Fanfics Brasil - 20 O Amor é Cego Adaptada LALITER (TERMINADA)

Fanfic: O Amor é Cego Adaptada LALITER (TERMINADA) | Tema: laliter


Capítulo: 20

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lary_laliter:Bom para responder sua pergunta só lendo mesmo rs claro que merece e obrigada por comentar.


sofiasouza:kkkkkk magina flor nunca faria isso com vc, fico super iper feliz que goste de verdade e concordo tadinho do mordomo kkkk e obrigada por comentar.


 


 


 


 


Capitulo dedicado a minha querida e linda leitora pq é aniversario dela :D Parabens que vc tenha tudo de bem na sua vida e seja mt feliz!Bom  caitulo dedicado a vc  lary_laliter.


 


 


 


 


 


 


Capitulo 18


     


      Peter abriu a boca, mas preferiu se calar. A frase que Kibble havia usado era a mesma que usava quando queria que ele recitasse ou explicasse alguma coisa que havia ensinado. Peter se sentia como se tivesse dez anos e estivesse na frente de seu tutor. 
    Suspirando, deixou o assunto de lado e disse: 
    — Antes de mais nada, como vocês devem ter me ouvido contar a Lucy, os óculos de lady Mariana se quebraram e ela não enxerga nada bem sem eles. Isso faz com que esteja sempre sujeita a acidentes e, na realidade, sofreu vários na cidade. 
    — Que tipo de acidentes? — Frederick perguntou, demonstrando interesse. 
    Peter hesitou em contar, mas resolveu que seria melhor eles estarem preparados para aquilo que poderiam ter de enfrentar. 
    — Ela confundiu o colo de algumas pessoas com mesas e derramou chá nelas, rolou nas escadas, incendiou uma peruca com uma vela, e outras coisas do tipo. 
    — Deus do céu! — a Sra. Longbottom murmurou, franzindo a testa de preocupação. — Precisamos mesmo ficar de olho em milady até que seus óculos novos cheguem. 
    — Exatamente isso — Peter confirmou. — Essa é a função da criada dela, mas lady Mariana às vezes a dispensa. Ela não gosta de ser tão vigiada e de vez em quando se impacienta e quer fazer as coisas sozinha. Por isso preciso que todos estejam atentos. Essa passa a se a tarefa prioritária de vocês até que ela tenha os óculos novamente. Quero deixar claro que tem prioridade sobre qualquer outra coisa que vocês estejam fazendo. 
    — Está entendido, milorde — Kibble disse, sério. — Quanto tempo vai levar para os óculos chegarem? 
    Peter desviou os olhos, sentindo-se desconfortável para encarar o mordomo, e murmurou: 
    — Estou providenciando. 
    Kibble estreitou os olhos e Peter percebeu que ele ficou desconfiado. Ele sempre sabia quando estava mentindo. Antes que lhe fizesse mais perguntas, Peter continuou: 
    — Mas esse não é o único problema — disse, procurando mostrar-se firme. — Parece que há gente querendo prejudicar lady Mariana. 
    Os criados a volta dele ficaram com a surpresa estampada no rosto. 
    — Alguns acidentes talvez não tenham sido tão acidentais assim. 
    — Como assim, milorde? — a Sra. Longbottom perguntou. 
    Peter mais uma vez hesitou, mas decidiu que seria melhor que soubessem a verdade. Ele não tinha dúvidas de que Lali continuava sob ameaça ali. Quem quer que tivesse tentado prejudicá-la tentaria novamente, mesmo que estivesse casada e protegida em sua casa de campo. Entretanto, como não fizesse a menor idéia de quem poderia ser, ele contou os detalhes dos acidentes que ela havia sofrido e que haviam sido o motivo de suas suspeitas. 
    Todos mantiveram-se em total silêncio, refletindo sobre o que ele havia contado, silêncio finalmente quebrado com a pergunta de Kibble: 
    — Há quanto tempo ela está sem os óculos? 
    — Há algum tempo — Christopher respondeu evasivamente, limpando então a garganta. — Vocês vêem então, que tenho motivos para me preocupar com o bem-estar dela e por que peço que estejam atentos a quaisquer estranhos que rondem a propriedade ou a qualquer coisa que possa prejudicá-la? 
    — Vou observá-la noite e dia, milorde — Frederick prometeu, movido por um espírito cavalheiresco.


