Fanfics Brasil - Capítulo 008 Inocente Traidora-AyA (Finalizada)

Fanfic: Inocente Traidora-AyA (Finalizada) | Tema: Ponny


Capítulo: Capítulo 008

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— Bem, eu vou ficar no apartamento dela por todo o verão. Achei que você talvez estranhasse minha presença aqui e... foi por isso que... pensei que lhe devia uma explicação.


— Este é o seu andar, creio — Alfonso informou, fazendo o elevador parar no piso correto, dando a entender, dessa forma, que ela deveria retirar-se de imediato.


Aquela falta de amabilidade constituiu-se, para Anahí, numa surpresa desagradável. No bairro de subúrbio onde fora criada, os vizinhos se conheciam e mantinham relações corteses e amigáveis, num clima de ajuda mútua. Em Grosvenor, porém, sentia-se pela primeira vez numa metrópole, onde as vantagens do anonimato tinham um alto custo.


Ainda assim, a estouvada jovialidade de Anahí cativava as pessoas, e ela acabou por fazer amizade com quase todo mundo nas redondezas. Possuía uma beleza brejeira, iluminada por um sorriso amplo e sincero. O porteiro logo se acostumou com o jeito dela de andar quase correndo, entrando e saindo do elevador como uma criança travessa. O fato era que Anahí estava sempre atrasada, e, distraída, era rara a vez que não precisava voltar ao apartamento, logo após ter saído, para buscar a bolsa ou qualquer outro objeto que esquecera.


Quase nunca encontrava Alfonso, que só utilizava o apartamento quando precisava resolver negócios em Londres. Na época, porém, ela desconhecia esse fato, como também não imaginava que ele fosse tão rico. Instintivamente, tentava vê-lo. Quantas vezes o espiara da janela, saindo do carro luxuoso guiado por um motorista uniformizado, acompanhado por mulheres deslumbrantes.


Certa noite, Anahí voltava de uma festa, já tarde da noite, quando Alfonso entrou no saguão com uma ruiva de tirar o fôlego. Entraram no elevador juntos. Anahí reconheceu, com amargura, que jamais poderia competir com aquela beldade. Sabia que os dois não iriam passar a noite jogando baralho, e uma onda de ciúme invadiu-a.


— Boa noite, Anahí — Alfonso cumprimentou-a com inesperada gentileza. Pelo sorriso que lhe brincava nos lábios, parecia até que podia ler os seus pensamentos.


Naquela noite ela não conseguiu dormir. Repreendia-se por ficar tão obcecada por um homem que, era óbvio, era lhe inacessível. Desde o primeiro e desastroso encontro, ficara claro que Alfonso não simpatizara com a nova vizinha. E, a julgar pelas mulheres com quem andava, Anahí não teria a menor chance de agradá-lo. Faltava-lhe sofisticação e maturidade.


Uma semana mais tarde, ela bateu a porta do apartamento com a chave do lado de dentro. Procurou o zelador, na esperança de que este a pudesse ajudar, mas foi inútil, pois a única solução que ele lhe apresentou foi a de forçar a fechadura e arrombar a porta. Então, considerando a possibilidade de Alfonso ter uma chave, já que o apartamento Lhe pertencia, subiu até a cobertura. O mordomo introduziu-a no hall amplo e bem decorado, e foi avisar o patrão. Alfonso veio em seguida, franzindo a testa ao vê-la.


— A que devo a honra?


Quando Anahí lhe explicou o motivo da visita, ele soltou uma gargalhada bem-humorada e convidou-a para almoçar. Embaraçada, porém, faminta, Anahí aceitou após uma breve hesitação.


Durante a refeição, Alfonso a fez contar tudo sobre sua vida, bem como seus planos de fazer faculdade de Belas-Artes.


Quando terminaram, o mordomo veio avisar que fora providenciada uma cópia da chave, que já estava pronta e à disposição da srta. Portilla. Alfonso riu da expressão desapontada de Anahí.


Na verdade, encantava-o sua sinceridade quase infantil.


— Gostaria de jantar comigo qualquer noite dessas?


— Quando? — ela indagou sem pestanejar.


Alfonso tornou a rir, cativado pela incapacidade de Anahí ocultar o que sentia.


Foi assim que tudo começou. Anahí, desde o início, receava que Alfonso a considerasse imatura demais. Ele já era um homem feito, presidente de um grupo de empresas, apesar de ainda jovem, contando apenas trinta anos. Por ser o filho mais velho, herdara grandes responsabilidades desde muito cedo. Com Anahí acontecia o oposto. Sem outra preocupação além do vestibular, vivia uma vida alegre e descuidada. Ela e Alfonso formavam um par desigual: um era formal, compenetrado, super ocupado e organizado e a outra, exatamente o contrário.


O namoro foi curto e problemático. Alfonso tentara manter o relacionamento dentro de determinados limites. Anahí, porém, francamente apaixonada, não permitira, obrigando-o a corresponder à sua efusividade. O único trunfo de que dispunha, sem saber, era a possessividade de Alfonso.


Certa tarde, ele fora ao apartamento dela sem avisar, sendo recebido por outro homem.


Roy tinha sido um dos namorados de Vicky, e aparecera para buscar alguns livros que lhe havia emprestado. Anahí, seguindo os hábitos hospitaleiros de sua família, ofereceu-lhe um café. Apenas isso. Alfonso entendeu tudo errado.



