Fanfic: Academia de Vampiros - Laliter

Depois disso, Sra. Meissner tentou fazer com que a classe voltasse ao normal, mas era uma causa perdida. Ninguém podia parar de falar sobre o que tinha acontecido. Era chocante em diferentes níveis. Primeiro nunca ninguém tinha visto aquele tipo de feitiço: um montante de fogo que não queimava nada de verdade. Segundo, Nico tinha usado isso ofensivamente. Ele havia atacado outra pessoa. Moroi nunca faziam isso. Eles acreditavam que a magia era destinada à proteção da terra, para ajudar pessoas a terem vidas melhores. Nunca, jamais tinha sido usada como arma. Instrutores de magia nunca ensinavam esses tipos de feitiços; eu nem acreditava que eles sabiam algum. Finalmente, o mais louco de tudo, Nico tinha feito isso. Nico, que nunca tinha sido notado e com quem ninguém se importava. Bem, agora eles o tinham notado.

Parecia que alguém ainda conhecia feitiços ofensivos, apesar de tudo, e por mais que eu tenha gostado do olhar de terror na cara de Jaime, subitamente me ocorreu que Nico deveria ser realmente e verdadeiramente um psicopata.

Lali: Rochi – eu disse enquanto saíamos da sala – por favor, me diga que você não está se encontrando com ele de novo.

A culpa que se agitou por meio de nossa ligação mental me disse mais do que qualquer explicação.

Lali: Rochi! – eu agarrei seu braço.

Rochi: Não tanto assim – ela disse apreensiva – Ele é realmente ok...

Lali: Ok? Ok? – As pessoas no hall nos encaravam. Eu percebi que estava praticamente gritando. – Ele está fora de si. Ele pôs fogo no Jaime. Eu pensei que tínhamos decidido que você não o veria novamente.

Rochi: Você decidiu Lali. Não eu. – Havia um tom em sua voz que eu não ouvia fazia um tempo.

Lali: O que está acontecendo aqui? Vocês estão... você sabe?...

Rochi: Não! – ela insistiu – Eu já te disse. Deus. – Ela me lançou um olhar de desgosto. – Nem todo mundo pensa... e age... que nem você.

Eu me encolhi com essas palavras. Nessa hora percebemos que Cande estava passando por ali. Ela não tinha escutado a conversa, mas tinha entendido o tom. Um sorriso sarcástico apareceu em seu rosto.

Cande: Problemas no paraíso?

Lali: Vai procurar seu apaziguador e cala a droga da boca – eu disse a ela, não esperando para ouvir a resposta. Ela ficou boquiaberta, e depois sua boca se estreitou em uma carranca. Rochi e eu andamos em silêncio, e de repente Rochi começou a ter um ataque de riso. Desse jeito, nossa briga se dissipou.

Rochi: Lali... – Seu tom estava mais leve agora.

Lali: Rochi, ele é perigoso. Eu não gosto dele. Por favor, tome cuidado.

Ela tocou meu braço.

Rochi: Eu vou. Eu sou a cuidadosa, lembra? Você é a negligente.

Eu esperava que isso ainda fosse verdade.

Porém mais tarde, depois da escola, eu tive minhas dúvidas. Eu estava no meu quarto fazendo dever de casa quando eu senti uma fisgada do que só poderia ser chamado de dissimulação vindo de Rochi. Perdendo o raciocínio do meu trabalho, eu encarei o vazio, tentando entender mais detalhadamente o que se passava com ela. Se já tivesse existido uma hora certa de entrar na mente dela, era agora, mas eu não sabia como controlar isso.

Concentrando-me, tentei pensar no que normalmente faz nossa conexão ocorrer. Geralmente ela estava tendo uma forte emoção, uma emoção tão poderosa que tentava invadir minha mente. Eu tive que trabalhar duro para lutar contra isso; eu sempre tentei manter uma parede mental levantada.

Focando nela agora, eu tentei remover essa parede. Eu controlei minha respiração e clareei minha mente. Meus pensamentos não importavam somente os dela. Eu precisava me abrir para ela e deixar que nos conectássemos.

Eu nunca tinha feito algo como isso antes; eu não tinha paciência para meditação. Minha necessidade era tão grande, no entanto, que eu me forcei em um intenso e focado relaxamento. Eu precisava saber o que acontecia com ela, e depois de mais alguns momentos, o esforço valeu a pena.

Eu estava dentro.