— Obrigado, Frederick, mas não será necessário. Como disse, só quero que fiquem atentos. 
    — Muito bem, milorde, vamos tomar conta dela — completou Kibble, para encerrar o assunto. — Se é tudo, acho que já podemos voltar ao trabalho. 
    — Podem, sim — Peter confirmou e foi se instalar em uma poltrona perto da lareira. Depois do burburinho das pessoas deixando o salão, ele voltou-se surpreso ao ouvir o tinir de vidro vindo da mesinha de canto onde estava o brandy. Kibble havia permanecido no salão e enchia dois copos com a bebida. 
    Após tampar a garrafa, o mordomo dirigiu-se a Peter com os dois copos na mão e estendeu-lhe um, sentando-se depois na poltrona ao lado dele. 
    Peter não se surpreendeu com esse comportamento. Era habitual quando Kibble queria lhe falar. Só se perguntava o que ele poderia querer lhe dizer.
    — Ela não viu seu rosto. — Não se tratava de uma pergunta. 
    Peter apertou os lábios e olhou para a lareira, recusando-se a responder. 
    — Você disse que os óculos se quebraram. Por que não lhe comprou um novo par antes de vir para Mowbray? 
    Peter deu de ombros com raiva e tomou um grande gole do brandy. 
    — Teme que ela sinta repulsa por seu rosto. — Novamente não foi uma pergunta. 
    — Planejo comprar os óculos dentro de uma semana — Peter respondeu por entre os dentes, ficando bravo de se sentir culpado. 
    Kibble ficou em silêncio por um momento, com ar pensativo, depois perguntou: 
    — Ela não tem recurso algum? 
    — O quê? Claro que tem. — Ele sabia que Lali tinha dinheiro. Sua mãe havia lhe contado, na volta de uma das provas, que ela havia comprado um pequeno frasco de perfume. Depois disso, ele ficara sabendo que Lali recebia regularmente uma pequena quantia de sua herança desde que completara vinte anos. Naturalmente, ela tomara posse do restante com o casamento. Eles haviam assinado alguns papéis naquele dia para transferir uma parte do dinheiro para uma conta que ela tivesse acesso. O resto deveria ser investido. 
    — Qual a razão de sua pergunta, Kibble? 
    — Mera curiosidade, milorde. 
    Levantando-se, o mordomo tomou o último gole do brandy e deixou o copo usado na mesa antes de sair. 
    — Você não pode mantê-la sem enxergar para sempre. — Foram suas últimas palavras antes de fechar a porta. 
    Peter já estava ficando farto desse tipo de comentário. Ele bebeu o último gole do brandy, depois levantou-se, foi até a mesa e se serviu de uma nova dose. Não precisava de sermão do mordomo. Já bastava sua própria consciência, lembrando-o de que Lali estaria mais segura se pudesse enxergar e evitar qualquer perigo. Mas, para mantê-la em segurança, havia recomendado que toda a criadagem ficasse atenta; vários olhos certamente eram muito melhor do que apenas os dela, ele argumentou consigo mesmo para aplacar sua consciência. 
    Quanto a ela mesma estar mais alerta sobre os riscos a que estava sujeita, talvez isso a deixasse mais ansiosa, e ele desejava que a esposa vivesse tranqüila. Lali começava a desabrochar agora que estava longe da tirania da madrasta. Definitivamente ele não queria que nada interferisse no comportamento dela, tornando-a tímida e amedrontada. 
    Ao dirigir-se novamente à poltrona com o brandy na mão, Peter disse a si mesmo que todos esses argumentos eram perfeitamente válidos, mas no íntimo sentia-se incomodado por saber a verdadeira razão pela qual não queria que Lali usasse os óculos.


