Fanfics Brasil - 14 O Amor é Cego Adaptada LALITER (TERMINADA)

Fanfic: O Amor é Cego Adaptada LALITER (TERMINADA) | Tema: laliter


Capítulo: 14

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Pesso mil disculpas pelo atraso tava meio sem tempo disculpa mesmo capitulo dedicado a:


shelencoa:MT obrigada por comentar.


lary_laliter:Que bom que esta amando a  web fico super feliz :D axo que a resposta esta abaixo então e so ler e obrigada por comentar. 


 


 


 




 


 


Capitulo 12


     Lali  parou de se movimentar e se aconchegou ao peito dele, dando um pequeno suspiro. A pelve, ardente e desejosa, repousou no exato lugar em que a ereção dele pressionava as calças. Peter gemeu e seu corpo, instintivamente, mudou de posição sob o dela, pressionando-a. Se ele conseguisse simplesmente escorregar a mão e ajeitar as roupas dos dois, poderia tê-la ali mesmo, pensou. No mesmo instante em que esse pensamento lhe passou pela cabeça, suas mãos alcançaram a barra da saia de Lali, mas, para seu desapontamento, ela estava ajoelhada sobre a barra. 


    Peter  hesitou por um segundo, analisando como fazer para tirar a saia dela do caminho e, num gesto brusco, projetou-a para a frente. Lali levou um susto e procurou se equilibrar. Ele a colocou no assento do banco oposto, ajoelhando-se entre as pernas dela no chão da carruagem. Tentava levantar a saia dela quando a carruagem parou abruptamente. Foi tão inesperado que o pequeno solavanco fez com que ele caísse de costas no chão da carruagem, puxando Lali para cima dele. 
    Peter gemeu de dor com o impacto do corpo de Lali sobre sua virilha, sentindo-se alarmado quando a porta foi subitamente aberta ao lado deles. Ambos olharam para o cocheiro que retomou o olhar primeiro com urna expressão de espanto para, em seguida, tornar-se divertido. 
    — Nossa! — Lali tirou o cabelo do rosto e sorriu constrangida para o homem. — Caímos do banco. 
    — Sim, milady — disse ele, impassível. 
    Peter pegou Lali pela cintura e rapidamente a acomodou no banco. Recompondo-se, ele se levantou e desceu da carruagem, tentando mostrar, sem sucesso, alguma dignidade. Uma vez fora da carruagem, ele deu um sorriso forçado para o cocheiro e voltou-se para oferecer a mão a Lali para que descesse também. 
    Embora não pudesse ver a expressão do cocheiro, Clarissa sentia-se constrangida e tentou justificar a cena, sem saber direito o que dizer. 
    — Nossa, James, sua parada nos pegou de surpresa. Não imaginávamos que já estivéssemos chegando. Lorde Mowbray estava me mostrando... 
    — O que ele estava lhe mostrando, milady? — James perguntou em um tom malicioso.


Lali tinha certeza de que o caso seria objeto de mexerico entre os criados mais tarde. 
    Diante da hesitação dela, James, que estava se segurando para não explodir em risada, aquiesceu com a cabeça e disse: 
    — Claro, milady, logo imaginei que ele estava tentando lhe mostrar alguma coisa. 
    Peter  dirigiu um olhar furioso ao homem. Seus criados não ousariam ter tal atitude, pensou. 
    — Creio que devo levá-lo para casa agora — o cocheiro comentou quando Peter começava a acompanhar Lali. 
    — Sim — ele confirmou, em tom áspero. — Só vou levar lady Lali até a porta. 
    — Pois não, milorde. 
    — Obrigada por suas instruções — disse Lali baixinho ao chegarem à porta. 
    Peter fitou-a com ternura, observando os cabelos dela. Metade do coque estava desfeito e caído em mechas; a outra metade estava presa de forma muito precária. Ele ergueu as mãos e soltou o que sobrara do coque. Os cabelos, apesar dos nós, caíram em ondas em volta do rosto delicado, de maneira encantadora. Ficariam lindos esparramados sobre os travesseiros, ele pensou. 
    Peter se inclinou para beijá-la e estava a um fio de sua boca quando a porta foi repentinamente aberta. 
    Dando um suspiro, ele deu um passo para trás e murmurou baixinho: 
    — Sonhe comigo. 
    — Boa noite, milorde — Lali  respondeu e entrou em casa. 


