Fanfic: Paradise | Tema: The Wanted

                – O-o q-q-q? – Não acreditava no que estava vendo.

                – Também estou feliz em te ver.

                – Seu idiota, filho da p@#& - disse já partindo para cima dele e batendo-o.

                – Calma, calma...

                – Calma? Você quer calma? – eu dizia gritando – Você sai daquela festa bêbado, seu carro é encontrado, mas você não. Não dá noticias por sei lá... SEIS ANOS e do nada aparece aqui?

                – Desculpa...

                – Desculpa? Rá... Sua mãe morreu sem saber que o filho estava vivo, seu pai está em estado de calamidade e você me pede desculpa?

                – Minha mãe sabia que eu estava vivo. Mandei uma carta quando fugi dizendo que estava bem e que não era para eles procurarem por mim. E quanto ao meu pai, falo com ele todos os dias.

                – Como assim? Ninguém nunca me disse isso...

                – Eu pedi...

                – Você pediu? E que direito você tinha disso? Sabe o quanto machucou não ver você todo dia? Não poder conversar com você? Seu idiota, talvez tivesse sido melhor se tivesse morrido mesmo.

                – Não diz isso... Sabe que não é isso que queria dizer... – dei um tapa na cara dele e sai andando. – Espera Manu...

                – Por que resolveu voltar agora? – olhei para trás e ele estava ali.

                – Porque meu pai me contou do seu acidente... Eu precisava te ver, mas me disseram que seu fosse ao hospital seria pior, você poderia achar que estava maluca.

                – Quem disse isso?

                – Todos...

                – Todos quem?

                – Meu pai, suas amigas, seus pais...

                – Uau... Todos sabiam da sua volta menos a idiota aqui... Que maravilha. Me sinto muito melhor.

                – Manu – ele me abraçou – Eu só voltei para cá por sua causa. Precisava saber se você estava bem.

                – Estou ótima, tirando os últimos dois anos que quase não me lembro... – me afastei dele.

                – Eu queria ter te ligado... Mas eu não podia...

                – Por que isso?

                – Porque se você soubesse que eu estava vivo, onde eu estava você sairia dessa cidade e nunca mais voltaria. Você iria atrás de mim.

                – Eu não sou esse tipo Dylan. Jamais largaria tudo a menos que fosse por mim.

                – Mesmo?

                – Mesmo, se não já tinha saído bem antes, teria ido procurar por você ou algo assim...

                – Sua mãe disse que você tem novos amigos...

                – Tenho...

                – Me surpreendi quando ela disse que você morava com um cara...

                – Ele é meu amigo... Graças a você não confio mais em homens – dei um sorriso sarcástico e continuei andando na direção da minha casa.

                – Você não sabe quantas vezes pensei em te ligar. Dizer que eu estava bem – ele me seguia – Eu queria muito isso, mas eu tinha que deixar você viver sua vida sem mim...

                – Que bom para você...

                – E como anda seu processo de recuperação?

                – Estava ótimo até alguém aparecer me ameaçando.

                – Desculpa – ele riu e acabei rindo também – Sentia falta do seu sorriso – ele apressou o passo e me abraçou – Hey, me perdoa?

                – Você sabe que eu não vou ter perdoar tão cedo...

                – Te conto por onde andei esses seis anos...

                – Ta bom... – acabei cedendo.

                – Estou casado...

                – O quê?

                – Qual é... Brincadeira – ele riu

                – Mas já tá velho... 26 anos solteiro? Cuidado ein...

                – Não estou solteiro. Tenho um filho... Agora é sério... A mãe largou ele comigo...

                – Que péssimo... E qual é o nome dele?

                – Andrew. Ele tem três anos e é lindo como o pai...

                – Claro... Não fale mal da criança...

                – E... Estou namorando também. Megan... Ela é linda...

                – Megan Fox? – acabei rindo

                – Não idiota. Ela é incrível. Quem sabe eu me caso com ela? Ela ama meu filho e a mim...

