Fanfics Brasil - Capítulo 38 Inocente Traidora-AyA (Finalizada)

Fanfic: Inocente Traidora-AyA (Finalizada) | Tema: Ponny


Capítulo: Capítulo 38

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O marido não fez comentários, tornando a encher de uísque o copo que segurava com a mão crispada.


— Por favor, acredite em mim! — ela rogou, ansiosa.


— Por que isso? Por acaso eu a estou policiando?


Ele levantou-se e caminhou a esmo pela sala.


— Droga! Não sabe o esforço sobre-humano que precisei fazer para não ouvir na extensão.


Se Alfonso não fosse um homem de princípios, a essa altura haveria uma tragédia! Anahí apiedou-se dele, tão atormentado por sentimentos profundos e dolorosos. Mas tudo aquilo teria um fim muito em breve.


O resto da noite transcorreu sem outros incidentes. Anahí suportou o mau humor do marido com paciência, sentindo-se leve por dentro. Quando se deitou, dormiu de imediato e só acordou na manhã seguinte, cheia de disposição.


— Fico feliz por vê-la tão bem-humorada — Alfonso saudou-a, um sorriso sardônico aflorando-lhe nos lábios sensuais.


Anahí não respondeu à provocação, atirando-se ao desjejum com apetite. O aroma forte do café, no entanto, deixou-a enjoada, tirando-lhe a vontade de comer. Talvez fosse o tipo de pó, diferente daquele que se usava na Inglaterra, ou o modo como Sofia o preparava. Alfonso, no entanto, sorvia o líquido quente sem se incomodar com o gosto. Anahí deu de ombros. Afinal, habituado a viajar muito, adaptava-se aos lugares com maior facilidade que ela.


— Quando voltaremos para Florença? — ela indagou, ansiosa para resolver o problema de uma vez por todas.


— Não sei. Estamos bem aqui.


— Mas você disse uma semana ou duas — Anahí protestou. — Sinto saudades de Nicky.


— Eu também. Pensei em mandar buscá-lo — ele estudou-lhe o semblante aflito com atenção. — Se quiser fazer compras, posso levá-la a Atenas.


— De vez em quando, ocupo minha mente com outras coisas que não o meu guarda-roupa — ela retrucou com sarcasmo.


— O que por exemplo? — Alfonso perguntou, arqueando a sobrancelha.


Anahí contou até dez para não rebater com uma resposta malcriada e levantou-se, desistindo de comer.


— Preciso de ar puro. Vou dar uma volta pela praia, se não se importa.


— Não vá muito longe. Carina e Ricky chegarão à ilha em tempo de almoçarem conosco — Alfonso advertiu-a. — Ficarão aqui até amanhã, quando seguirão para Nova York. Ricky assumirá a Diretoria de Relações Públicas da nossa filial norte-americana.


Anahí ficou feliz com a notícia. Carina era a sua cunhada preferida, e a companhia do casal seria bem-vinda. Todavia, o que mais desejava no momento era descobrir uma forma de reunir Alfonso, Vicky e Jeff em Florença o mais cedo possível.


No fundo, receava que a irmã não concordasse com a idéia e dissuadisse o apaixonado Jeff de levá-la avante. Ela sempre fora muito orgulhosa, e detestaria o constrangimento de admitir a própria culpa diante de Alfonso.


Tentando afastar o medo de seus pensamentos, Anahí caminhava pela orla, brincando com a espuma das ondas que rolavam, suaves, até a areia. O sol ainda não estava muito forte, e o contato dele em sua pele era agradável.



Não se afastara muito quando avistou um iate ancorado a poucos metros da praia. Bem diante dela, havia um pequeno grupo de moças e rapazes que se bronzeavam, tagarelando alegremente. De um gravador portátil vinha o som da voz de Bruce Springsteen.


— Você não pode ser uma nativa! — declarou um jovem de cabelos castanhos. — Não com essa cor de olhos!


Anahí identificou o sotaque e exclamou:


— Você é inglês! Que maravilha, encontrei um conterrâneo! Sem pensar, Anahí juntou-se a eles, feliz por estar na companhia de gente jovem e descontraída.


Havia dois casais e um rapaz sem par. “Segurando vela”, como ele anunciou, rindo.