Depois de muita discussão, parecia que o caso fora esclarecido e encerrado. Alfonso começou a beijá-la, não da forma suave, quase pura, de sempre, porém com incontida sensualidade. Quando Anahí deu por si, estavam na cama, fazendo amor com uma paixão quase furiosa. Ao terminarem, Alfonso sorriu e murmurou, fitando-a com ar de triunfo:


— Agora você é minha. Que se dane a sua pouca idade, vamos nos casar.


O noivado foi breve e tumultuado, como o namoro. Os preparativos foram feitos às pressas e, em pouco tempo, Anahí estava na Itália, para o casamento. Os incontáveis parentes de Alfonso, a despeito dos sorrisos, beijos e abraços que lhe dispensaram, não chegaram a esconder a má impressão que tiveram dela. Na opinião de todos, Anahí era jovem demais, proveniente de uma família socialmente inferior e desprovida de todos os talentos necessários para ser a esposa de um Herrera.


Anahí, porém, não se importou. Acreditava ser a dona do coração de Alfonso e isto a enchia de coragem para enfrentar o mundo, se fosse necessário. Após uma cerimônia digna de um conto de fadas, o casal partiu para a Índia em lua-de-mel, finda a qual  fixaram residência em Roma, com a mãe de Alfonso. Athene Herrera detestava a jovem nora, e não ocultava seu prazer cada vez que Anahí cometia uma gafe social qualquer.


Após seis meses, o bom humor inquebrantável de Anahí parecia ter desaparecido. Ela já não suportava a sensação de confinamento num mundo que não lhe pertencia, cercada por pessoas que não a aprovavam nem estimavam. Alfonso ficava fora a maior parte do tempo, absorvido por inúmeros negócios na Europa e Estados Unidos.


Anahí insistia para que morassem sozinhos, pois a companhia da sogra a atormentava em demasia. Alfonso, porém, considerava-a jovem e incompetente demais para administrar uma casa. Tampouco concordava em levá-la com ele em suas freqüentes viagens, alegando que família e trabalho não se misturavam.


Solitária, isolada pelo pouco conhecimento do idioma italiano e pela hostilidade com que a tratavam, Anahí sentiu um profundo alívio quando Vicky assinou contrato com uma tradicional figurinista de Veneza.


Contrariando o marido, Anahí voou para aquela cidade, a fim de passar o fim de semana com a irmã. Alfonso seguiu-a, exigindo que voltasse imediatamente para casa. Como Anahí se rebelasse, Alfonso acabou por classificar Vicky como “má influência”.


Entretanto, o episódio resultou num grande progresso para a vida do casal. Após a reconciliação, Alfonso e Anahí mudaram-se para Florença, onde compraram e decoraram uma villa. Para culminar, ele concordou que Vicky os visitasse, uma vez ou outra. Alfonso só não contava com a segunda viagem de Anahí a Veneza.


Aconteceu no aniversário de Vicky. Alfonso estava em Londres, e Anahí telefonou-lhe, da casa da irmã, convidando-o para juntar-se a elas, quando regressasse à Itália.


— Será que não percebe que a sua presença aí ameaça a estabilidade do nosso casamento? — ele indagou, a voz vibrando de raiva. — Per Dio! Cometi um erro ao casar-me com uma adolescente cabeça-dura, mas não era necessário expormos nossas diferenças ao mundo dessa forma tão... eloqüente!


Alfonso prosseguiu pondo em dúvida os princípios morais da cunhada, ressaltando seu comportamento liberal, que reputava como duvidoso. Irritada, Anahí bateu o telefone.


— Eu avisei — Vicky comentou, ferina. — Os estrangeiros são muito diferentes de nós. Você deveria tê-lo como amante, jamais como marido. Meu Deus! Ele trancou você numa torre e jogou a chave fora! E a engravidou para prendê-la ainda mais! Não vê o que ele está fazendo? Está sufocando-a!


Anahí tentou disfarçar seu aborrecimento para não estragar a alegria desenfreada que reinava na casa da irmã. A bem da verdade, jamais conseguiu lembrar com nitidez os fatos daquela noite. Havia muita gente, todos bebendo, dançando e cantando como alucinados. Podia recordar-se de ter dançado com um fotógrafo americano chamado Jeff, que a fez rir muito. Provavelmente, ela também abusou da bebida, pois a partir daí sua mente não registrou mais nada.


Na manhã seguinte, acordou com Vicky sacudindo-a com vigor. Jeff ainda dormia, despido, a seu lado. Um segundo depois de abrir os olhos, Alfonso apareceu na porta.


Se não estivesse grávida, ele a teria espancado. Anahí não duvidou disso, ao ver o olhar sinistro e magoado com que ele fitava a cena. Sem pronunciar uma única palavra, fez meia-volta e saiu do apartamento de Vicky.



 




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Jeff bateu em retirada o mais rápido que pôde. Anahí, em estado de choque, não entendia como fora parar na cama com outro homem. Vicky culpou-se por não tê-la vigiado, evitando a tragédia. Anahí, entretanto, sabia que a irmã não podia ser responsabilizada. Como mulher adulta e casada, tinha a obriga&ccedi ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 226



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  • al.andrade Postado em 30/11/2014 - 18:09:45

    comecei a ler e me apaixonei na historia. Mto linda mesmo!!

  • elizacwb Postado em 12/01/2013 - 18:48:23

    até quem enfim eles se entenderam e a vdd foi dita,aleluia, adorei o final da web foi linda demais, valeu adorei mmo

  • elizacwb Postado em 12/01/2013 - 18:48:23

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  • elizacwb Postado em 12/01/2013 - 18:48:22

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  • elizacwb Postado em 12/01/2013 - 18:48:22

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