Fanfic: Gotta Be You | Tema: One Direction

Uma melodia não estranha começou e logo uma de minhas músicas preferidas estava tocando.

–Quer dançar? -ele perguntou vendo que eu estava ficando tensa.

–Eu adoraria! -disse e ele me puxou para a pista de dança.

Ele dançou comigo a noite inteira e não me deixou sair dali. E eu também não pretendia, já que o Justin estava naquela mania de perseguição.

Quando nós decidimos ir embora, a maior parte das pessoas já havia saído. Eu sentia um leve enjoo e pedi para ir a pé, já que a casa de Louis não era muito longe dali.

–Eu vou com você… –Harry começou, mas eu o interrompi.

–Não precisa, Harry! Eu preciso ficar sozinha um pouco… -digo e fecho a porta do carro no qual todos eles já estão. O carro dá a partida e em segundos estou sozinha.

Algum tempo se passou e lá estava Justin com aquela maldita persistência de novo.

–Dá pra me deixar em paz!

“If I was your boyfriend, I’d never let you go

I can take you places you ain’t never been before

Baby take a chance or you’ll never ever know

I got money in my hands that I’d really like to blow”

Ele começou a cantar em meu ouvido e aquilo me causou um extremo desconforto.

–Vem cá, você acha que eu to com o Lou por fama e dinheiro? -eu disse, irritada. –Então presta atenção no que eu to falando… Eu não to com ele por dinheiro, eu to com ele porque eu realmente o amo. Ele é o cara que eu escolhi e se você não parar com essa merda, eu vou chamar a polícia! -após dizer aquilo eu estremeci, porque agora estava entre ele e a parede gelada.

O vento me deixava inquieta e o frio constante me fez fraquejar. Justin tinha um olhar malicioso no rosto e se aproximava cada vez mais. Com uma das mãos em minha cintura e a outra em meu rosto ele me beijou.

Eu tentei empurrá-lo, mas nada do que eu fazia adiantava.

–Eu sempre consigo o que eu quero, Luh! -ele diz, me dá mais um selinho e vai embora.

Eu queria fazer algo, mas nem piscar eu consigo e, no momento, tudo o que eu consigo é deixar minhas pernas cederem até que eu esteja quase sentada.

Eu esfrego as costas das mãos nos lábios na tentativa de apagar aquele beijo da minha mente, de fazer com que ele nunca tenha existido, mas me vejo numa tentativa fracassada. Levanto-me e caminho apressadamente em direção a casa de Louis, mas na metade do caminho, náuseas me causam um enorme desconforto e sou obrigada a parar e ligar para Louis, pedindo para que ele venha me buscar, mas ele não atende. Eu tendo mais algumas vezes e, agora, me encontro ligando desesperadamente para Liam.

–Alô! -a voz dele ao atender é sonolenta, o que me faz hesitar.

–Liam, eu te acordei?

–Acordou, mas pode falar! -ele diz, um pouco mais sério.

–Será que você poderia vir me buscar? –eu hesito. –Eu tentei falar com o Lou, mas ele não atendeu e você foi a primeira pessoa em quem eu pensei.

–Claro, mas… Aconteceu alguma coisa?

–Não… -minto e ele percebe, mas não diz nada. Ele pergunta onde eu estou, eu explico e ele me diz para não sair de lá, pois em minutos vai chegar e assim o faz.

Apenas alguns minutos se passam e Liam para o carro na minha frente. Eu estou sentada na calçada, morrendo de frio e ele desce do carro.

–Vem, Luh! -ele diz, tirando seu casaco e pondo em volta do meu corpo.

–O-obrigada! -eu gaguejo e entro no carro.

Ele dirige alguns minutos em silêncio até que pergunta:

–O que realmente aconteceu? -sua voz é séria e aquela cena me vem à cabeça novamente, me causando mais náuseas. Eu jogo a cabeça para trás, na tentativa de pará-la e digo:

–Justin me beijou! -é simplesmente o que digo, mas minha voz fraqueja e se torna trêmula. Sua expressão além de séria, agora é também espantada e preocupada. –Eu tentei evitar, mas ele me pôs contra a parede.

–Bem… Você vai contar pro Lou? -pergunta.

–Eu não sei o que fazer! -digo, abaixando a cabeça, mas voltando rapidamente a antiga posição quando aparento querer vomitar.

–O…

–Liam, para o carro! -digo, com a mão sob o estômago.

–O que foi?

–PARA O CARRO! -eu quase grito e saio depressa quando ele para.

Eu me afasto do carro e agora me encontro vomitando e com uma horrível falta de ar.

–Luh, você está bem? -pergunta.

–Eu não sei… -digo, tentando me recompor.

