Fanfic: Academia de Vampiros - Laliter

Greg Garcia – um primo distante de Natalie – tinha feito à festa em seu quarto. Os parentes dele aparentemente conheciam alguém que conheciam alguém, porque ele tinha um dos maiores quartos do dormitório. Ele tinha sido amigo do irmão de Rochi antes do acidente e tinha ficado mais que feliz em levar a irmãzinha do Andre no seu circulo social. Greg também tinha ficado feliz em me levar junto, e nós dois estávamos um em cima do outro aquela noite.

Para uma estudante novata como eu, estar com um Moroi da realeza sênior era algo imenso.

Eu bebi muito aquela noite, mas ainda consegui manter minha atenção em Rochi. Ela sempre mantinha certa ansiedade quando estava perto de tantas pessoas, mas ninguém tinha notado, porque ela era capaz de interagir com eles tão bem. O fato deu estar bêbada manteve vários sentimentos longe de mim, mas enquanto ela parecesse bem, eu não me importava. Greg, que beijava mais ou menos de repente parou e se afastou olhando pra algo por cima do meu ombro. Nós dois estávamos sentados na mesma cadeira, comigo no colo dele, e eu virei meu pescoço para ver.

Lali: O que foi?

Ele balançou sua cabeça com uma certa exasperação divertida.

Greg: Will trouxe um alimentador.

Eu segui seu olhar para onde Will Voda mantinha seus braços ao redor de uma garota frágil da minha idade. Ela era humana e bonita, com cabelos loiros ondulados e uma pele de porcelana pálida devido à perda de sangue. Alguns outros caras tinham se apoiado nela e ficado com Will, rindo e tocando seu rosto e cabelo.

Lali: Ela já alimentou muito hoje – disse, observando seu olhar colorido e cheio de confusão.

Greg deslizou suas mãos no meu pescoço e me virou de volta a ele.

 – Lali.

Eu olhei pro rosto de Rochi. Sua expressão ansiosa surpreendeu porque eu não podia sentir as emoções. Muita cerveja pra mim. Eu sai do colo de Greg.

Greg: Onde você está indo? – perguntou.

Lali: Já volto – Eu puxei Rochi para o lado, de repente desejando estar sóbria – Qual o problema?

Rochi: Eles.

Ela acenou para onde os caras estavam com a alimentadora. Ela ainda tinha um grupo ao redor dela, e quando ela se virou pra olhar pra um deles eu vi pequenas marcas vermelhar espalhadas pelo pescoço dela. Eles estavam meio que se alimentando em grupo, se revezando para morder ela e fazendo sugestões nojentas. Alta e sem noção, ela deixava.

Lali: Ela é uma alimentadora. Ninguém vai pará-los.

Rochi olhou pra mim com olhos imploradores. Magoa, ultraje e raiva enchendo seus olhos.

Rochi: Você vai?

Eu sempre tinha sido a agressiva, cuidando dela desde que ela era pequena. Ver ela agora, tão chateada e esperando que eu concertasse as coisas, era mais do que eu podia aguentar. Dando a ela um aceno, eu fui em direção ao grupo.

Lali: Você está tão desesperado para pegar alguma garota que você tem que drogá-las agora, Will? – perguntei.

Ele olhou pra cima de onde ele estava passando seus lábios pelo pescoço da humana.

Will: Porque? Você terminou com o Greg e está procurando por mais?

Eu pus minhas mãos nos meus quadris e esperei parecer feroz. A verdade é que eu estava começando a me sentir um pouco nauseada devido a toda aquela bebida.

Lali: Não existem drogas o suficiente no mundo para me fazer chegar perto de você – disse a ele. Alguns dos amigos dele riram – Mas talvez você possa ficar com o aquela lâmpada ali. Parece ser boa o bastante pra deixar você feliz. Você não precisa dela mais – Mais alguns riram.

Will: Isso não é da sua conta – disse – Ela é só o almoço – Se referir aos alimentadores como comida era a única coisa pior do que chamar dhampirs de meretrizes de sangue.

Lali: Isso não é um quarto de alimentação. Ninguém quer ver isso.

– É – concordou uma garota sênior – É nojento – Alguns outros amigos dela concordaram.

Will olhou pra todos, me encarando mais.

Will: Ótimo. Nenhum de vocês tem que ver. Vem – Ele agarrou o braço da alimentadora e a levou pra longe. Tropeçando, ela choramingava baixo.

Lali: Foi o melhor que pude fazer – eu disse a Rochi.

Ela me encarou chocada.

Rochi: Ele só vai leva-la para o quarto dele. Ele vai fazer coisas ainda piores com ela.

Lali: Rochi, eu também não gosto, mas não é como se eu pudesse sair perseguindo ele nem nada – Eu esfreguei minha testa – Eu poderia ir quebrar a cara dele ou algo assim, mas eu já estou sentindo que eu vou vomitar.

O rosto dela ficou negro, e ela mordeu seu lábio.

Rochi: Ele não pode fazer isso.

Lali: Desculpa.

Eu voltei para a cadeira com Greg me sentindo um pouco mal sobre o que tinha acontecido. Eu não queria ver eles tirarem vantagem da alimentadora tanto quanto Rochi – me lembrava demais sobre o que os caras Moroi pensavam que podiam fazer com as garotas dhampir. Mas eu também não podia ganhar essa luta, não essa noite.