    Suspirando, atirou-se na poltrona uma vez mais e ficou olhando para o copo, matutando sobre a injustiça da vida. Ele encontrara a mulher ideal, alguém que amava, desejava e tinha prazer de estar junto. Alguém que o fazia rir e era a pessoa mais doce do mundo. A ironia era que, enquanto a presença dela em sua vida o tornara mais paciente e bondoso para com os outros, tornava-o cruel para com ela, a pessoa que mais amava. Privá-la das atividades de que tanto gostava era realmente muito egoísmo de sua parte. 
    Peter subitamente pousou o copo cheio sobre a mesa e se levantou decidido. Ia providenciar os óculos para Lali. Ainda que custasse sua própria felicidade, tinha de garantir a dela. 
    Inconformado com a crueldade do destino, deixou o salão e subiu as escadas. Contaria a Lali que no dia seguinte iriam ao vilarejo para encomendar os óculos. Dessa maneira, não teria como se acovardar e mudar de idéia novamente. 
    Peter estava no terceiro degrau da escada quando ouviu o som de uma agitação na frente da casa. Ele parou, desceu, atravessou o hall e abriu a porta. Era a segunda carruagem vinda da cidade que acabava de chegar. Peter voltou-se para o interior da casa no exato momento em que Keighsley, visivelmente cansado, saía da carruagem, voltando-se depois para oferecer sua mão a Joan. A criada de Lali também mostrava sinais de cansaço após a longa viagem. 
    — Essa é a criada de lady Mariana, não é? — Kibble perguntou, parando ao lado de Peter e vendo os dois se aproximarem. 
    Peter fez que sim com a cabeça. 
    — Eles devem estar muito cansados, Kibble. Mostre o quarto a Joan e faça-a comer e descansar. Ela pode perfeitamente começar a trabalhar amanhã. Keighsley também. 
    — Muito bem — disse Kibble e informou: — Lucy ajudou lady Mariana a tirar a roupa e entrar no banho, mas agora já está aqui embaixo. Quer que eu a mande ajudar lady Mariana a sair do banho e se vestir para o jantar? 
    — Não é necessário — respondeu Peter e se dirigiu à escadaria. — Por favor, Kibble, providencie para que nosso jantar seja mandado em bandejas para o quarto de minha esposa. Vamos nos recolher cedo hoje. 
    
   


 


     As lentes dos óculos deixavam os olhos de Lali maiores. Ela virou a página do livro que estava lendo e continuou a devorar o conto sobre uma mulher infiel e o castigo que o marido lhe impusera. Ela havia invadido a biblioteca de Mowbray e tirado aquele livro que, na pressa, imaginara poderia ser-lhe útil. 
    Enquanto se encaminhavam para o novo quarto, Lali havia perguntado a Lucy se Mowbray dispunha de uma biblioteca e onde ficava situada. Após lhe mostrar o quarto, Lucy descera a fim de mandar preparar o banho para a nova patroa. Lali aproveitara-se da ausência dela, e visitara a biblioteca. Aquele fora o primeiro livro sobre o tema em que estava interessada que lhe viera às mãos. Com medo de ser pega, ela voltara depressa para o quarto e, pouco antes de Lucy retornar, o escondera sob o travesseiro. A criada a ajudara a despir-se e desmanchar o que sobrara do penteado enquanto a água estava sendo trazida. Em seguida, a dispensara, assegurando que preferia tomar banho sozinha. Assim que a criada saíra, Lali pegou os óculos e o livro e se enfiou na banheira. 
    Lali virou mais uma página e estava adorando a história, redigida por uma escritora, Maria de Zayas. Embora o livro em questão não contivesse idéias de como agradar o marido, o enredo era interessante e ela o lia com prazer. 
    Lali estava virando a página quando ouviu a maçaneta da porta girar. Assustada, tirou imediatamente os óculos do rosto, contemplando a porta. Já ia dizer a Lucy que não precisava ter se incomodado de voltar quando reconheceu o cabelo escuro e a figura alta do marido. 
    Em pânico, não parou para pensar nem por um segundo, abaixou as mãos dentro da água, ainda segurando nelas o livro e os óculos. Imediatamente escondeu o livro sob uma das pernas, perguntando-se desesperada o que deveria fazer a seguir. 
    — Como está o banho? — Peter perguntou a distância, e ela percebeu pela voz que ele sorria.