   


 


    — Milady! 
    Lali abriu os olhos e, piscando muito, sentou-se na cama quando a porta de seu quarto foi aberta. 
    — O que foi, Joan? perguntou, assustada. 
    — Seus óculos chegaram! — Joan disse tão animada como se os óculos fossem dela. 
    — Que bom! — Exultante Lali jogou os cobertores para o lado no exato momento em que Joan chegava junto à cama. A criada soltou um grito de espanto, que foi seguido por um barulho contra a parede à sua direita e um tinido que a fez congelar. 
    — O que aconteceu? — indagou temerosa. 
    Joan hesitou por um momento e, ao falar, gaguejou: 
    — Oh, milady... sua mão bateu na minha ao tirar os cobertores e... seus óculos voaram da minha mão. 
    — Foram eles que bateram contra a parede? 
    — Foram, milady — Joan disse, dando a volta na cama, e abaixando-se para pegar os óculos, cujas lentes estavam em pedaços. 
    Lali abaixou a cabeça e cobriu o rosto com as mãos, inconformada. E a culpa era dela mesma.
    — Sinto muito, Lali— Joan murmurou, parada ao lado da cama, com as mãos em concha, segurando os óculos quebrados. 
    Lali balançou a cabeça e levantou-se, procurando acalmá-la. 
    — A culpa não foi sua, Joan. Agora, ajude-me, por favor, a me vestir. Lady Mowbray vai me levar à costureira para fazer a prova final de meu vestido de noiva. 
    — Pois não, milady. — Joan colocou o que restara dos óculos sobre a mesa de cabeceira e começou a ajudá-la a despir a camisola e se aprontar para enfrentar o dia. 
    Lali  ficou calada, remoendo a raiva por ser tão estabanada e ter destruído os óculos que por tanto tempo aguardava. Mas não queria se abater por isso, pensou. Óculos podiam perfeitamente ser substituídos. Embora quisesse muito estar com os seus agora, poderia mandar fazer novos. Uma parte de sua mente, porém, duvidava que quisesse tanto, pois, por mais tolo que pudesse parecer, Gime  apregoara tanto que ela ficava muito melhor sem os óculos, que temia a reação de Peter quando a visse com eles. 
    Lali tinha certeza de que ele não desistiria dela por isso, mas de fato, não era nada atraente usar óculos. Adoraria não precisar deles. 
    — Pronto— Joan murmurou, consternada. 
    Lali não via motivo para ela parecer tão aborrecida. Fora um acidente como tantos outros que haviam acontecido desde que Alma lhe tirara os óculos. 
    — Quer que eu a acompanhe, milady? 
    — Quero, sim, Joan — respondeu Lali, pegando no braço da criada.       


    O hall do piso superior estava até então vazio, mas por azar ao chegarem à escadaria deram com Gime que ia subir. 


    — Ah, você está aí — disse a madrasta, aguardando por elas no hall. — Foulkes disse que seus óculos chegaram. Por que você não está com eles? 
    Dulce sentiu a tensão no braço de Joan e lhe deu um tapinha confortador. 
    — Houve um pequeno acidente e eu os quebrei. 
    — Como? — Gime cacarejou, voltando-se imediatamente para Joan. — Como você deixou que isso acontecesse? 
    — Não foi culpa de Joan — defendeu-a Lali . — Fui eu que bati na mão dela sem querer. 
    — Eu deveria ter segurado os óculos com maior firmeza — Joan admitiu, aborrecida, e Lali sentiu vontade de dar um tapa nela por ter aberto a boca. 
    — Sua estúpida — Gime  gritou. — Vá arrumar suas coisas. Quero você longe daqui imediatamente. 
    Lali estava certa de que a madrasta teria ignorado a criada se ela não tivesse com suas palavras aguçado a raiva da patroa. 
    — Sim, senhora, milady. — Joan puxou o braço, mas Lali a deteve. 
    — Joan é minha criada, Gime. Eu ia pedir para levá-la comigo quando me casasse, mas como você a está demitindo, acho que não preciso mais de permissão. — Depois, voltando-se para Joan, disse com delicadeza. — É melhor você fazer as malas mesmo, se quiser vir comigo. 
    — Ela não vai ficar sob este teto. Ela... 
    — Gime! — Mariano Esposito  apareceu na porta da sala de jantar, com uma expressão irritada. Obviamente, ouvira tudo e não parecia satisfeito. 
    Gime voltou-se devagar para ele. 
    — Sim? 
    — Chega, Gime! Se Lah quer levar Joan com ela, pode fazê-lo. Joan ficará aqui até Lali nos deixar e irá com ela para o novo lar em Mowbray. Será muito bom para que não se sinta sozinha na nova casa. — Ele então voltou-se para a criada. — Você gostaria de ir com ela? 
    — Sim, milorde, vou ficar contente de acompanhá-la. 
    Mariano Esposito  balançou a cabeça. 
    — Como o casamento é daqui a dois dias, é bom mesmo que comece a fazer as malas. 
    — Obrigada, milorde Joan — agradeceu e, hesitante, perguntou a Lali: — Precisa de mais alguma coisa de mim agora, milady? 
    — Não, pode ir. Só vou tomar um chá e comer uma torrada enquanto aguardo por lady Mowbray. Vá ver o que ainda tem a fazer antes de sairmos. 
    Assim que viu a silhueta turva da criada se afastar, Lali voltou-se para o pai e para a madrasta meio insegura. Gime permanecera calada, mas irradiava raiva por todos os poros ao ver seus planos arruinados.


