Fanfic: New year, new life! | Tema: One Direction

POV Hariel

  “Harry não precisa saber que eu desmaiei; na verdade, ninguém precisa saber, não contarei a ninguém, porém, não posso prometer...”

  Abri meus olhos e o vi assistindo TV.

  - Oi amor...

  - Oi! Tudo bem?

  - Uhum... Eu já volto, ok?

  - Tudo bem!

  Fui para o meu quarto, tranquei a porta e fui me olhar no espelho do banheiro... Cara, como eu pude fazer aquilo ontem? Eu estava bêbada? Não, não estava! Eu estava louca? Provavelmente... “Como eu pude deixa-lo fazer? Como?”

  Joguei uma água no meu rosto, e tive uma ideia. “Vou ligar pro Liam, porque eu não fico aqui sozinha com o Harry de novo. Verei se podemos passar a noite lá, assim, tento dormir separada dele.” Peguei meu celular e disquei. Chamou, chamou, chamou até que, finalmente, ele atendeu!

  Ligação On

  - Liam, finalmente!

 - Oi, o que aconteceu?

 - Você e os meninos estão ocupados essa noite?

 - Não, porque?

 - Eu e o Harry poderíamos posar aí?

 - Claro! Aconteceu alguma coisa? – perguntou com voz desconfiada.

 - Não, fica tranquilo. As 20h chegaremos ai.

 - Ok, beijos!

 - Beijos!

 Ligação Off

  Fui até a cozinha, e encontrei Harry comendo um sanduíche.

  - Às 20h vamos na casa dos meninos, ok? Dormiremos lá.

  - Porque?

  - Eu liguei para saber se iam fazer alguma coisa, daí Liam falou que não. Dai comentei com ele, e disse que tudo bem.

  - Não quer ficar sozinha comigo, não é?

  - Não tem nada a ver Harry...

  - Tem sim, ou você acha que não percebi como acordou e já foi pro quarto?

  - Harry, para! Só quero ficar com nossos amigos, só isso.

  - Ok, fingirei que acredito, ou você está com medo da gente transar de novo?

  - Não.

  - Então você quer?

  - Não.

  - Está mentindo.

  - Ah, quer saber, é isso sim! Não quero ficar sozinha com você, porque eu me arrependo do que eu fiz ontem a noite, e não quero que se repita! NÃO QUERO FERRAR COM OS NOSSOS FUTUROS! NESSE JOGO, SAIMOS FERRADOS IGUAL!

  Ele não disse nada, apenas me olhava com cara de profunda raiva. Ficamos nos encarando, até que passou por mim e foi pro quarto. Fui arrumar minhas coisas.

  Faltando dez minutos para dar o horário combinado, fui até o quarto dele, estava trancado.

  - Harry, vamos?

  - Eu não vou, você vai sozinha.

  - Para de ser infantil, e vamos logo!

  - Já disse que não vou.

  - Abre essa porta, agora. Vamos conversar.

  - Não, se quiser, arromba.

  Como eu não tinha força para tal feitio, lembrei que em uma gaveta da cozinha, Anne tinha me mostrado uma chave universal, que abria qualquer porta. Peguei-a, destranquei a porta e entrei.

  - Como entrou aqui?

  - Chave universal.

  - Sai daqui, agora!

  - Não, não vou sair.

  Ficamos nessa lenga lenga um tempão, e estávamos já alteando a voz. Meu celular toca, era Liam.

  Ligação On

  - Hariel, cade vocês? São 19h30min...

  - Poderia vir me buscar? Harry não vai, está passando mal, mas me deixou ir.

  - Ok, daqui a pouco chegarei ai.

  - Obrigada!

  Ligação Off

  - Agradeça-me depois!

  Virei as costas, fechei a porta, e fiquei na sala, esperando Liam. Tinha chego no horário, sai de casa, tranquei, e fomos. Na casa dos meninos estava uma animação só: música, vídeo game... Todos perguntavam sobre Harry, e eu dava a mesma desculpa. Teve uma hora que consegui sair despercebida da sala, e fui explorar a parte de fora da casa deles, tipo um jardim, mas no fundo da casa.

  (Coloquem para ouvir: http://www.youtube.com/watch?v=gJEoxeW7JvQ)

  Olhei para o céu, era lua cheia. Havia um banquinho de cimento bem afastado da casa, embaixo de um bangalô. Me sentei e fiquei pensando na vida, no tanto de merda que tinha feito desde que vim para cá: briguei, quase morri, transei... tudo isso com apenas 15, 16 anos... SUA IDIOTA! Comecei a chorar compulsivamente, mas em silêncio. Olhei para cima, e a lua brilhava bem em cima de mim, havia tantos vagalumes, tantos, nunca tinha visto tantos na em toda a minha vida; as flores que haviam no bangalô eram aquelas rosas trepadeiras, em cachos, havia vermelha, rosa, branca e, uma única, a mais bela, uma rosa azul! Dizem que a cor azul é da tranquilidade, serenidade e harmonia, porém, associa-se a frieza, monotonia e depressão. No meu caso, são as últimas três opções, haha. Ri do meu próprio pensamento, para ajudar, ao fundo, da sala, vinha Bleeding Out, do Imagine Dragons. “Tudo para ajudar, né? Já que tá fudido, pode ficar fudido e meio, porque não?” Deitei na grama, e fechei meus olhos. Aquela paz era tão boa...

  - Oi.

  - Zayn?

  - O que está fazendo aqui?

  - Eu percebi quando você saiu, mas, deixei. Porém, demorou, daí fiquei preocupado.

  - Obrigada... – Me sentei.

  Ficamos lá conversando um tempão, e Zayn tirou de dentro do oco de uma árvore um pote de vidro, com a tampa furada.

  - Vamos caçar vagalumes?

  - Como faz?

  Ele me mostrou, mas, tínhamos só um pote, eu queria um.

  - Hey, e pote para mim?

  Foi no mesmo buraco e tirou mais três.

  - Pronto, agora tem o suficiente, né?

  - Sim, haha.

  Parecíamos duas crianças correndo atrás dos pobres vagalumes; quase enchemos os dois potes, os outros dois guardamos vazios, no buraco. Fomos até um lugar mais escuro, e, sempre que eles paravam de brilhar, eu chacoalhava o pote.

  - Dá um tempo, se não eles morrem!

  - Ah é?

  - É!

  Ficamos lá apreciando os vagalumes até que...

  - Hariel!