Ele me leva de volta para o carro e me deixa na casa de Louis.

–Luh, você está bem? Você tá meio esverdeada! -Harry brinca e vem até mim, me acolhendo num abraço. Eu vejo Liam abrir a boca para dizer alguma coisa, mas logo o interrompi.

–Estou! -digo com um leve sorriso no rosto. –Só estou um pouco cansada! -minto e sorrio mesmo me sentindo uma desgraçada por estar mentindo para ele.

–Que bom!

–Obrigada por me trazer em casa, Liam! Desculpe-me por ter te incomodado. -eu digo e nos despedimos.

Ele vai embora e resolvo ir até o quarto de Louis.

–Boa noite, Harry! -digo e subo as escadas. –Cheguei, Lou! -sussurro e percebo que ele não está no quarto.

Eu tiro meu vestido e substituo pelo meu pijama. Jogo-me na cama e espero pela volta de Louis.

–Ei, princesa! -ele diz quando chega ao quarto.

–Ei, príncipe! -respondo e fecho os olhos.

Sinto suas mãos me envolverem quando ele deita ao meu lado e assim adormeço.

Durante a noite pesadelos me assombram… Coisas como eu com uma criança em mãos e Louis me deixando, coisas que me fazem acordar aos gritos e só me acalmar quando Louis me puxa para si e me abraça até que eu esteja mais calma.

Isso é comum… Mas não como aconteceu essa noite… Não cinco vezes por noite ou mais…

Quando eu finalmente consigo dormir por mais de uma hora, já está amanhecendo e nem eu, nem Louis conseguimos dormir direito. Apesar de não acordar mais aos gritos, pesadelos ainda me atormentam.

Eu me sento cama e me vejo em um quarto branco. Minha visão está embaçada e tudo o que eu visto é uma camisola que não me lembro de ter vestido.

Do outro lado do quarto, estão Louis e meu pai, sentados num sofá conversando. Louis parece estressado e com raiva, mas meu pai faz de tudo para acalmá-lo.

–Você não pode deixar ela agora… -meu pai diz em tom de voz suplicante.

–Depois do que ela fez eu…

–Você não vai acreditar naquilo, vai? É a imprensa!

–Eu não sei no que acreditar! -Louis grita e se põe de pé. –Se ela mentiu para mim sobre um beijo, como vou saber se não mentiu para mim sobre o filho também… Esse filho pode muito bem ser do Justin também… -ele diz e vai até a porta.

–Louis, se acal…

–Diz pra ela que dessa vez eu não volto! -ele sussurra e sai do quarto.

De repente estou derramada em lágrimas, gritando por seu nome e implorando para que volte, mas nada adianta. Eu tento correr atrás dele, mas meu pai me pede para voltar para a cama e, comigo tentando resistir, ele chama a enfermeiras, que me prendem à cama e me dão um remédio até que eu adormeça.

Quando acordo novamente estou em meu quarto, Louis está de costas, vestido apenas por um jeans e sua box branca, com uma camisa listrada em mãos.

–Lou… -sussurro, mas minha voz fraqueja ao pensar que ele pode estar partindo.

–Bom dia, meu anjo! -ele diz num tom alegre e me dá um beijo na testa. –Você não dormiu direito durante a noite, então não quis te acordar… Eu preparei um café da manhã! -ele diz e vai até a porta.

–Okay, eu vou me trocar e daqui a pouco eu desço… -eu digo e me desfaço do cobertor, enquanto ele fecha a porta e eu me ponho de pé, sentindo um enorme peso na cabeça me jogar de volta nela.

Com mais um enorme esforço eu me levanto, pego uma roupa na mala e vou para o banheiro, onde faço minha higiene matinal e troco o pijama por uma roupa descente e desço.

–Estou aqui! -digo, adentrando na cozinha e me servindo com duas panquecas que ele mesmo fez. Derramo uma quantidade razoável de calda por cima das mesmas e me sento à mesa com ele e Harry.

Eu consigo chegar até o finalzinho das panquecas antes que náuseas me causem desconforto.

–Eu… Já volto! -digo e corro para o banheiro.

Minha garganta dói, meus olhos lacrimejam diante da falta de ar, minha cabeça dói, meu estômago embrulha e minha cabeça começa a latejar até que ouço a voz de Lou do outro lado da porta perguntando se estou bem. Sua voz soa preocupada e me esforço para respondê-lo.

–Eu… -mais um jato sai pela minha boca e ele entra.

Ele me encara, preocupado, mas não consegue fazer nada pelo choque.

–Eu estou bem… Foi só um desconforto… Não é nada! -digo e me levanto.

Dou descarga e volto para a mesa, onde Harry come um último pedaço de panqueca e se retira da mesa.