Fanfics Brasil - Baby, você se tornou meu vício Menina Veneno

Fanfic: Menina Veneno | Tema: Restart


Capítulo: Baby, você se tornou meu vício

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Saímos pelo backstage e Pedro não me dirigiu palavra alguma. Isso estava começando a me incomodar. Então, fui obrigada a puxar qualquer assunto.


– Hum... Pedro, tá frio não é? Você não deveria ter saído sem cami...


– Deveria ter falado isso enquanto estávamos no camarim, eu arranjava um casaco para você. Agora eu não vou voltar. – Ele disse me cortando. Mas não foi o fato dele me cortar no meio de uma frase que me deixou magoada, apesar de ter sido uma puta falta de educação. Foi o tom de voz que ele usou comigo. Tão rude e seco. Tão diferente do que eu imaginei diversas vezes que ele seria. Será que Pe Lu tinha distúrbio bipolar e eu não sabia?


– Mas eu não estava falando sobre isso...


– Não sei se você notou, mas são 3 da manhã, eu estou cansado, fiquei de ressaca acordado enquanto você realizava seu “teenage dream” com o Lanza. Você vai realmente continuar a falar no meu ouvido?


Aquilo me indignou. Para começar a culpa não era minha se ele ficou de ressaca ainda acordado, até entendo que isso seja uma merda, mas não era motivo para me tratar mal.


E quem disse para ele que o Lanza era meu teenage dream? Ele, Pedro Lucas, era meu teenage dream e sinceramente, estava começando a deixar de ser. Senti meu rosto arder, é muito triste quando você descobre que alguém que você admira é um completo idiota. Minha vista começou a embaçar, mas eu não ia chorar na frente dele. Como ia conseguir passar um ano perto desse cara? Respirei fundo e me controlei. Apertei o passo e comecei a andar na frente dele.


Logo, avistei o Alexander na porta do clube, apertando com força os braços ao redor do corpo. O coitado cheio de frio me esperando, e eu me divertindo. Eu essa amiga inútil, esqueci completamente que ele existia, mesmo depois de ter passado horas comigo na fila. Corri ao seu encontro e o abracei com força.


– Alex, me desculpa por favor! Eu sou uma idiota...


– Onde você estava Claire? – Ele estava com o nariz e as bochechas muito vermelhas. Era mistura de frio e irritação. Me afastei dele, abaixei a cabeça e me preparei para escutar. Hoje parecia o dia ideal para as pessoas descontarem em mim sua ira, mas pelo menos ele tinha motivo - Eu te vi sendo tirada pelo segurança e logo em seguida fui até até o posto médico saber de você, e você não estava lá. Ninguém sabia de você. Quase liguei para sua casa e se você não atendesse agora eu iria fazer isso mesmo!


Alex estava tão entretido em descontar em mim toda a sua raiva (e ele tinha o direito de fazer isso) que nem notou quem se aproximava de nós dois.


– Boa noite! – Pedro disse com um sorriso, diga-se de passagem lindo, no rosto. Nem parecia o ogro de minutos atrás. – Você deve ser o amigo da Claire... Eu sou Pedro - Disse isso estendendo a mão para que Alex apertasse.


O coitado ficou tão sem reação que levou alguns segundos para perceber que ele deveria apertar a mão do homem. Um pouco inseguro ainda, conseguiu apertar a mão do outro.


– Bom, sei que realmente você deve ter ficado preocupado, mas quero deixar claro que a culpa não foi da Claire, nós a prendemos lá para acertar uns detalhes...- Como se o Alex fosse idiota o suficiente para não sentir o cheiro de álcool que exalava tanto de mim quanto de Pedro - Seja como for, ela vai ter a oportunidade de esclarecer isso. Sei que vocês estão cansados, então vamos para o carro que eu vou deixá-los em casa.


Pedro caminhou em direção ao carro enquanto eu e Alex nos encarávamos. A expressão da cara dele era hilária. Uma mistura de “CARALHO O PE LU” com “WTF” que eu juro, se estivesse de bom humor, teria começado a rir. Segurei no braço dele e seguimos para o carro.


Lógico que depois do big coice que eu tinha tomado, não ia sentar no banco da frente. Recolhi minha insignificância, abri a porta traseira e sentei. Sobrou para Alex o banco da frente, o qual ele ocupou com prazer. A viagem transcorreu sem nenhum acontecimento significativo. Alex logo se acostumou com Pedro e os dois foram conversando animados até chegar na casa dele. Alex desceu do carro me mandou um beijo e entrou em casa. Mas Pedro não deu partida no carro.


– Seria muito educado da sua parte se agora você sentasse aqui na frente. – Olha que fofo, quem veio falar de educação comigo. Eu bufei, passei por cima do banco do carona e me sentei. Ele estava fazendo com que eu me sentisse uma criança mal humorada. Permaneci calada até que paramos na porta da minha casa. As luzes estavam apagadas, o que era um ótimo sinal. Minha mãe não ia me encher de perguntas. Mesmo com 20 anos, eu ainda morava com ela, e lhe devia explicações.