   Lali abriu e fechou a boca sem saber o que dizer. Não podia deixar que ele chegasse próximo da banheira. Se o fizesse, poderia querer ajudá-la a se banhar e a ajuda poderia acabar em beijos e carícias, com ele dentro da banheira ou tirando-a de lá. Em qualquer das hipóteses o livro seria visto. 
    A única saída que tinha era evitar que Peter se aproximasse e para tanto só lhe ocorreu ir ao encontro dele enquanto atravessava o quarto. 
    Como havia imaginado, ele parou assim que a viu levantar-se na banheira com a água escorrendo pelo corpo nu e ficou contemplando-a boquiaberto, Lali podia sentir o calor do olhar sobre seu corpo e sabia que estava rubra, mas tempos difíceis pedem medidas desesperadas. 
    Antes que o marido voltasse a si, ela saiu da banheira e cruzou a pequena distância que os separava. Não disse uma única palavra. Só caminhou até ele. No momento em que chegou perto, Peter estendeu os braços e a abraçou. Os lábios dele imediatamente procuraram os seus e as mãos dele viajaram por um instante por seu corpo, carregando-a em seguida para a cama, sem deixar de beijá-la. 
    — Pensei que você estivesse muito cansada depois da viagem. 
    Sorrindo, Lali deu-lhe um beijo no canto da boca, depois sentou-se na beirada da cama e procurou o fecho das calças de Peter. 
    — Acho que nunca vou me sentir cansada para você, marido — Lali assegurou. Enquanto o ajudava a despir-se, ela recomendou a si mesma que não se esquecesse de pegar o livro e os óculos da banheira assim que possível... antes que alguém fosse até lá. 


           


 


 


 


            — A senhora tem certeza de que não preferiria...


 


            — Não — Lali interrompeu Kibble de imediato, esforçando-se para se mostrar paciente e sorrir. —Prefiro mesmo me deitar um pouquinho. Uma cochilada é tudo o que eu quero agora.


             — A senhora não está se sentindo mal, está, milady? — Kibble perguntou preocupado.


 


            Lali se controlou para não reagir mal à pergunta. Honestamente, os criados de Mowbray se preocupavam com ela como um bando de mães zelosas. Um ou outro, e às vezes vários deles, a seguia por todo lado nos últimos quatro dias, ou seja, desde que chegara a Mowbray. E se ela tentasse dar uma escapadela até seu quarto para ter um momento de privacidade, eles se mostravam bastante aborrecidos.  


 


            — Estou bem — insistiu com firmeza. — E que tenho dormido pouco ultimamente e só quero tirar uma soneca.


            — Está bem — Kibble se rendeu —, se tem certeza de que não está se sentindo mal...


            — Não estou me sentindo mal — ela repetiu. — Por favor, certifique-se de que ninguém venha me incomodar. Diga inclusive a Joan que não vou precisar dela.


 


            Lali já estava à porta do quarto, depois de ter sido seguida até lá pelo mordomo, com um dos outros criados atrás dele. Forçou um sorriso para eles e entrou no aposento, fechando a porta atrás de si e recostando-se nela com um suspiro.


 


            Bom Deus, pensou exasperada. Tirou depois o livro do esconderijo entre suas saias e atirou-o na cama. Sacudindo a cabeça, ainda atordoada com tanta atenção do pessoal da casa, enfiou a mão no bolso da saia e retirou a bolsinha em que guardava os óculos, colocando-os no rosto. Olhou ao redor do quarto e deteve-se na cadeira que ficava em frente à penteadeira. Resolveu pegá-la, arrastá-la até a porta e colocá-la sob a maçaneta.


 


            Contente de que ninguém conseguiria entrar de surpresa por ali, Lali voltou-se para a porta que dava para o quarto de Peter. Não havia outra cadeira que pudesse usar para travá-la. Por um momento considerou deixá-la como estava, mas, receando que Peter pudesse entrar e surpreendê-la com aqueles óculos horríveis, dirigiu-se até ela.


