Fanfic: Academia de Vampiros - Laliter

Precisando me distrair do seu comportamento problemático, eu observei outras pessoas tanto quanto eu costumava fazer. Ali perto, Nico observava Rochi abertamente, um olhar perturbado em seu rosto. Quando ele me viu, ele fez uma careta e se virou pra longe.

Peter estava sentado mais atrás como sempre, pela primeira vez não avaliando todos os cantos em busca de perigo. A sua atenção estava em ali dentro, sua expressão quase doida. Eu ainda não sei por que ele veio para a igreja. Ele sempre parecia estar lutando contra algo.

Na frente o padre estava falando sobre o Santo Vladimir de novo.

Padre: O espírito dele era forte, e ele tinha um dom genuinamente vindo de Deus. Quando ele tocava eles, os aleijados andavam, e os cegos podiam ver. Onde ele andava, flores floresciam.

Cara, os Moroi precisavam arranjar mais santos...

Curando aleijados e cegos?

Eu esqueci tudo sobre o Santo Vladimir. Gastón tinha mencionado que Vladimir trazia as pessoas de volta a vida, e isso tinha me lembrado da Rochi naquele tempo. Então outras coisas me distraíram. E eu não pensei mais sobre o santo ou seu guardião “Shadow-Kissed” - ou sua ligação – em algum tempo. Como eu podia ter ignorado isso? Sra. Karp, eu percebi, não era a única Moroi que podia curar como Rochi. Vladimir podia também.

Lali: E todo o tempo, as massas se reunião ao lado dele, amando ele, ansiosos pra seguir seus ensinamentos e ouvi-lo pregar a palavra de Deus...

Virando-me, eu encarei Rochi. Ela me olhou perplexa.

Lali: O que?

Eu não tive a chance de elaborar –eu nem sei se eu poderia formar palavras – porque eu estava de volta a minha prisão quase tão logo a missa havia terminado.

De volta ao meu quarto, eu entrei online para pesquisar sobre o Santo. Vladimir mas acabou sendo inútil. Merda. Gastón tinha lido todos os livros da biblioteca e havia dito que tinha pouco lá. O que me restava? Eu não tinha outro jeito de saber mais sobre aquele santo velho e empoeirado.

Ou eu tinha? O que Nico tinha dito no primeiro dia com Rochi?

Lá nós temos uma caixa velha cheia de antigos escritos do abençoado e louco Santo Vladimir. O armazém sobre a capela. Tinha escritos. Nico tinha apontado. Eu precisava olhar eles, mas como? Eu não podia pedir para o padre. Como ele iria reagir se ele soubesse que estudantes estavam indo até lá?Iria colocar um fim no esconderijo de Nico. Mas talvez, talvez o próprio Nico pudesse ajudar.

No entanto era domingo, e eu não o veria até amanhã à tarde. Mesmo assim, eu não sabia se teria a chance de falar com ele sozinha.

Enquanto me dirigia ao treino, eu parei na cozinha esperando pegar uma barra de cereais.

Enquanto eu esperava, eu passei por alguns caras novatos, Miles e Anthony. Miles assoviou quanto ele me viu.

Miles: Como tem estado, Lali? Você está se sentindo sozinha?Quer companhia?

Anthony riu.

Anthony: Eu não posso morder você, mas eu posso dar a você outra coisa que você quer.

Eu tinha que passar pela porta onde eles estavam pra chegar lá fora. Eu consegui os empurrar pra passar, mas Miles me pegou pela cintura, sua mão escorrendo para a minha bunda.

Lali: Tire as suas mãos da minha bunda antes que eu quebre a sua cara – disse a ele, me afastando. Fazendo isso eu apenas dei um encontrei em Anthony.

Anthony: Vamos – disse – Eu pensei que você não tinha problemas em pegar dois caras ao mesmo tempo.

Uma voz nova falou.

– Se vocês não se afastarem agora, eu quebro vocês dois – Gastón. Meu herói.

Miles: Você é tão cheio de si, Dalmau – disse. Ele era o maior dos dois e me deixou pra se acertar com o Gatón. Anthony se afastou de mim, mais interessado em saber se haveria ou, não uma luta. Tinha tanta testosterona no ar, que eu senti como se eu precisasse de uma mascara de gás – Você está fazendo com ela também? – perguntou a Gastón – Você não quer dividir?

Gastón: Diga mais alguma palavra sobre ela, e eu vou arrancar sua cabeça.

Miles: Por quê? Ela só é uma barata meretriz...