— Venha comer, Lah— disse-lhe o pai com doçura. — Você vai precisar bem mais do que chá e torradas para enfrentar o dia de hoje. 
    Lali foi se juntar a ele na sala de jantar, desejando saber como acertar as coisas com a madrasta. Dispensar a criada era só urna maneira de feri-la. Gime sempre demonstrara ressentimento por ela e esse sentimento só fizera crescer ao longo dos anos. Como não sabia a causa, também não sabia como consertar a situação. 
    Quando lady Mowbray chegou, Lali foi ter com a futura sogra no vestíbulo. 
    Gime , que estivera em seus aposentos, descia as escadas quando Lali cumprimentava lady Mowbray. Temendo que ela ainda estivesse em péssimo humor, Lali não a esperou para se despedir. 
    — Minha nossa! — lady Mowbray comentou tão logo se instalaram na carruagem —, que expressão carregada tinha lady Esposito. Parece que ela não é uma pessoa diurna. 
    Lali suspirou e pensou em simplesmente confirmar que ela não era, mas, refletindo melhor, decidiu falar a verdade e contou a lady Mowbray o incidente da quebra de seus óculos e a reação de Gime. 
    Lady Mowbray procurou consolá-la, concordando que não era culpa de ninguém, afinal acidentes ocorrem, tecendo depois um comentário que soou estranho para Lali: 
    — Peter ficará aliviado. 
    Sem saber o que dizer, Lali voltou o rosto para a janela, tentado esconder sua preocupação. Será que ele detestava óculos tanto assim? Estragaria tudo quando voltasse a usá-los? Ela que chegara a pensar em perguntar a lady Mowbray se não poderiam dar uma paradinha para comprar um novo par na cidade, não cogitava agora nem sequer de sugerir. 
    Lali reconsiderou o assunto enquanto a carruagem percorria as ruas da cidade e continuou pensando nos óculos durante a prova do vestido, que, segundo a opinião geral, era muito lindo. Assim que terminou de provar, a costureira a ajudou a desvesti-lo e voltou toda a sua atenção para lady Mowbray e o vestido que iria usar no casamento. Lali caminhou pela loja e se dirigiu à porta da frente, ainda com os óculos na cabeça.


   


