Fanfic: GOLPES DA VIDA AYA DYC MYC FINALIZADA

Mai: Sei o quanto você esta feliz. – apartando o beijo e levando as mãos na testa dele – Você ta quente.

Christ: Essa madrugada dei febre. – saindo de cima dela – Mas acho que ta voltando. – fazendo careta.

Mai: E por que não me chamou? – mexendo na gaveta do criado mudo – Eu cuidaria de você. Toma – passando para ele o termômetro – Coloca para medir a temperatura. Eu vou lá em baixo pegar um antitérmico para você. – saindo da cama.

Christ: Dá um beijinho para melhorar, dá? – fazendo biquinho.

Mai: Aproveitador. – riu e deu um selinho nele.

Christ: Só esse pequenininho? – fazendo drama.

Mai: Que dramático. – riu – Até doente vocês homens são safados. – caminhando até a porta.

Christ: Você não pode fazer isso com um doente.

Mai: Homens se dizem tão fortes, mas só ta uma febrinha e já ficam chochos. – rindo – Se contente com esse. – mandando um selinho para ele.

Christ: Ruim. – carinha de cachorro sem dono.

Maite riu e foi até a cozinha pegar um remédio para que esse tomasse. Ao fazer isso levou para o marido, não estava com febre, estava apenas querendo ficar.

Maite o deu o remédio e deitou atrás dele, acariciava os cabelos dele e ouvia os planos que ele tinha quando ela ficasse grávida, acabou participando da conversa também...

J

Any chegou em casa e se jogou no sofá.
Estava sozinha em casa.
Odiava ficar sozinha, mas não tinha alternativas nos finais de semana.
Ficou olhando para o teto um bom tempo, enquanto enrolava um cacho de seu cabelo.
Descansou um pouco e foi para o quarto.
Escolheu uma roupa confortável e foi para o banheiro, ficou debaixo do chuveiro por um bom tempo, alguns momentos passavam as imagens dela com Poncho e a filha no parque, quanto mais tentava não pensar, mas os pensamentos fluíam.
Saiu do chuveiro trocou de roupa e desceu.

Foi até a cozinha e pegou um pedaço de torta, sentou-se para comer. Era tão ruim ficar ali sozinha, se sentia triste.
Comia a torta de vagar e encarava o prato, os pensamentos sempre presentes.
Acabou de comer e seguiu para o quarto, escovou os dentes e deitou-se na cama.

Virava para um lado, virava para o outro.
Algo parecia incomodar.
Sono não tinha.
Deitou-se de bruço e colocou os braços debaixo do travesseiro e a cabeça no mesmo.
Fechou os olhos na esperança de adormecer, mas não obteve bons resultados. Poncho sempre lhe vinha à cabeça, a cada pensamento ela apertava mais o travesseiro.
Não agüentou e foi até o guarda roupa, subiu em umas das prateleiras do mesmo, ficando na ponta do pé alcançando uma caixa azul escura bem no alto.

Voltou-se para cama e sentou sobre uma perna, deixando a outra pendurada.
Hesitou um pouco em abrir a caixa, mas a vontade de abri-la foi maior.
Ao abrir a mesma sentiu seu corpo arrepiar.
Era ali que guardava as pequenas coisas que lembravam Poncho.

Pegou um colar onde tinha um pingente de bonequinho.
Havia ganhado de Poncho no dia em que casaram.
Era de diamante e o bonequinho ele sempre dizia que era ele, assim como ele só andava com uma bonequinha no bolso, atrás de cada um tinha o nome que lhes correspondiam.

Pegou o colar com toda delicadeza do mundo, segurou como se fosse algo muito frágil.
Olhou para o colar e consertou o pingente na palma da mão, admirou um tempo. Não pode evitar que uma lagrima caísse.

Voltou a guardar o colar.
Pegou algumas cartas que havia ganhado dele. A principio não ia abrir nenhuma, não queria ler juras de amor e acordar para a realidade. Estava convicta que não abriria, mas já era tarde, estava com o papel nas mãos abrindo, ele já estava meio amarelado devido o tempo, mas a folha continuava impecável, do mesmo jeito que havia ganhado há anos atrás...