Fanfics Brasil - Capítulo 004 Inocente Traidora-AyA (Finalizada)

Fanfic: Inocente Traidora-AyA (Finalizada) | Tema: Ponny


Capítulo: Capítulo 004

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Perdida em reflexões, Anahí contornou uma curva fechada com gestos automáticos. De repente, um boi surgiu no meio da estrada, deitando-se sobre a pista como se fosse dormir. O coração dela quase parou. Dispunha de frações de segundo para tomar uma decisão. O que faria? Se freasse, a limusine bateria na caminhonete. Desviar sobre o asfalto recoberto de gelo seria arriscado demais. Entretanto, não tinha alternativas. Gritando sem perceber, girou o volante na direção do acostamento, derrapando violentamente. Sentiu algo atingir-lhe a cabeça e, em seguida, mergulhou no silêncio, engolida por trevas profundas.


 


— Nicky! — Anahí gritou, sentindo-se ainda enterrada na neve, a cabeça latejando.


Tentou erguer-se, porém mãos firmes impediram-na, fazendo com que se deitasse de novo sobre a cama macia.


— Nicky!! — ela voltou a chamar, aterrorizada.


— Acalme-se, sra. Herrera. Seu filho está bem — a voz da enfermeira, firme e serena, tranqüilizou-a. Aos poucos, sua respiração regularizou-se. Levou a mão até a fronte dolorida, tocando nas ataduras que a envolviam.


— É verdade? Não está me enganando?


— Oh, não! Claro que ele tem uns arranhões aqui e ali. — Além disso, ficou apavorado. Porém, nada mais sério.


— Pobre querido — Anahí soluçou. — Preciso ir vê-lo agora mesmo.


— Precisa é ficar na cama, sra. Herrera — a enfermeira objetou, ajeitando as cobertas sobre a paciente.


— Meu sobrenome é Portilla — Anahí retrucou. — E quero ver meu filho já.


A porta abriu-se, interrompendo a discussão.


Um homem alto, de meia-idade, vestindo um jaleco branco, entrou.


— Então, resolveu voltar para nós, sra. Herrera? — ele saudou-a com um sorriso jovial.


— A sra. Portilla, doutor — a enfermeira corrigiu-o com secura, fazendo Anahí corar de embaraço — insiste em ver o filho imediatamente.


— O pai está fazendo companhia a ele — o médico anunciou. — Portanto, pode ficar sossegada. A situação está sob controle.


— P-pai... Alfonso? — Anahí gaguejou, incrédula. — Aqui?


— Chegou faz duas horas, sra...Portilla.                                                        


Alfonso estava lá! Mas lá onde? Anahí deu-se conta de que não fazia a menor idéia sobre o lugar em que se encontrava. Não podia estar muito longe de casa. Outra dúvida que a assaltou foi acerca da data. Nem imaginava que horas seriam, e de que dia.


Decerto informaram Alfonso logo após o acidente. Claro, ainda mais que os dois “capangas” presenciaram tudo, e até foram responsáveis, em parte...


— Descanse, sra. Portilla — o médico aconselhou-a depois de medir-lhe a pressão. — Não há nada com que se preocupar. Só a estamos mantendo aqui em observação por medida de cautela, entende?


— Não posso ficar... e quanto a Nicky, já pode ir para casa?


— O pai assumiu a responsabilidade. Assim, creio que lhe darei alta.


Algo próximo do pânico apertou-lhe a garganta. Será que Alfonso a culparia pelo acidente, utilizando-o para tirar-lhe Nicky? Não. Ele era cruel, mas não a esse ponto. No entanto, o que viera fazer naquele hospital, senão manobrar para conseguir seu intento?


— Dê-lhe um sedativo. Ela está muito agitada — o médico ordenou à enfermeira.


— Não quero — Anahí sentou-se no leito. — Desculpe, doutor, mas eu não estou doente.


— Ainda está em estado de choque, sra. Portilla.