    — Há algo em que possa ajudá-la, milady? Quer um chá enquanto aguarda? 
Ela reconheceu a voz da assistente da costureira. Sem hesitar então perguntou: 
    — Há alguma ótica por aqui? 
    — Há, sim, duas lojas acima — informou a assistente, satisfeita por poder ser útil. 
    — Obrigada — Lali  murmurou, dando uma olhada para a sala no fundo da loja. A costureira demoraria um pouco para vestir lady Mowbray e fazer os acertos no vestido dela, como fizera no seu. Vendo que a assistente se afastara, ela abriu a porta e saiu da loja. Hesitou por um momento, mas resolveu ir procurar a ótica. Afinal, ficava tão próximo que não haveria risco algum. 
    Como a assistente havia lhe informado, duas lojas acima, ela encostou o rosto na vitrine e confirmou que a ótica era lá mesmo. Apenas entrar naquela loja já lhe fez bem. Estava chegando o momento de enxergar novamente. 
    — Em que posso ajudar, milady? 
    Lali teve um sobressalto, pois não percebera a aproximação do vendedor. Procurando acalmar-se, disse: 
    — Preciso de óculos. 
    — Muito bem, está no lugar certo, milady. Tenho uma grande variedade. 
    Lali deixou a ótica vários minutos depois, com um novo par de óculos pendurado no nariz e um largo sorriso no rosto. Que maravilha. Era uma bênção poder ver de novo. 
    Contemplou a rua de um lado para o outro, observando pequenos detalhes das roupas e dos rostos das pessoas que passavam. Depois voltou sua atenção para as carruagens e os cavalos que circulavam. Um suspiro de satisfação escapou-lhe dos lábios. Não queria que lady Mowbray desse por sua falta, pois não pretendia comentar com ela sobre sua escapada e a compra dos óculos. Queria primeiro entender direito a opinião de Peter sobre o uso de óculos. Se ele realmente não gostasse, ela aguardaria mais um pouco antes de usá-los na frente dele. Mas só o tempo suficiente para que ele a amasse de fato. Depois, os óculos certamente não fariam diferença para ele. 
    Pelo menos era o que esperava, porque não tinha vontade alguma de passar a vida às cegas. 
    Parando à porta da costureira, Lali  deu uma última olhada ao mundo ao seu redor. Tirou finalmente os óculos e os guardou em um pequeno bolso da saia. Por enquanto seriam seu segredinho. Só os usaria quando estivesse sozinha. 
Meio cega de novo, Lali mal entrara no ateliê da costureira quando lady Mowbray veio depressa do fundo da loja. 


    — Está pronta para irmos, querida? Pensei que poderíamos tomar chá na casa de Peter hoje. Assim você fica conhecendo a criadagem. 
    Dulce levantou as sobrancelhas, surpresa. 
    — Peter tem uma casa só dele na cidade? 
    — Tem, sim. Ele comprou quando ainda era jovem e rebelde. Queria um lugar onde pudesse fazer o que quisesse — explicou lady Mowbray com um ar malicioso. — Agora ele a mantém só para me aborrecer, acho. E evitar que eu fique dando palpite para que vá a um baile ou outro ou assista a uma peça que não quer. 
    Lali esboçou um leve sorriso. 
    — Um chá com Peter será ótimo, milady.


 




    — Finalmente você chegou. — Peter colocou o saco de moedas sobre a mesa e recostou-se na cadeira com um suspiro quando Hadley apareceu. Martin Hadley era o homem que havia contratado para pesquisar a razão de Lali ter desaparecido da sociedade e descobrir onde ele poderia encontrá-la novamente. 
    Peter havia usado o serviço de Hadley pela primeira vez vários anos antes quando começaram a desaparecer algumas coisas da propriedade da família. O homem fora recomendado por um vizinho a quem servira em diversas ocasiões, mostrando-se muito competente ao lidar com tais assuntos. Hadley havia sido empregado como lacaio na propriedade campesina da família. Na realidade, a única ocupação dele fora descobrir para onde estavam sendo desviadas a prata e as relíquias da família. Uma semana após entrar em cena, ele havia pego em flagrante a criada responsável pelos roubos. 
    Peter ficara bastante impressionado. Passara a usá-lo em outras circunstâncias e acreditava o bastante nele para incumbi-lo de localizar Lali depois de frustrados seus próprios esforços. A missão dele era descobrir a quais eventos ela e a madrasta estavam freqüentando na esperança de conseguir estar com ela por alguns minutos. Naturalmente, essa necessidade acabara desde a noite de seu noivado, e Peter decidira fazer o acerto de contas com o rapaz. Era o que então estavam fazendo naquele momento, mas essa não era a única razão pela qual desejava vê-lo. 
    — Obrigado, milorde, por me pagar tão rápido. Poucos são tão pontuais, precisam, pelo contrário, ser caçados para pagar. — Com o saco de moedas devidamente guardado no bolso, Hadley relaxou na cadeira e perguntou: — O senhor mencionou em seu bilhete que há um outro assunto que quer que eu vá atrás.