Gastón o socou. Não arrancou a cabeça de Miles ou fez nada quebrar ou sangrar, mas pareceu doer. Seus olhos se alargaram em direção a Gastón e ele riu. O som das portas abrindo no hall fez com que todos congelassem. Novatos entravam em muitos problemas por brigar.

Gastón: Provavelmente alguns guardiões vindo – disse – Você quer que eles saibam que estava batendo em uma garota?

Miles e Anthony trocaram olhares.

Anthony: Vamos – disse – Vamos embora. Nós não temos tempo pra isso.

Miles o seguiu relutante.

Miles: Eu vou encontrar você depois, Dalmau.

Quanto eles foram embora, em me virei pro Gastón.

Lali: Bateu numa garota?

Gastón: De nada – disse secamente.

Lali: Eu não precisava da sua ajuda.

Gastón: Claro. Você estava ótima sozinha.

Lali: Eles me pegaram com a guarda baixa, só isso. Eu poderia lidar com eles eventualmente.

Gastón: Olha, não desconte a sua raiva deles em mim.

Lali: Eu só não gosto de ser tratada como... uma garota.

Gastón: Você é uma garota. E eu estava só tentando ajudar.

Lali: Bom... obrigado. Desculpe por descontar em você.

Nós conversamos um pouco, e eu consegui fazer com que ele me contasse mais algumas fofocas da escola. Ele tinha notado o status crescente de Rochi, mas não achou estranho.

Enquanto eu falava com ele, eu notei o olhar de adoração dele enquanto ele estava ao meu redor no rosto dele. Fez-me ficar triste o fato de que eu não sentia o mesmo por ele. Me senti culpada, até.

O quão difícil seria, eu perguntava, sair com ele? Ele era legal, engraçado, e razoavelmente bonito. Nós nos dávamos bem. Porque eu fui pega por tantas confusões com outros caras quando eu tinha o cara perfeitamente doce que me queria? Porque eu não podia simplesmente retribuir os sentimentos dele?

A resposta veio até mim antes que eu terminasse de me fazer à pergunta. Eu não podia ser a namorada do Gastón porque quando eu imaginava alguém me segurando e sussurrando coisas sujas no meu ouvindo, ele tinha um sotaque russo.

Gastón continuou a olhar maravilhado, sem saber o que se passava na minha mente. E vendo aquela adoração, eu de repente me dei conta de como eu poderia usá-la ao meu favor.

Sentindo-me um pouco culpada, eu mudei o rumo da conversa a um estilo de flerte e observei os olhos de Gastón brilharem mais.

Eu me inclinei pra perto dele na parede para que nossos braços se tocassem e dei a ele um sorriso preguiçoso.

Lali: Você sabe, eu ainda não aprovo o seu ato heroico, mas você os assustou. Isso quase valeu a pena.

Gastón: Mas você não aprova?

Eu toquei meus dedos no braço dele.

Lali: Não. Eu quero dizer, é sexy a principio, mas não é pratico.

Ele riu.

Gastón: Diabos que não é – Ele pegou a minha mão e me deu um olhar de conhecimento – As vezes você precisa ser salva. Eu acho que você gosta de ser salva às vezes, mas simplesmente não admite.

Lali: E eu acho que você se excita em salvar as pessoas e não admite.

Gastón: Eu não acho que você saiba o que me excita. Salvar donzelas como você é só uma coisa honrada de se fazer – declarou.

Eu reprimi a vontade de bater nele pelo uso da ‘donzela’.

Lali: Então prove. Me faça um favor só porque é o certo a se fazer.

Gastón: Claro – disse imediatamente – Manda.

Lali: Eu preciso que você mande uma mensagem pra Nico Riera.

Sua vontade vacilou.

Gastón: O que diabos... ? Você não está falando sério.

Lali: Sim. Completamente.

Gastón: Lali... eu não posso falar com ele. Você sabe disso.

Lali: Eu pensei que você tinha dito que ia ajudar. Eu achei que você disse que ajudar ‘donzelas’ era uma coisa honrada a se fazer.

Gastón: Eu não vejo nenhuma honra envolvida aqui – Eu dei a ele o olhar mais suplico que eu consegui. Ele caiu – O que você quer que eu diga a ele?

Lali: Diga a ele que eu preciso dos livros do Santo Vladimir. Os que estão no deposito. Ele precisa me dar eles logo. Diga a ele que é por Rochi. E diga a ele... diga a ele que eu menti pra ele aquela noite na recepção – hesitei – Diga a ele que eu sinto muito.

Gastón: Isso não tem sentido.

Lali: Tem sim. Só faça isso. Por favor? – dei meu sorriso lindo de novo.

Com garantias de que ele veria o que ele podia fazer, ele partiu para o almoço e eu fui para prática.