Fanfic: They Dont Know About Us | Tema: Mas é claro que amizade pode virar amor.

Narrador personagem – Juliana POV’S:
Acordei as 7, fiz minha higiene, terminei de arrumar minhas coisas, me despedi da minha mãe e da minha irmã e fui para a casa da tia Maura. Iríamos pegar o vôo de 8h45, rumo a Londres, onde eu iria começar uma vida nova! No caminho até a casa de Maura, arrastando com muita dificuldade minhas duas malas pela rua fria de Mullingar, fiquei me perguntando se eu iria ver Niall lá... Não queria vê-lo, não agora. Tenho um pouco de mágoa, sei que ele é muito famoso, mas quem sente falta corre atrás, ele não correu, ele não sentiu minha falta. Simples. Cheguei na casa de Maura, Greg pegou minhas malas e as jogou no porta-malas do carro, esperamos alguns minutos e seguimos até ao aeroporto, em total silêncio dentro do carro. 
Sentamos em umas daquelas cadeiras e ficamos esperando nosso vôo ser anunciado. Greg e Maura conversavam sobre várias coisas, eu me mantive calada o tempo inteiro, até meu nome ser tocado na conversa:
– (....) Juliana. – Greg. 
– Oi? Eu o que? – Falei confusa, não tinha ouvido o que ele tinha dito antes de dizer meu nome.
– Ele disse que Niall ficaria feliz em ver você novamente, ele se sente meio sozinho as vezes. – Maura. 
Pensei antes de responder, e soltei apenas um “ah” que saiu mais parecido como um resmungo. Não acreditava nisso, se ele se sentia sozinho, porque não me procurou durante esse tempo todo? Eu estive aqui o tempo inteiro, esperando uma ligação, um sms, que seja... E ele sabia, tenho certeza. Meus pensamentos confusos foram interrompidos pela voz vindo do alto dizendo: “Passageiros do vôo para Londres, dirijam-se ao portão 8. Primeira chamada.”
Peguei minha bolsa de mão, me levantei e segui Maura até o portão 8, para embarcarmos.
Não fechei o olho a viagem inteira, fiquei ouvindo música e lembrando de alguns relacionamentos meus que deram errados, tudo depois que Niall foi embora, e eu nunca tive a oportunidade de chorar minhas mágoas no ombro dele. 
É, finalmente chegamos. Descemos do avião de fomos pegar nossas malas, mas uma vez eu estava com dificuldade para arrastar aquelas duas malas gigantes, enquanto tia Maura tinha apenas uma. Eu andava fitando o chão, até que tia Maura parou na minha frente e gritou, fazendo que todos que estavam em volta nos olhassem assustados:
– Meu bebê, quanto tempo! Que saudades de você. – Ela soltou as malas e deu um abraço apertado nele, e eu pude ver, era Niall, completamente diferente do menino que tinha saído de Mullingar. Ele estava mais forte, tinha o cabelo erguido pra cima, pintado de loiro, como ele sempre gostou, usava aparelho, tinha a pele limpa e clara, mais do que era antes, vestia uma blusa azul de mangas compridas que eram apertadas nos braços, realçando seus músculos e seu corpo definido. Ok, confesso que eu quase babei, mas antes que isso acontecesse, desviei o olhar para outro lugar, fingindo não me importar com a pessoa que estava bem ali na minha frente. Maura se soltou de seu filho, deu uns passos para trás, segurando a mão dele e vindo até mim, eu não me agüentei e olhei para ele, tentei olhar com o máximo de indiferença possível, não sei se consegui, ele abriu um sorriso imenso quando a mãe dele começou a falar.
– Niall, lembra dela? Juliana! Mas é claro que você lembra! Melhores amigos, se amavam tanto, nunca vi um amor tão puro quanto o de vocês. – Maura disse empolgada, sorrindo, Niall sorria também, eu encarei minhas malas e imprensei meus lábios para não sorrir, lembrando de varias coisas que nós tínhamos passado juntos. 
– Não há como me esquecer! Juliana, quanto tempo! Você ta diferente, cresceu.... – Ele falou, com um sorriso de orelha a orelha, e eu não tive como sorrir também, mas aí eu me lembrei o quanto ele tinha me magoado me deixando sozinha, sem ao menos mandar um sms, ou me ligar dizendo que sentia saudades. Fiquei séria e disse rápido:
– É. Você também ta diferente. 
Peguei minhas duas malas e sai empurrando até a porta do aeroporto. Se eu tinha a intenção de pegar um taxi? Claro. Se o Niall insistisse em me deixar em casa? Eu recusaria, claro. Quanto mais longe, melhor. Percebi que eles vinham atrás de mim, confusos pela minha atitude, achei um taxi vazio e entrei, falei ao motorista o endereço, mas Niall parou na janela e disse:
– Porque fez isso? Vem comigo, você mora no mesmo prédio que minha mãe, vou deixar ela lá e deixo você também, vem. 