 


    — Isso mesmo. Diz respeito a Lali. — Christopher franziu o cenho e deixou seu olhar vagar através da janela, contemplando o jardim. — É possível que alguém esteja querendo fazer mal a ela. Creio que durante suas investigações você tomou conhecimento do grande número de acidentes que ela tem sofrido? 
    Hadley assentiu com a cabeça. 
    — Ouvi dizer que a senhorita normalmente usa óculos, mas a madrasta os tirou dela. Ela fica extremamente vulnerável a acidentes e sofre com isso. 
    Peter pareceu relaxar um pouco, aliviado de que o homem percebera coisas que mais ninguém além dele via. Hadley era um bom homem. Esclareceria tudo. 
    — É provável que a causa da maioria deles seja a falta dos óculos, mas há um ou dois que me fazem pensar. 
    Hadley comprimiu os lábios e depois disse: 
    — Aposto que um deles foi a queda dela na rua quando quase foi atropelada por uma carruagem. 
    Peter  fez que sim com a cabeça, nada surpreso de que o homem tivesse ouvido falar a respeito durante suas investigações. Hadley era conhecido por sua minúcia.
    Após Peter relatar os fatos e explicar o que deveria ser feito, eles deixaram o estúdio. Mal entraram no hall apareceu Jessop que, ao vê-los, apressou-se em ir ao encontro deles. 
    — Vai sair, milorde? — o homem perguntou com uma certa deferência, que Peter achou meio suspeita e sabia que não se devia apenas à presença de Hadley. 
    — Vou, sim. Minha mãe combinou de tomarmos chá com Lali depois de provarem os vestidos, por isso vamos para lá. Elas já devem ter terminado as provas, não acha? 
    — Não saberia dizer, milorde — respondeu o criado secamente. 
    — Hum, — Peter  não gostou muito do tom, mas simplesmente disse: — Traga a carruagem para a frente da casa, por favor. 
    — Pois não, milorde. — Assim que Jessop saiu, Peter foi pegar seu casaco e chapéu, bem como os de Hadley, e deixaram o hall para aguardar a carruagem do lado de fora da casa. 
    — O senhor está questionando o acidente com a carruagem por causa do que houve na fonte? — Hadley perguntou enquanto esperavam que a carruagem chegasse. 
    — Não só por isso, mas também pelo fato de que Lali foi “jogada” na rua quando alguém trombou com ela. E ela não tem a menor idéia de quem foi. Além disso há também o episódio da queda na escadaria — Peter argumentou. 
    — Dessa queda não fiquei sabendo — disse Hadley. — O que aconteceu? 
    — Como você deve saber, Lali normalmente precisa que alguém a acompanhe onde quer que vá; quem a acompanha quase sempre é a criada. Naquele dia, ela se impacientou e resolveu descer sozinha. Acabou tropeçando em alguma coisa e rolou escada abaixo. O estranho é que ninguém sabe em que ela tropeçou. —Peter esticou o pescoço para ver se a carruagem já estava chegando. — Pode ser um exagero de minha parte, mas, na minha opinião, quando viram que ela tropeçou, alguém poderia ter se interessado em saber o que havia causado a queda, no entanto, ninguém o fez. 
    Hadley permaneceu calado, refletindo sobre o que Peter lhe contara. 
    — Sei que não há razão para se concluir que ambos os acidentes foram outra coisa se não meros acidentes. Mas, depois do incidente na fonte, tudo isso me preocupa. 
    — É muito conveniente que ela pareça ser estabanada se alguém realmente estiver provocando esses acidentes — Hadley concluiu. 
    — É o que também me passa pela cabeça — Peter admitiu. 
    — Se foi a madrasta quem tirou os óculos de Lali, será que ela não está por trás de tudo isso? — Hadley ponderou. — Ela não parece gostar muito de Lali pela maneira como a trata. Pelo menos, é o que me pareceu, mas posso estar enganado. 
    — Não, você não está enganado. Gime parece identificar Lali com a mãe morta, a quem de certa forma vê como uma rival com quem compete pela afeição do marido. 
    — Compreendo — disse Hadley, silenciando com a chegada da carruagem. 