Greg tinha me mexido um pouco para ter uma visão melhor do meu pescoço, quando eu notei alguns minutos depois que Rochi tinha sumido. Praticamente caindo, eu subi no colo dele e olhei em volta.

Lali: Onde está Rochi?

Ele me pegou.

Greg: Provavelmente no banheiro.

Eu não consegui sentir nada através da nossa ligação. O álcool tinha a adormecido. Indo até o corredor, eu soltei um suspiro de alivio quando escapei da música e das vozes altas. Estava quieto lá fora, exceto por um som de batida a poucos quartos abaixo. A porta estava entreaberta, e eu a empurrei para dentro,

A alimentadora estava agachada no canto, apavorada. Rochi estava com os braços cruzados, seu rosto com raiva e terrível. Ela estava encarando Will intensamente, e ele olhava de volta encantado. Ele também segurava um taco de baseball, e parecia que ele já o tinha usado, porque o quarto estava destruído: prateleiras, o som, o espelho...

Rochi: Quebre a janela também – disse a ele – Anda logo. Não importa.

Hipnotizado, ele andou para perto de uma enorme e fina janela. Eu encarei, minha boca quase atingindo o chão, enquanto ele batia com o taco contra o vidro. Fez enormes cacos, que eram jogados por todos os lugares deixando entrar a luz da manhã que normalmente era bloqueada.

Ele estremeceu com o brilho em seus olhos, mas ele não se mexeu.

Lali: Rochi – exclamei – Pare com isso. Faça-o parar.

Rochi: Ele deveria ter parado antes.

Eu mal reconheci o olhar no rosto dela. Eu nunca a tinha visto tão chateada, e eu certamente nunca tinha visto ela fazer nada daquilo. Eu sabia o que era, obvio. Eu soube de cara.

Compulsão. Até onde eu sabia, ela estava a segundos de mandar ele bater com o taco em si mesmo.

Lali: Por favor, Rochi. Não faça mais isso. Por favor.

Através da confusão e da alta do álcool, eu senti um tremor em suas emoções. Elas eram fortes o suficiente pra quase me derrubar. Negro. Raiva. Impiedade. As sensações estavam vindo da doce e estabilizam Rochi. “Eu a conhecia desde o jardim de infância, mas naquele momento, eu mal a reconhecia.”

E eu estava com medo.

Lali: Por favor, Rochi – repeti – Ele não vale a pena. Deixe ele ir.

Ela não olhou pra mim. Seus olhos tempestuosos estavam focados inteiramente em Will.

Devagar e com cuidado, ele levantou o taco, fazendo com que ele se alinhasse com sua própria cabeça.

Lali: Ro – implorei. Oh meu Deus. Eu teria que atacar ela ou algo assim pra fazer ela parar – Não faça isso.

Rochi: Ele deveria ter parado – disse. O taco se moveu rápido. Estava agora na posição exata para ganhar força e acertar o alvo – Ele não deveria ter feito isso com ela. As pessoas não podem tratar outras pessoas desse jeito, até mesmo os alimentadores.

Lali: Mas você está assustando ela – disse suave – Olhe pra ela.

Nada aconteceu a principio, então Rochi voltou seu olhar para a alimentadora. A garota humana ainda estava no canto, os braços envolvendo ela mesma de forma protetora. Os seus olhos azuis estavam arregalados, luz refletia em seu suor, e lagrimas caiam no sobre seu rosto.

Ela deu um soluço chocado e apavorado.

Rochi encarava impassiva. Dentro dela, eu podia sentir a batalha que ela estava travando para recobrar o controle. Alguma parte dela não queria ferir Will, apesar da raiva cegante que a encheu. Seu rosto se enrugou e ela apertou seus olhos fechados. Sua mão direita alcançou seu pulso esquerdo e suas unhas se cravaram fundo em sua pele. Ela recuou com a dor, mas através da ligação, eu senti o choque da dor a distrair de Will.

Ela parou com a compulsão, e ele largou o taco, de repente parecendo confuso. Eu respirei novamente. No corredor, o som de passos. Eu deixei a porta aberta, e quebrar a janela tinha chamado atenção. Alguns membros da equipe do dormitório entraram no quarto, ficando paralisados quando eles viram toda aquela destruição.

Will: O que aconteceu? – Nos olhamos uns para os outros. Will parecia complemente perdido. Ele encarava o quarto, o taco, e então pra Euge e eu – Eu não sei... eu não consigo... – Ele voltou toda a sua atenção pra mim com uma raiva crescente – O que diabos... foi você! Você não deixou a coisa da alimentadora em paz.

O membros que trabalhavam no dormitório me olharam questionando, e em alguns segundos, eu tomei uma decisão.

Você tem que protegê-la. Quanto mais ela usa, pior vai ser. Pare ela, Rose. Pare ela antes que eles notem, antes que eles notem e a levem embora também. Tire ela daqui.

Eu podia ver o rosto da Sra. Karp em minha mente, implorando de forma frenética. Eu dei a Will um olhar arrogante, sabendo muito bem que ninguém iria questionar uma confissão ou suspeitar de Rochi.

Lali: É, bom, se você a tivesse deixado ir – disse a ele – Eu não teria ter que fazer isso.

Salve ela. Salve ela de si mesma.

Depois daquela noite, eu nunca mais bebi. Eu me recusei a baixar a guarda perto de Rochi dois dias depois, enquanto eu supostamente deveria estar suspensa por “destruição de propriedade,” eu peguei Rochi e a tirei da Academia.