— O pessoal daqui não é dos mais amigáveis — queixou-se Hilary, uma das moças. — Impediram-nos de ancorar no cais, alegando que a ilha é propriedade particular. Por isso, viemos para este lado deserto. Ontem, fomos à pousada para jantar e qual não foi nossa surpresa quando o dono nos expulsou de lá. Já viu uma coisa dessas?


— E você, foi aceita na pousada? — indagou Ann, a outra jovem.


Anahí relutou em se apresentar. Não queria estragar a camaradagem que se criara entre eles com tanta facilidade. Assim, optou por não lhes contar que era a dona daquele paraíso. Afinal, não era assim que se sentia.


— Eu... me hospedei numa casa de pescadores. Com meu marido, é claro.


— Você é casada? Que azar o meu! — reclamou Dave, o rapaz de cabelos castanhos que primeiro se dirigira a ela, fingindo-se desesperado.


Anahí riu.


— E tenho um filho de quase quatro anos — acrescentou, sorrindo do ar espantado dos novos amigos.


— Você deve ter saído do berço direto para a Igreja — Ann comentou, perplexa. — Não entendo como alguém pode se “amarrar” tão cedo. A vida é curta demais para as pessoas se prenderem desse modo.


 


— Depende com quem — Anahí replicou, imperturbável e, com muito tato, desviou a conversa para assuntos menos pessoais.


— Estou morta de sede — Hilary declarou, olhando para o namorado. — Por que você não vai até a vila comprar refrigerantes?


Todos protestaram, alegando preguiça de andar até lá. No fim, decidiu-se que dois dos rapazes iriam e Dave ficaria para “proteger” as moças. Ann resolveu voltar para o barco, a fim de preparar alguns sanduíches, e Hilary ficou conversando com Anahí.


O calor do sol, no entanto, deixou-as um pouco cansadas, e as duas estenderam-se sobre uma esteira grande.


Sem perceber, Anahí cochilou. De repente, sentiu que alguém lhe acariciava os cabelos e abriu os olhos. Dave estava debruçado sobre ela, numa proximidade perigosa.


— Onde está todo mundo? — ela indagou, ouvindo um alarme soar em sua mente.


— Convenci Hilary a ajudar Ann com o almoço.


— Por quê? — Anahí relanceou os olhos pelo relógio de pulso e constatou que já era quase meio-dia. — Oh, não! Estou atrasada...


Tentou levantar-se, mas Dave segurou-a pelo braço, impedindo-a de afastar-se.


— Ora, vamos. Você não vai me deixar agora, não é? Que tal procurarmos um lugar mais... tranqüilo para nós?


— Ficou louco? Deixe-me!


Todo o prazer que defrutara com a companhia daquele bando alegre esvaiu-se, restando apenas irritação pelo atrevimento de Dave.


Antes que ela conseguisse desvencilhar-se, o rapaz se deitou sobres eu corpo, beijando-a com violenta sensualidade. Em pânico Anahí debatia-se em vão. Dave era muito mais forte e a subjugava sem esforço.


Ela fechou os olhos, desesperada, desfechando murros nas costas dele, que parecia nem sentir. Quando pensou que estava tudo perdido, Dave voou de cima dela, indo cair na areia, a uns dois metros dali.



 




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Anahí tornou a abrir os olhos, confusa, e deparou-se com uma cena de indescritível violência. Alfonso, ajoelhado sobre o rapaz estendido no chão, esmurrava-o com implacável obstinação, como que determinado a matá-lo com as próprias mãos. — Alfonso! Pare com isso, pelo amor de Deus!    ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 226



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  • al.andrade Postado em 30/11/2014 - 18:09:45

    comecei a ler e me apaixonei na historia. Mto linda mesmo!!

  • elizacwb Postado em 12/01/2013 - 18:48:23

    até quem enfim eles se entenderam e a vdd foi dita,aleluia, adorei o final da web foi linda demais, valeu adorei mmo

  • elizacwb Postado em 12/01/2013 - 18:48:23

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  • elizacwb Postado em 12/01/2013 - 18:48:23

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  • elizacwb Postado em 12/01/2013 - 18:48:22

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  • elizacwb Postado em 12/01/2013 - 18:48:22

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