– Não, quero ir sozinha mesmo, obrigada.
– Não me lembro de você ser tão mal educada assim á 2 anos atrás. 
– As pessoas mudam Niall, até as que você menos espera. 
– Eu acho que você ta cansada da viagem, por isso ta agindo assim. A noite eu vou visitar minha mãe, passo no seu apartamento. Beijos. – Ele nem me deixou responder e saiu. Se ele fosse, eu não abriria a porta. Garoto idiota. Se acha o máximo só porque é famoso. 
Cheguei no lugar onde eu iria morar, entrei no elevador, apertei o 7 e esperei... Quando o elevador parou e eu saí, fiquei procurando pelo corredor o número “G9”, é seria meu apartamento, procurei a chave na bolsa e entrei. Estava tudo arrumadinho, os móveis, a decoração, do jeito que minha mãe comprou. Eu só teria que mudar algumas coisas de lugar, o resto estava até bom. Tranquei a porta, deixei minhas malas no meio da sala e fui logo para o quarto, uma cama de casal, uma TV grande, uma janela com vista pra London Eye, um guarda-roupa bem espaçoso. É, eu gostei. O banheiro era pequeno, mas estava tudo limpinho e eu pretendia manter assim. Peguei minhas malas e as trouxe para o quarto, com muito sufoco as colocando em cima da cama, para arrumar minhas roupas no guarda-roupa. Deixei em cima da cama apenas a roupa que eu iria vestir. Depois de uma hora, o guarda-roupa já estava arrumado, confesso que eu estava cansada e com fome, então lembrei que na minha bolsa de mão havia uns biscoitos, não demorei muito pra comer todos eles. Depois de tomar um banho bem relaxante e vestir uma camisola meio curta, eu liguei o aquecedor, me joguei na cama e não demorei muito para dormir. 

“Mas que droga, quem é que está tocando a porcaria dessa campainha?” – pensei enquanto tocavam a campainha desesperadamente. Me levantei, mexi no cabelo pra tentar arrumá-lo e fui atender. Abri a porta e lá estava Niall, todo arrumado, sorrindo, ele nem pediu permissão para entrar, já foi entrando, eu estava meio zonza de sono, então nem reclamei dessa atitude dele.
– O que você ta fazendo aqui? – falei meio que confusa.
– Vim te visitar. Que tal começarmos de novo? Desta vez sem ignorância, ok? 
– Não temos o que começar o que já foi terminado a 2 anos atrás, Niall.
– Terminado? Então nossa amizade, aquela amizade de 10 anos terminou assim do nada? – ele pareceu nervoso, indignado. 
– Do nada? Você foi embora... Ok! Você sumiu, você fez uma promessa, você não cumpriu! Você me deixou! Você mesmo tinha dito que a fama nunca iria atrapalhar nossa amizade, mas atrapalhou, você quase nunca falou comigo nesses 2 anos e agora que eu to aqui você ta aqui na minha frente fingindo que nada mudou entre nós? Ah, se enxerga. 
Ele estava vermelho, respirando rápido. Eu estava com as lágrimas pedindo para sair, mas não as deixei.
– Me desculpa... Eu achei que você tinha me esquecido, que você não se importava mais, então por isso decidi não interferir mais na sua vida.
– Então, acho que agora você já pode ir embora...
– Eu quero ser seu amigo. Ficar perto de você, sei lá, eu sinto sua falta, durante esses anos meu amor por você só se tornou mais forte. – Ele estava chorando. Eu sabia que ele era sensível e sincero, mas eu também estava magoada poxa e não podia ceder assim tão fácil.
– Niall, não venha falar de amor pra mim, não agora. 
– Depois então?
Demorei pra responder isso, talvez quem sabe um dia desse pra olhar pra ele sem ficar triste pelo passado... Um dia que não era hoje! – Depois! – disse.
Ele segurou minha mão e a beijou.
– Eu volto pra te ver. – ele forçou um sorriso, eu apenas assenti com a cabeça, então ele foi embora.
Voltei pra cama e fiquei pensando milhões de coisas. Umas delas eram que: Eu não era mais criança, nem Niall. Eu confesso que sentia uma atração por ele, desde que eu o conheci, sabia que ele era o garoto certo pra mim, por sempre ter me tratado como uma princesa, sempre ter me feito feliz. Eu não iria conseguir ficar perto daquele homem sem ter a curiosidade de beijá-lo. Várias coisas que me faziam pensar que talvez fosse melhor ficar longe dele, ou não.