Fanfics Brasil - Capíitulo 42 Inocente Traidora-AyA (Finalizada)

Fanfic: Inocente Traidora-AyA (Finalizada) | Tema: Ponny


Capítulo: Capíitulo 42

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Aquelas lembranças iriam acompanhá-la para sempre, servindo-lhe de consolo. Jamais seria feliz de novo, pois nunca mais teria o amor de Alfonso.


— Bem-vinda ao lar — ele murmurou quando a limusine parou diante das colunas brancas da casa.


Nicky desceu correndo, ansioso para explorar o lugar, que ainda não conhecia.


Um verdadeiro batalhão de criados uniformizados enfileiravam-se no saguão para recepcionar os patrões. Lucrezia, a governanta, saudou Anahí com um sorriso e observou com indulgência as estripulias de Nicky, que corria de um lado para outro com euforia.


Anahí acompanhou-a numa inspeção rápida pela casa. A sensação era a de ingressar numa máquina do tempo; nada ali mudara. Os quartos, que eles não chegaram a decorar, permaneciam vazios. O restante estava exatamente como ela o deixara, cada quadro, cada objeto de arte no mesmo lugar de antes.


— Pelo visto, você não voltou a morar aqui — Anahí comentou, ouvindo os passos de Alfonso se aproximando. — Está tudo tão novo como quando...


— É, eu sei. Gosto deste lugar — Alfonso evitou responder, desviando o assunto com sutileza. — É tão ensolarado e acolhedor...


Juntos. subiram as escadas para examinar o anda de cima. Ficava cada vez mais penoso, para Anahí, circular por aqueles corredores, caminhar pelo palco onde vivera os momentos mais felizes, e também os mais amargos de sua vida. Alfonso não devia tê-la trazido para a villa; ele não fora sensível o bastante para poupá-la de mais esse sofrimento.


De repente, a mão de Alfonso juntou-se à dela.


— Será que errei em trazê-la para cá? Você amava esta casa.


Perturbada, Anahí desprendeu a mão e mudou de assunto.


— Onde Nicky dormirá?


— No único quarto de hóspedes mobiliado, que fica em frente ao... nosso. Eu pretendo ocupar o estúdio da nossa suíte.


Anahí assentiu, desviando os olhos. Afinal, haveria uma porta de comunicação entre ela e o marido. Não sabia se isso seria bom para ambos.


— Bem, tenho muitas coisas para providenciar. Preciso desfazer a bagagem e...


— Não vá se cansar demais, hein? Olhe, vou ficar por aqui. Se precisar de ajuda, é só me pedir.


Anahí não conteve uma gargalhada.


— Alfonso! Na última vez em que quis me auxiliar foi quando lhe pedi para pendurar a cortina da sala de música, e você acabou caindo através da janela e rolando pelo gramado.


— Eu era muito desajeitado. Acredito que a feri muitas vezes, sem perceber — Alfonso comentou em tom amargo. — Prometo não cometer os mesmos erros.


Anahí não respondeu. Estava muito comovida para falar. A simples presença do marido ao lado dela naquela casa já era emoção demais. Por outro lado, a idéia de viverem separados era extremamente dolorosa.


Alfonso desceu e levou o filho para jogarem bola no jardim da frente. Ela os contemplou da janela com um nó na garganta. Lá estavam as duas pessoas que mais amava no mundo. Todavia, precisava esquecer Alfonso, pois jamais o teria novamente.


Lucrezia serviu-lhe um jantar leve e todos foram para a cama, exaustos, pouco depois da refeição.



Anahí adormeceu de imediato, mergulhando num sonho confuso, em que tentava escapar de uma sala desprovida de portas e janelas. A tensão crescia em seu peito e ela abriu os olhos, numa tentativa desesperada de despertar daquele pesadelo.


— Está tudo bem... foi apenas um sonho ruim. — Alfonso murmurava, acariciando-lhe os cabelos como se ela fosse uma criança assustada. — Quer que eu prepare um chá de erva-doce?


O horror que Anahí experimentara desapareceu como por encanto. Com a mente ainda confusa e sonolenta, ela murmurou:


— Não vá embora...


Alfonso, porém, ergueu-se com a intenção de ir até a cozinha e arranjar algo para acalmá-la. Entretanto, parecia relutante em deixá-la. Anahí agarrou-lhe a mão, já meio adormecida.       


— Está bem — Alfonso cedeu e deitou-se ao lado dela. — Durma sossegada.


Os primeiros raios de sol surpreenderam-no num sono profundo, a cabeça no ombro da esposa, os cabelos negros roçando-lhe o queixo, a mão aninhada entre os seios dela.


Anahí despertou. Embaraçada, não tinha a menor idéia do que faria. Fitou o marido com um misto de ternura e raiva, sem saber se devia acordá-lo. Alfonso, porém, abriu os olhos, tirando-a do impasse. Assim que percebeu a proximidade física, ele retirou a mão com constrangimento e levantou-se.


— Daqui para a frente, é melhor você dormir com o abajur aceso, para o caso de ter pesadelos.


Anahí esboçou um sorriso embaraçado e observou-o sair do quarto.


 


As semanas seguintes transcorreram tranqüilas, mas, ao mesmo tempo, agitadas.


Anahí envolveu-se com a casa. Agora que conhecia arte e decoração como uma profissional, percebia que a arrumação da villa necessitava de modificações. Além disso, tinha de preparar o quarto do bebê e o de Nicky, que não poderia ficar eternamente no aposento de hóspedes.


Alfonso, por seu turno, decidiu abrir escritórios da empresa em


Florença, a fim de dirigir os negócios sem se deslocar até Roma.


Apesar das mil providências que a mudança da sede das Indústrias Herrera implicava, ele ainda encontrava tempo para demonstrar seu interesse pelas atividades domésticas da esposa, ajudando-a nas compras do enxoval e mimando-a com um sem-número de pequenas atenções e presentes. Ora lhe trazia bombons, ora surpreendia-a com jóias caríssimas.


Anahí não entendia o comportamento do marido, mas não demorou para acostumar-se e entregar-se àquele carinho. Justificava a atitude de Alfonso como um esforço para compensá-la pelo sofrimento que a afligira durante a primeira gravidez. Ele desejava, apenas, aliviar a consciência e livrar-se do sentimento de culpa. Prova disso era o fato de que, infelizmente, o”super marido” dormia no próprio quarto todas as noites.


Certa tarde, ao retornarem de uma “excursão” pelas melhores lojas de Florença, encontraram outra carta de Steven à espera de Anahí.


Alfonso relanceou os olhos pelo envelope e comentou sardônico:


— Ele gosta de ficar em contato, não é? Talvez você queira convidá-lo para passar o verão conosco...


Anahí julgou vislumbrar-lhe uma nota de ciúme na voz, mas concluiu que não passava de uma impressão sem fundamento. Ele retirou-se para a biblioteca, deixando-a sozinha. Uma pontinha de esperança aqueceu-lhe o coração, contrariando qualquer bom senso.



 




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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 226



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  • al.andrade Postado em 30/11/2014 - 18:09:45

    comecei a ler e me apaixonei na historia. Mto linda mesmo!!

  • elizacwb Postado em 12/01/2013 - 18:48:23

    até quem enfim eles se entenderam e a vdd foi dita,aleluia, adorei o final da web foi linda demais, valeu adorei mmo

  • elizacwb Postado em 12/01/2013 - 18:48:23

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  • elizacwb Postado em 12/01/2013 - 18:48:22

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  • elizacwb Postado em 12/01/2013 - 18:48:22

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