– Eh... Muito obrigada Pe Lu. - Tentei abrir a trava mas adivinha ? Ele não desbloqueou...


– Você pode me chamar de Pedro, okay? Se eu não me engano, já te disse isso. - Seu tom de voz tinha mudado, ele estava bem menos agressivo. A história da bipolaridade estava começando a tomar força na minha cabeça. - Olha, eu fui um idiota com você, me desculpa.


Eu fiquei parada esperando a continuação. Pelo menos assumiu que foi um idiota. Grande progresso senhor Munhoz.


– Você não merecia ter ouvido aquilo. E eu também não tenho nada a ver com a sua vida. Se você e o Lanza estavam conversando ou sei lá...


– Pera aí, mas não aconteceu nada. - Ele deu um sorriso tão sarcástico que meu deu ódio.


– Se seu celular não tivesse tocado, tudo indicava que teria acontecido. A propósito, gostei da música. - Senti que essa foi a deixa para mudar de assunto, o que foi ótimo, já que meu rosto estava quase roxo, porque vermelho não expressava mais a minha vergonha.


– Sou fã de vocês, esqueceu? – Eu disse sorrindo, e rezando para o meu rosto estar parecendo menos envergonhado.


– Mas pensei que fosse alguma música mais lenta, sei lá.


– Você está insinuando que suas fãs só gostam das baladas? Foi isso que eu entendi? - Ele gargalhou e todos os pelos do meu corpo conseguiram ficar arrepiados. O som da gargalhada de Pedro era lindo, melodioso.


– Longe de mim dizer algo como isso. Nossos fãs gostam da nossa música. E isso é tudo que eu afirmo. – Quase suspirei, ainda bem que deu tempo de segurar. Ficamos alguns segundos nos encarando em silêncio. Isso começou a ficar incômodo, então resolvi aliviar o clima.


– Me diverti muito com vocês hoje, obrigada. – Engraçado como as coisas são. Porque só depois que disse isso, percebi que parecia estar me despedindo de um encontro.


– Também me diverti. E o lance que eu falei da ressaca é verdade mesmo, é muito ruim ficar de ressaca acordado, mas isso não é desculpa para tratar você daquele jeito.


–É... Eu sei. Vamos fingir que isso não aconteceu, certo? Assim eu não fico chateada nem você precisa pedir desculpas. - Eu não queria sair dali. O sorriso dele me prendia dentro do carro. O silêncio começou a se tornar incômodo novamente. Então tive que quebrá-lo. - Eu tenho que ir... – Ele destravou a porta e se inclinou em minha direção, um pouco sem jeito, e pousou os lábios em minha testa.


– Boa noite Baby Doll - E quando eu saí do carro ele gritou. – Descanse bem e aproveita a sua casa, porque amanhã alguém vem te buscar. Ah... e não se empolga muito, eu mesmo vou cuidar para que não seja o Lanza. - Eu preferi não revidar, fui até a porta da minha casa e entrei. Só então escutei o carro dando partida e indo embora.


 


Pov`s Pedro


Caralho!!! O que está acontecendo comigo? Que coisa mais idiota foi aquilo que eu falei para a garota? Só lembrando que eu a conheço a umas seis horas! Mas também, porque ela estava daquele jeito logo com o palito do Lanza? Eu sei que as garotas até gostam dele e tal, mas achei que a unanimidade fosse o Thomas.


A... Mas aquela vareta vai ter o que merece. Eu não posso deixar que ele estrague o péssimo nome que nossa banda já tem, porque ta passando pela puberdade pela nona vez. Eu vi que foi ele que chegou em cima da menina, igual a um desesperado. Mas ela também podia ter se controlado um pouquinho mais. Cair nas cantadas do Lanza é ser burrinha demais. E ela nem é tão bonita assim. Ela tem um rosto comum, olhos verdes e cabelo vermelho. Acho que é o cabelo vermelho que deve chamar atenção. Ou devem ser os olhos mesmo. São tão intensos. O olhar dela queima. E o corpo dela... O Lanza passou a noite medindo ela de cima a baixo. Mas o corpo dela é comum. Nós já pegamos mulheres muito mais gostosas e com muito mais silicone, com certeza. Deve ser porque os seios dela não são exagerados. Devem ser bons de pegar e com certeza se encaixariam perfeitamente em uma boca. Uma boca qualquer. E ela deve ser sexy também... Quando ela joga os cabelos, eles caem em forma de cascata pelas suas costas e ela toda hora umedece os lábios com a ponta da língua. Isso mexe sim com a imaginação de um homem, ainda mais quando esse gesto é tão inocente. A culpa já está saindo um pouco das costas do vareta. É difícil resistir a certas coisas, mas eu não tenho nada a ver com isso. E mesmo não tendo, vou falar com ele.