                – Quero conhece-los.

                – Somente Andrew veio. Podemos ir lá para você conhecer...

                – Claro...

                Fomos andando e logo estávamos na minha casa. Minha mãe sorriu ao me ver com ele. Mais tarde eu conversaria com ela. Peguei o carro e dirigi para a casa dele. Dirigindo me lembrei de que talvez o pai dele não iria gostar da minha presença.

                – Mas seu pai me odeia...

                – Não... Ele só não conseguia falar com você. Ele sabia que se você começasse a chorar ele diria que eu estava vivo.

                Chegamos a casa dele e depois de tantos anos eu vi um sorriso no pai do Dylan. Ele estava radiante brincando com seu neto. Sorri ao ver aquela cena e me aproximei. O menino era realmente lindo, tirando os olhos, ele era igual ao Dylan, seu cabelo encaracolado, loiro, parecia um anjinho. Seus olhos eram azuis, devia ser os olhos da mãe. Dylan nos apresentou e logo já estávamos brincado.

                Ele era muito inteligente, adorava falar e correr. Fiquei ali a tarde toda. Andrew apesar de ser muito animado era extremamente carente, talvez porque o pai trabalhava o dia todo para sustenta-lo e pelo fato de ter sido abandonado pela mãe. Tentei dar toda minha atenção nele, uma criança não podia viver sem a mãe. Se eu soubesse quem era ela eu juro que dava umas porradas.

                A tarde chegou ao fim e com ela eu fui obrigada ir para casa. Antes disso o coloquei na cama e contei umas historias. Assim que dormiu me despedi do Dylan e do seu pai e voltei para casa. Voltando lembrei que tinha que conversar com minha mãe e contar a novidade para o Nathan.

                – Mãe... Por que nunca me contou que ele estava vivo? – disse assim que a encontrei.

                – Eu só descobri quando você estava no hospital. Ele apareceu lá e eu entrei em choque. Expliquei que era melhor ele não ficar lá, quando você acordasse e visse ele ia pensar que estava louca... Ou morta...

                – É verdade...

                – Outra coisa... Nathan ligou, ele não conseguiu falar com você por telefone, disse que chega hoje à noite. Ele ficou preocupado com você e decidiu voltar.

                – Ele já deve estar chegando então... Vou tomar banho.

                Dei um beijo nela e segui para o banheiro. Tomei meu banho para tirar a areia que estava em meus cabelos e ao sair já ouvia vozes lá fora. Nathan devia ter chegado. Troquei de roupa e encontrei-o sentado na minha cama.

                – Boa noite...

                - Que susto... Boa noite... Por que voltou?

                – Estava preocupado...

                – E eu também – era Jay que entrava pela porta e me abraçava.

                – Não precisavam ter vindo... Foi só um momento...

                – Vejo que está muito feliz o que aconteceu? – Jay

                – É... E por que não me atendeu?

                – Ainda bem que os dois estão aqui... Assim preciso contar só uma vez... – os dois me olhavam – Dylan voltou... – os dois se entreolharam

                – Já bebeu? – Nathan – Ele não tinha morrido ou sumido da face da Terra?

                – Sim... Acontece que ele mantinha contato com o pai durante todos esses anos e não quis que eu soubesse... E ele voltou quando soube que eu tive o acidente.

                – Pow... Que bom... Eu acho – era Jay.

                – Sim... Muito bom. Além disso, lembrei mais alguns meses da minha vida. Até Northampton.

                – Agora só falta a minha cidade...

                – Sim...

                Contei tudo que lembrei e porque fui interrompida. Nathan parecia um pouco triste enquanto falava do Dylan. Contei sobre o filho dele e como eu passei à tarde com ele, por isso não atendi a ligação. Conversamos mais um tempo e decidimos sair um pouco. Beber alguma coisa ou só sair mesmo.