 


            Não dispondo de outra cadeira, o jeito seria recorrer a um outro móvel. A camiseira era a peça mais próxima. Era um pesado móvel de madeira. Empenhando toda a sua força, ela conseguiu fazer com que se movesse um pouco, mas ao ser arrastado contra a madeira do chão provocou um sonoro ruído.


 


            Resmungando com seus botões, Lali redobrou os esforços, esperando ser rápida para não fazer mais barulho.


             — Milady? — A voz de Kibble fez-se ouvir ansiosa do outro lado da porta do quarto. — Está tudo bem?


 


             Com a camiseira parada apenas na metade da porta de Peter, Lali bufou de raiva.


 


            — Sim, Kibble, está tudo bem.


 


            — Pensei ter ouvido um barulho estranho — disse o mordomo.                          


 


  Lali soprou uma mecha de cabelo do rosto e disse:


 


            — Estava apenas mudando uma peça de lugar para o quarto ficar do meu jeito.


 


            Houve um longo silêncio e quando Lali julgou que Kibble tivesse aceitado a explicação, ele insistiu:


 


            — Será que a senhora não poderia abrir a porta por um minuto para que eu veja se milady está mesmo bem?


 


            Dulce apertou os dentes com raiva, mas foi até a porta do quarto, retirou a cadeira de lá, tirou os óculos, enfiando-os no bolso da saia e abriu a porta.


 


            — Veja, estou bem.


 


            Kibble olhou-a vagarosamente de cima até embaixo, de maneira desconfiada, como se temesse que ela estivesse ocultando alguma coisa. Depois o olhar dele percorreu o quarto.


 


            Lali mordeu o lábio, torcendo muito que o intrometido não notasse a camiseira, mas, naturalmente, ele notou.


 


            — A senhora bloqueou a entrada do quarto do conde. — O mordomo só poderia mostrar-se espantado diante da descoberta.


 


            — Bloqueei, sim — respondeu Lali , impassível. — É uma arrumação temporária, Kibble. Preciso descansar por uns minutos, ter um pouco de privacidade, e assim me asseguro de que ninguém irá me importunar.


 


            Kibble a examinou em silêncio, depois olhou ao redor do quarto. Os dois estavam suficientemente próximos para que Lali notasse como ele havia ficado nervoso. Foi quando os olhos dele se detiveram em alguma coisa. Lali não conseguiu resistir e voltou-se também para ver o que chamara a atenção dele. Naturalmente, ela não conseguiu enxergar nada sem os óculos, apenas figuras borradas.


 


            — Há um livro em sua cama.


 


           Lali sentiu o coração parar. Ela havia esquecido completamente do livro que jogara sobre a cama momentos antes. Tentando manter uma expressão calma, se voltou para o mordomo, demonstrando surpresa:


 


            — Não diga! Talvez Joan o tenha esquecido aqui em cima.


 


            — Sem dúvida — ele concordou e perguntou: — Posso levá-lo de volta para a biblioteca para que não fique pelo caminho?


 


            — Não se preocupe, Kibble, é só um livro. Eu vou deixá-lo na mesinha-de-cabeceira e Joan o pega mais tarde.


 


            — Talvez ela queira ler enquanto a senhora descansa — ele insistiu. — Afinal, a senhora deu a tarde de folga para ela.


 


            Lali cerrou os dentes. Estava vendo sua oportunidade de passar alguns momentos sozinha esvair-se. Buscava uma desculpa urgente para poder ficar com o livro quando ouviu alguém chamar do piso inferior.


 


            Kibble virou-se e olhou em direção ao hall. Desculpando-se, foi até as escadas de onde podia ver a entrada.


 


            Lali achou que seu sentido de audição havia aumentado desde que ficara sem os óculos. Era como se seu corpo procurasse compensar a falta de um sentido, aumentando os outros. Ela ouviu perfeitamente bem a resposta de Frederick. Ele disse que uma carruagem estava se aproximando do pátio.