Eu estava tão perdido em meus pensamentos que nem reparei que estava na porta da casa do Lanza. O motivo bom de fazer shows em São Paulo era esse. Por ser minha terra, eu não precisava prestar atenção, eu chegaria onde eu quisesse. Até de olhos fechados.


Saí do carro e entrei na casa do Lanza. Com certeza ele já estava ali... O tênis dele estava jogado no chão da sala. Subi as escadas em direção a seu quarto e quando abri a porta, tive a visão deprimente de um Pedro Gabriel bêbado, dormindo de bruços com o lençol cobrindo apenas da sua cintura para baixo, deixando as costas do nosso querido palito nuas. Infelizmente nesses momentos agente só pensa em uma coisa. Montinho. Me joguei com tudo em cima dele.


– Seu viado. Acorda!!!!!


Transtornado, o coitado tentava me empurrar, como se ele fosse conseguir. Eu fiquei com pena e saí de cima dele, o empurrei pro lado e sentei na cama.


– Precisava falar com você.


– E não podia esperar até amanhã, Pedro? - Disse se sentando com dificuldade e encostando na cabeceira da cama.


– Não podia não. E você não dorme a essa hora. Nem são 5 da manhã ainda.


– Eu bem que poderia estar acordado a essa hora se não fosse o maldito celular da Claire ter tocado. Aí você saiu de lá arrastando a garota...


– Era exatamente isso que eu quero falar.


– VOCÊ FICOU COM ELA?! – Ele gritou e eu comecei a rir. A reação dele foi tão espontânea que eu não me segurei. Peguei uma blusa no chão e entreguei a ele.


– Coloca isso, eu não preciso assistir você dando piti quase pelado. – Ele colocou a blusa me encarando ainda com uma expressão que denotava que nós éramos crianças em uma caixa de areia e eu tinha roubado o seu baldinho. - Para de fazer bico pra mim eu hein... Como se nós já não tivéssemos saído com a mesma mulher antes. Para de palhaçada.


– Mas ela é... É nossa fã. - Eu sei que eu não deveria, mas tive que render o assunto. Era engraçado.


– Grandes coisas. A gente nunca pegou fã nenhuma, não é mesmo? Quem olhar você assim, transtornado, até acredita nisso. E você não estava nem preocupado com isso, dentro do camarim...


– Eu não estava pensando direito, só isso.


– Então começa a pensar de agora em diante, palhaço. Eu não fiquei com ela não, só a deixei em casa. - Ele me encarou avaliando se deveria acreditar ou não e eu prossegui. – Olha Lanza, não tenho nada com sua vida e menos ainda com a dela, mas para pra pensar. Ela não é mais uma que você vai comer hoje e nunca mais ver. Ela vai passar um ano com a gente, cara. E falando sobre nosso dia a dia para outros fãs. Você não acha que se ela estiver magoada não vai expor isso? Nós não a conhecemos cara... Só vai com calma.


Ele me olhou por alguns minutos pensativo. Meneou com a cabeça e logo a sacudia afirmativamente.


– Você tá certo cara... Eu não poderia ter agido assim. Mas não sei se isso aconteceu com você, é que ela passa aquela sensação... Sabe do que estou falando. – Balancei a cabeça negando e ele abriu um largo sorriso. - A sensação de que a conheço a minha vida inteira.


Eu só arranquei o travesseiro das costas dele e taquei com força na cara dele.


– Que papo mais gay, Lanza! Eu sempre te achei estranho, mas agora... – Levantei rindo e ele abraçou o travesseiro deitando novamente e murmurando um“Que se foda” antes de fechar os olhos e me ignorar. O Lanza era muito bom nisso. Ele se fechava no próprio mundo e ignorava tudo o que o incomodasse ao redor.


– Boa noite para você também! – E dizendo isso deixei o quarto dele.


No carro eu forçava pensar em coisas como a nossa agenda de shows, meus problemas mal resolvidos com Lara, que ainda não aceitava muito bem nosso divórcio, na banda de novo. Mas mesmo assim, todo o momento surgia o sorriso, o olhar e o nome de Claire na minha cabeça. Eu não queria admitir mas era verdade o que o Lanza tinha dito. A Claire passava mesmo essa sensação de que fosse alguém que eu conhecia a séculos. Era estranho e eu não queria aceitar isso. Como também não queria aceitar que eu estava me lixando com a imagem da banda naquele momento. O que me irritou de verdade, era o Lanza estar em um lugar que deveria ser meu. Pelo menos eu achava que deveria ser eu ali, imprensando ela contra o frigobar.


Finalmente admiti. O que tanto me incomodou foi a inveja que eu senti. Eu a desejava, mas eu iria ignorar esse desejo. Pelo menos por enquanto...



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Autor(a): gabbe

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • analima Postado em 11/12/2012 - 11:47:23

    Leitora nova... To gostando, so nao precisava ter matado o lucas henrique da sua fanfic =( mas to curtindo continua


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