 


 


Ignorando o comentário, ela afastou as cobertas e levantou-se. O quarto pareceu rodopiar ao seu redor. Decidida a ver o filho, a impedir que Alfonso o levasse embora, Anahí respirou fundo, tentando recobrar-se. Tudo inútil: sentindo que as pernas não lhe obedeciam, apoiou-se na cama.


 


A última vez que vira Alfonso fora num hospital, logo após o nascimento de Nicky, havia quase quatro anos. Estranho que fosse revê-lo em circunstâncias tão parecidas...


 


— Por favor, deite-se. A senhora ainda não está em condições de se movimentar — a enfermeira advertiu-a com brandura.


 


— Então prometa que não vai deixá-lo entrar — Anahí rogou, nervosa.


 


— Quem?


 


— Meu ex-marido — Anahí cerrou os olhos. Reconhecia a infantilidade da própria atitude. Nutrir tanto medo por alguém era absurdo, inaceitável mesmo. Porém, que fazer? Não podia evitar aquele sentimento que a embaraçava diante do olhar perplexo da enfermeira.


 


— Se é o que deseja...


 


Ela trocou um olhar com o médico. Nenhum dos dois atreveu-se a revelar à paciente que o ex-marido já estivera em seu quarto, velando-a enquanto ela permanecia inconsciente.


 


Ainda trêmula, Anahí sentiu a picada de uma agulha em seu braço e mergulhou no sono, sem ouvir o comentário da enfermeira:    


 


— A sra. Portilla morre de medo dele, doutor. Por que será?


 


— Não é problema nosso.


 


— Mas o sr. Herrera é tão.., gentil.


 


Ela jamais vira um homem mais atraente. Que olhos! Que corpo! E que dedicação à ex-esposa... Sentara-se junto ao leito, segurando-lhe as mãos com ansiedade e ternura. Enquanto não conversara com o médico, inteirando-se das reais condições dela, não havia arredado o pé do quarto. A enfermeira não podia entender o que se passava com aquela paciente...


 


Já havia anoitecido quando Anahí acordou. Os últimos raios mortiços de sol entravam pelas frestas da cortina, lutando contra a escuridão que invadira o aposento.


 


Lembrando-se do ocorrido, ela tentou ver as horas no relógio de pulso, mas não havia nenhum em seu braço. Se ao menos tivesse forças para levantar-se e procurar Nicky...


 


Não podia permanecer internada por mais tempo, pois receava que a conta do hospital fosse alta demais para seu bolso. Por outro lado, preocupava-se com Steven. Esperava que o tivessem informado sobre o acidente, caso contrário seu sócio estaria morrendo de aflição.


 


Ouvindo vozes no corredor, Anahí animou-se. Iria pedir suas roupas, vestir-se e sair. Não suportava mais o confinamento, queria retomar sua vida, matar a saudade do filho, trabalhar...


 


Quando a porta se abriu ela sentou-se, em expectativa. A princípio, porém, não conseguiu ver nada. A pessoa acendera a luz, impedindo-a de enxergar por alguns momentos.


 


— Ah! Enfim acordou? — Fora mais uma afirmação do que uma pergunta.


 


Anahí arrepiou-se ao ouvir a voz sensual de Alfonso. Hesitante, procurou distinguir-lhe as feições sob a forte claridade. Ele parecia diabolicamente bonito, combinando os traços bem marcados, os cabelos negros ondulados, característicos dos latinos, com sua elegância gestual, um jeito felino de mover-se, parecia um jaguar...


 



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 226



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  • al.andrade Postado em 30/11/2014 - 18:09:45

    comecei a ler e me apaixonei na historia. Mto linda mesmo!!

  • elizacwb Postado em 12/01/2013 - 18:48:23

    até quem enfim eles se entenderam e a vdd foi dita,aleluia, adorei o final da web foi linda demais, valeu adorei mmo

  • elizacwb Postado em 12/01/2013 - 18:48:23

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  • elizacwb Postado em 12/01/2013 - 18:48:23

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  • elizacwb Postado em 12/01/2013 - 18:48:22

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  • elizacwb Postado em 12/01/2013 - 18:48:22

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