Fanfic: ~ SEGREDOS SUJOS, VONDY | Tema: Rebelde

   — Não... — tom era ofensivo. — De você gemendo no meu ouvido.

  Ele tinha se inclinado, fingindo sussurrar. Mas não havia duvidas que todos escutaram.

   Uma onda irracional bloqueou minha caixa de respostas, mas não ia escutar um desaforo daquele nível e recuar. Minha segunda reação, nada racional, foi pular  em cima dele. Eu não pensei, era muita raiva deixada de lado. Consegui lhe socar o peito, mas alguém já me agarrava pela cintura. Não deixando concluir meu propósito, arrancar seus dentes afim de tirar aquele maldito sorrido da cara!

   — Seu desgraçado! Vou te arrebentar! — berrei, tentando desesperadamente me soltar.

   Bem louca mesmo.

   — Vem gatinha, tô esperando — Eric continuava com a expressão sínica, fazendo sinal com as mãos para deixar me largarem. — Soltarem a fera, vamos!

   — Não vale apena Dulce! Não faz isso. — reconheci a voz de Oliver.

    Ele que me segurava. Coitado, estava chutando até a alma dele.

    — Claro que vale. Vale até demais! — escutei outra voz, hostil.

    Christopher.

    Ele se pós a frente de Eric pegando-o pela gola da camisa sutilmente.

   — Eu mandei ficar longe dela. Preciso refrescar sua memória, Gareth? — ele falou consideravelmente baixo, mal escutei.

   Eric com sua pose de machão em vez de ser sensato e sei lá pedir desculpa... não,  ele tinha que ter empurrado Christopher com tanta força que fez ele quase cair em cima de uma mesa lotada de meninas, ocasionando uns seis gritos histéricos. Tampei os ouvidos. Mas Christopher magicamente se encontrava recuperado e já estava indo dar a maior porrada em Eric quando Anthony o pegou agilmente com um chave de braço, o impedindo de chegar perto de Eric, evitando uma desgraça ainda maior. Dois segundos depois o inspetor Rivera chegou. Dando um olhar intimidador a um grupo de garotos que ainda gritava euforicamente “briga, briga, briga!”. Logo alguém que estava de telespectador resumiu o acontecido, mesmo cada um de nos, se intrometer e berrar coisas diferentes e incoerentes. Deixando P.A louco da vida.

   — Silêncio, pelo amor de Deus! Assim não vamos chegar a lugar nenhum. Você — apontou para mim de repente, eu o fuzilei. — Uckermann e Gareth na direção! — ele pegou os cotovelos de Christopher e Eric com certa força, puxando-os.

   Ambos ainda se insultavam sem parar. Ótimo. Não tive outra saída a não ser segui-los. Oliver foi atrás de mim, pensei em manda-lo tomar... naquele lugar, por me impedir de bater em Eric, mas ele não merecia. Ao contrario de mim, ele só queria me proteger. Christopher se sacudiu mais a frente, fazendo P.A soltar seu braço, escutei ele alegar que não precisava ser “levado”. Chegamos à diretoria, e como eu estava muito sortuda hoje, senhor Gordon estava disponível para nos receber prontamente. Na verdade não queria imaginar as consequências que viriam a seguir,  que por pouco não foi pior. Havia uma “lei” muito rigorosa contra brigas na escola. Anthony e Tyler ficaram 2 dias de suspensão, tendo que fazer trabalho “comunitário” na biblioteca da Brooke Hill e uma semana de detenção, o quer dizer ter que permanecer uma hora a mais na escola durante sete dias, fazendo exatamente nada. Dentro de uma sala minada de alunos melequentos. Pelo menos era essa imagem que me vinha à mente, desde que eu nunca tivesse recebido detenções. Que legal não é? Inicio do histórico “ruim” na minha ficha escolar exemplar. Me joguei na cadeira a frente da mesa do diretor Gordon desinibidamente, depois de todos entrarmos na sala.

    P.A encarava-me descrente, sorri.

  — Cheguei à conclusão que o fato de não conhecer a maioria dos alunos dessa escola é um estado conotativo. Pois a presença de vocês — ele indicou com queixo Eric e Christopher arrogantemente. — é tão constante, que não deixam espaço para mais nenhum outro aluno poder se manifestar! — ele se virou bruscamente para o inspetor. — O que aconteceu agora Rivera? Sou uma pessoa ocupada, não deveria ter que me incomodar com desentendimento entre alunos que em vez de lavar roupa suja no horário de almoço deveriam socializar sobre trabalhos escolares e nada mais! Ainda proporciono uma educação física dobrada para liberarem essa agressividade adolescente nas quadras e não entre si! Agora estão aqui novamente. Nomes renomados como os seus! Vocês tem ideia do que isso poderia causar se caíssem na mídia? No colégio? Nas famílias!

   Eu não pude deixar de ficar satisfeita com sermão que estavam levando. Até acrescentaria umas piadinhas inoportunas, mas não podia ser xingada. E sabia que minha ida para lá era perigosa. A Brooke Hill em todo começo de ano letivo libera de dez a vinte por cento de vagas a alunos que não tem a renda tão acessível ao nível dos estudantes “normais” (quis dizer: podre de ricos) e que são extremamente inteligentes ou muito esforçados. Também há as matrículas parciais, onde os pais pagam metade da mensalidade, ou menos, mas a nota mínima para manter o esquema anterior é sete. Dois semestres com a nota inferior a exigida — seja em qualquer matéria, exceto as atividades extracurriculares — é rapidamente enviada uma carta aos pais do infeliz, comunicando a sua transferência a escola pública mais próxima. Isso aconteceu com irmão de Lola, ele entrou normalmente na sala de aula, até P.A o chamar severamente e escolta-lo para fora do campos escolar, apenas com o histórico escolar em mãos. Achei muita maldade, pois estava interessada nele naquela época.