 


            Sem se dar conta de que Lali ouvira, Kibble olhou para trás e informou a ela:


 


            — Perdoe-me, milady. Parece que teremos companhia.


 


            Lali observou o vulto dele desaparecer escada abaixo e então fechou a porta do quarto. Uma vez sozinha, seu olhar parou na moldura turva da janela. Visitantes inesperados? Quem poderia ser, perguntou a si mesma. Pondo os óculos, ela foi curiosa até a janela que dava para o pátio na frente da casa.


 


            Havia mesmo uma carruagem subindo pela alameda, mas foi só quando parou na frente da casa que ela reconheceu a insígnia da família, na lateral do veículo.


 


            Respirando fundo, Lali caminhou rapidamente até a porta. Já ia abri-la quando se lembrou dos óculos. Arrancou-os do rosto, colocou-os no bolso e rapidamente foi para o hall. Ao chegar à escadaria, segurou no corrimão e desceu cuidadosamente. Havia aprendido a lição ao torcer o pé nas escadas da casa de seu pai em Londres. Não tinha a menor vontade de repetir a cena.


 


            Kibble permanecia parado junto à porta de entrada, observando o primeiro passageiro que desceu da carruagem. Ao chegar ao lado dele, Lali notou pela expressão desconfiada de sua cara de buldogue que Kibble não tinha a menor idéia de quem fosse. Logo, porém, ele ficou sabendo ao vê-la passar por ele correndo e gritando:


 


            — Papai, que bom, não o esperávamos tão cedo!


 


 


 


 


 



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Autor(a): hellendutra

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Gente pesso mil desculpas de verdade,capitulo dedicado as minhas leitoras,       sofiasouza:AI flor que linda, que bom que AME minha web,e obriada por comentar.     lary_laliter:SIM \o todinho a vc kkkkk mato não vcs sao mt especias para mim fazer isso rs, obrigada por comentar.           Capitulo 19 &nbs ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 223



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  • hellendutra Postado em 11/01/2013 - 21:28:46

    HAI MINHAS LINDAS ACABOU NEM ACREDITO queria agradecer por vcs terem acompanhado minha web, beijos e até uma proxima quem sabe

  • lary_laliter Postado em 11/01/2013 - 00:46:02

    hahah não creio que e o final no no no no....AMEI A WEB DO COMEÇO AO FIM (fim? ha vontade de chorar de pensar que e o fim....)foi perfecta e o que tenho para dizer...ha espero que a proxima web ja estaja no forno em....

  • sofiasouza Postado em 10/01/2013 - 20:43:16

    Foi perfeito ,eu AMEI pena que acabou vou sentir saudade

  • sofiasouza Postado em 09/01/2013 - 22:58:42

    É verdade o penultimo cap chegou ,a Lali esta tão calma pra quem esta na frente de alguem que quer a matar ,eu já estaria desesperada kk AMO sua web ansiosa e triste para ver o ultimo cap ,vou sente falta dessa web mais como diz o ditado o que é om dura pouco .

  • lary_laliter Postado em 09/01/2013 - 21:18:21

    ha eu estou de mal de vc pq a web ja esta acabando!uo quantos descobertas posta maissss ansiosa para o ultimo capitulo...ESPERO QUE JA ESTEJA PROVIDENCIADO OUTRA WEB PARA COLOCAR NO LUGAR EM!

  • larissa_pocciano Postado em 09/01/2013 - 15:05:55

    http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=21639

  • larissa_pocciano Postado em 09/01/2013 - 15:05:43

    http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=21639

  • larissa_pocciano Postado em 09/01/2013 - 15:05:32

    http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=21639

  • sofiasouza Postado em 09/01/2013 - 00:33:16

    Ai que triste vou sentir muita falta dessa web ela é uma das minhas preferidas ,mais por enquanto que ñ acabou vou curtindo AMO sua web posta mais

  • lary_laliter Postado em 08/01/2013 - 23:20:52

    bua bua bua ja esta acabando não acredito :( cade a reação do Peter por a Lali usar oculos???? posta maisssssss


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