.


Havia um quarto preparado especialmente para ela, e a coleção de roupas já se encontrava nos armários, à sua espera. Anahí examinou tudo, fascinada com as rendas, sedas e cetim da lingerie, e a beleza dos trajes, tanto os esportivos quanto os de gala. Mais uma vez, surpreendia-se com a eficiência de Alfonso. Bastava-lhe um simples gesto, e o mundo se colocava aos seus pés.


Anahí tentou de novo telefonar para Vicky. Dessa vez, teve sorte.


— Anahí, onde diabo você se meteu? Há horas venho ligando para a sua casa, mas ninguém atende.


— Estou em Grosvenor, com Alfonso.


— Mentira! — Vicky exclamou, a voz traindo incredulidade e raiva. — Não pode ser, você não cometeria uma besteira dessas! — ela argumentou. — Não voltaria com ele, depois de tudo o que lhe fez!


— Vicky, ouça...


— Vou já para aí...


— Não venha, não — Anahí interrompeu. Antes que a irmã a impedisse de falar, contou-lhe sobre a recepção daquela noite.


— Mais um motivo para eu ir vê-la com urgência — Vicky rebateu. — Será que não entende? Oh, Deus...


Anahí surpreendeu-se com a reação quase histérica da irmã. Sabia que ela não gostaria da novidade, que desaprovaria sua decisão, mas não com tanta veemência. Ainda mais tratando-se de uma pessoa tão controlada, quase fria, incapaz de abalar-se com o que quer que fosse.


— Olhe, eu irei vê-la amanhã, antes de voltar para casa, está bem?


Vicky soltou uma gargalhada estranha.


— Certo. Ficarei em casa, aguardando. Afinal, o que poderia acontecer de hoje para amanhã, não é?


Anahí desligou o telefone sem saber o que pensar. Confusa, decidiu esquecer o assunto. O vestido azul repousava sobre a cama, pronto para vestir, e ela se deteve para apreciá-lo. Era, de fato, muito bonito, dotado de um corte perfeito. O modelo, entretanto, revelaria os contornos de seu corpo, realçando-os com sensualidade. A constatação deixou-a com um nó na garganta. No passado, Alfonso jamais a teria presenteado com uma roupa tão... adulta. O fato demonstrava o quanto ela mudara no conceito dele.


O jantar foi servido apenas para Anahí, que comeu pouco, sentindo-se solitária, como acontecera tantas vezes no seu tempo de casada. Pelo menos, dessa vez não esperava pela chegada de Alfonso com a impaciência juvenil e ressentida de urna adolescente apaixonada. Contudo, preocupava-a a maneira como se desmanchara nos braços dele. Esforçara-se muito para esquecê-lo e acreditara ter conseguido. No entanto, o incidente no escritório destruíra sua certeza, deixando-a insegura.


 


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 226



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  • al.andrade Postado em 30/11/2014 - 18:09:45

    comecei a ler e me apaixonei na historia. Mto linda mesmo!!

  • elizacwb Postado em 12/01/2013 - 18:48:23

    até quem enfim eles se entenderam e a vdd foi dita,aleluia, adorei o final da web foi linda demais, valeu adorei mmo

  • elizacwb Postado em 12/01/2013 - 18:48:23

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  • elizacwb Postado em 12/01/2013 - 18:48:23

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  • elizacwb Postado em 12/01/2013 - 18:48:22

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  • elizacwb Postado em 12/01/2013 - 18:48:22

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