    Peter informou ao condutor da carruagem para onde desejava ir, entrou na carruagem e ambos mantiveram-se calados até chegar à residência dos Esposito. 
    — Lady Mariana não está em casa — Foulkes avisou ao abrir a porta e se deparar com Peter e Hadley. 
    — Fiquei de me encontrar com ela e minha mãe aqui para tomarmos chá quando chegassem —Peter explicou. 
    — Elas ainda não chegaram — informou o mordomo, com uma cara azeda. 
    Peter começava a pensar que teriam de aguardar na carruagem quando Mariano Esposito  surgiu no hall e, ao vê-lo, logo os convidou para entrar. 
    — Olá, Peter. Entre! Lali e sua mãe logo deverão estar de volta, a menos que tenham parado em alguma loja para fazer compras. — Voltando-se para o mordomo, ele disse: — Foulkes, acompanhe os cavalheiros até o salão para que aguardem Lali e lady Mowbray lá. 
    — Sim, senhor, milorde. — Foulkes abriu a porta e deu um passo para o lado para permitir que entrassem. 
    — Infelizmente, eu já estava de saída — explicou lorde Esposito desculpando-se. — Tenho uma reunião no clube com um velho amigo, caso contrário teria prazer em lhes fazer companhia. 
    — Não se preocupe, milorde. Talvez eu leve Hadley até a fonte enquanto esperamos pela volta delas. Estou pensando em construir uma igual na minha casa de campo e queria a opinião dele a respeito. 
    — Ora, fique à vontade. Lali realmente gosta muito da fonte. Sempre que pode vai sentar-se e ler por lá. Ou costumava fazer isso — acrescentou com um leve sorriso. — Antes de ficar sem os óculos. Por falar nisso, o par de reserva chegou esta manhã. 
    Peter  sentiu-se tenso diante da notícia, mas relaxou em seguida ao ouvir de Mariano  que os óculos também haviam sido quebrados em um pequeno acidente. 
O alívio que Peter sentiu foi quase palpável. Todo o seu corpo relaxou até que o pai de Lali  acrescentou: 
    — Preciso levá-la a uma ótica aqui na cidade para que compre óculos novos antes do casamento. 
    — Não há necessidade disso, milorde — Peter rebateu rapidamente. — Eu mesmo providenciarei para ela. 
    Lorde Esposito hesitou um pouco e depois aquiesceu: 
    — Como achar melhor. — Dirigindo-se então à porta, completou: — Com licença, então, estou certo de que Lali e lady Mowbray não demorarão.


 


 


Beijos e até amanhã! :D




 


 


 


 



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Autor(a): hellendutra

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FELIZ NATAL õ/\o Capitulo dedcado a: sofiasouza:Como eu ja falei vc nem viu nada sobra Gime rs fico mt contente que esteja AMANDO a web e obrigada por comentar e um feliz natal pra vc e sua familia! lary_laliter:Pra vc ver neah mulher de atitude rs mais vai ser dificil dela esconder fico mt feliz que esteja amando a web e obrigada por comentar e um feliz natal ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 223



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  • hellendutra Postado em 11/01/2013 - 21:28:46

    HAI MINHAS LINDAS ACABOU NEM ACREDITO queria agradecer por vcs terem acompanhado minha web, beijos e até uma proxima quem sabe

  • lary_laliter Postado em 11/01/2013 - 00:46:02

    hahah não creio que e o final no no no no....AMEI A WEB DO COMEÇO AO FIM (fim? ha vontade de chorar de pensar que e o fim....)foi perfecta e o que tenho para dizer...ha espero que a proxima web ja estaja no forno em....

  • sofiasouza Postado em 10/01/2013 - 20:43:16

    Foi perfeito ,eu AMEI pena que acabou vou sentir saudade

  • sofiasouza Postado em 09/01/2013 - 22:58:42

    É verdade o penultimo cap chegou ,a Lali esta tão calma pra quem esta na frente de alguem que quer a matar ,eu já estaria desesperada kk AMO sua web ansiosa e triste para ver o ultimo cap ,vou sente falta dessa web mais como diz o ditado o que é om dura pouco .

  • lary_laliter Postado em 09/01/2013 - 21:18:21

    ha eu estou de mal de vc pq a web ja esta acabando!uo quantos descobertas posta maissss ansiosa para o ultimo capitulo...ESPERO QUE JA ESTEJA PROVIDENCIADO OUTRA WEB PARA COLOCAR NO LUGAR EM!

  • larissa_pocciano Postado em 09/01/2013 - 15:05:55

    http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=21639

  • larissa_pocciano Postado em 09/01/2013 - 15:05:43

    http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=21639

  • larissa_pocciano Postado em 09/01/2013 - 15:05:32

    http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=21639

  • sofiasouza Postado em 09/01/2013 - 00:33:16

    Ai que triste vou sentir muita falta dessa web ela é uma das minhas preferidas ,mais por enquanto que ñ acabou vou curtindo AMO sua web posta mais

  • lary_laliter Postado em 08/01/2013 - 23:20:52

    bua bua bua ja esta acabando não acredito :( cade a reação do Peter por a Lali usar oculos???? posta maisssssss


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