Fanfics Brasil - parte 8 ~ SEGREDOS SUJOS, VONDY

Fanfic: ~ SEGREDOS SUJOS, VONDY | Tema: Rebelde


Capítulo: parte 8

264 visualizações Denunciar


   — Quem a sua mãe quer enganar? Seu pai? Qual a vantagem de fingir que está tudo bem, se não está? Uma hora ele vai desconfiar. E o plano da sua mãe vai ter sido irrelevante — indaguei.


   — Pense mais a fundo. Se meu pai pensar que está tudo bem para os filhos deles eles voltarem... Eles voltam. Antes até de ele perceber que ninguém quer isso além deles mesmo. Eles já irão ter brigado. Meu pai não se separou da minha mãe por que as brigas estavam afetando a eles e, sim por que estava afetando a todos nós — ela fez uma pausa para puxar um pouco de ar e acrescentou — Inclusive Molly, a gata do Greg. Ela estava tento altas enxaquecas devidas aos insanos ataques histéricos de mamãe — e forçou um sorriso, que mais parecia uma careta, fazendo parecer que a último comentário era apenas para descontrair.


   — Sinto muito.


   Mesmo Lola parecendo ser inabalável a esse assunto, tão forte, sabia que aquilo, no fundo, a afeta... e muito. Ela encolheu os ombros. Em resposta soltou um suspiro pesado e entristecido. Lola estacionou o carro no meio fio, parando na frente de uma casa sem espaço para garagem. Saltamos do carro, agarradas as bolsas. Batemos as portas e corremos até a entrada e paramos diante a uma porta de madeira velha. Lola revirou a bolsa por um tempo, sem conseguir não resmungar como uma velha desdentada. Era isso, ou uma solteirona mal comida. Logo ela retirou um monte de chaves amontoadas a um chaveiro de coelho de pelúcia, vitoriosa. Ela destrancou a porta e a empurrou a velharia com o pé mesmo. Esbarrando diretamente na sala de jantar, numa mesa repleta de pessoas familiares, em um silêncio absoluto. Há, que ótimo ambiente para passar a minha noite de sexta! Que animação, uhul... Mentira!


   Lola se pôs ao meu lado após fechar a porta. E abriu seu maior e mais cativante sorriso de atriz ao ver quem estava sentado na ponta da mesa, brincando com os talheres.    


   Senhor Walker.


   O pai de Lola estava usando um suéter folgado e furado na bainha, um jeans azul claro. E estava com a barba mal feita, com pequeno corte na garganta também longa. Seus cabelos castanhos escuros estavam lambidos com gel para trás. E seus olhos estavam rodeados por olheiras e um óculo de grau, um pouco estranho. Ele saltou da cadeira ao ver a filha sorridente na entrada e com os braços estendidos. Eles lhes esmagaram num abraço caloroso. Não pude deixar de sentir uma pontadinha de inveja ao ver a cena. Há quanto tempo eu não era abraçada daquela maneira?


   Cumprimentei a todos com aceno de cabeça cordial e um meio sorriso. Nunca me preocupei muito em fazer social, todos já me conheciam há tanto tempo... Seguimos até o fim do corredor e dobramos, entramos num quarto pequeno, cheios de pôsteres de famosos e fotos. Milhares nossas, algumas dos irmãos, de sua irmã mais velha, Emma. Que foi estudar fora, na Holanda, á a mais ou menos uns dois anos. Antigas de infância. Colocadas por todos os quatros paredes do quarto, já subindo em direção ao teto baixo.


   Jogamos nossas bolsas em cima da cama desarrumada como sempre. Lola arrancou a jaqueta de couro vermelho da torcida do corpo, idêntica de Justine e a atirou no topo da pilha de roupas mal dobradas dentro do guarda-roupa embutido na parede. Enfiou um suéter verde musgo e enrolou um cachecol no pescoço esguio. Posicionou-se em frente a um espelho rachado na lateral e o embaçou com seu hálito, fazendo varias caretas retorcidas enquanto retocava o brilho labial. Que certamente poderiam ser considerados sorrisos.


   Voltamos à sala de estar-jantar. Chegando bem na hora em que a mãe de Lola servia seu ex de espaguete mergulhado no molho de tomate com vontade, dando-lhe uma vista privilegiada e exclusiva de seus seios chacoalhantes devido ao formato quadrado do decote, do vestido escandalosamente festivo.


   Nojento.


   Senhora Reis, Brianna, para os conhecidos e amigos, estava com os cabelos castanhos escuros e lisos, presos num rabo de cavalo alto, com uma maquiagem forte em volta dos olhos grandes e azuis. A boca supercarnuda preenchida com tom escuro de vermelho, puxando para vinho. Ela estava bem elegante na verdade, mas dava para notar de longe o quando estava tremula. Lola era simplesmente uma copia perfeita, vinte anos mais nova da mãe, só que muito mais segura de si. Lola confiava no taco dela... até demais.


   Sentei-me entre os dois irmãos de Lola. Henry o caçula, de seis anos. E do outro lado, Gregory, o mais velho e o mais simpático de toda a família Walker-barra-Reis. E um bonitão cheio de modéstia, o quê? É um milagre! Oh, Deus existe! Eu até que não me incomodaria nadinha, se talvez, Gregory resolvesse, talvez, sei lá, me convidar para dar umas voltinhas por aí...  Se a Lola soubesse...  Ah, certamente estaria morta... Bem morta.


   Apanhei a garrafa de Coca pela metade e cheia de marca de dedos. Servindo a mim e o pequeno Henry, que efetuava sua vingança discretamente, lambuzando sua camiseta do Batman de molho de tomate. Enquanto Lola continuava colocando seu plano em pratica com muita eficiência e “entusiasmo”. Tagarelando o quanto estava feliz de estar com a sua família reunida, novamente, soltando alfinetadas no futuro casal e comentando sobre momentos felizes do passado. Enquanto isso, Gregory permanecia calado.


   Fiz companhia ao silêncio de Greg durante o resto do jantar, não tinha muito que dizer, a atenção estava focada no casal. Satisfeita, pedi licença a todos. Levei meu prato até a pia e enxerguei uma coisa peluda se remexendo.


   Molly!


   A gata totalmente albina de Gregory estava sentada ao lado da louça, xeretando um prato sujo com as narinas rosadas, com o que pareciam restos de carne. Acariciei a coluna da gata, fazendo-a chiar e pular de volta para o chão, “comportada”. Ela me abanou a calda mal criada e saiu em direção à sala, rebolando. Sorri. Minha mãe sempre detestou gatos, por isso nunca tivemos um. Ah, odiava cães também, pássaros, beleza, qualquer coisa que estivesse vida, ela detestava.


   Mamãe!


   Bati a palma da mão na minha testa. Precisava ligar para ela, tipo, naquele momento, agora. Minha mãe deveria estar subindo pelas paredes naquele instante. Não que ela já não soubesse que eu vivo na casa de Lola... Mas ela era materna demais (lês-se: exagerada demais da conta), com certeza já estava pensando no pior. Sequestro relâmpago, um assalto à mão armada... Estava preparando meus ouvidos para os ataques desesperados. Disquei o número de casa.


   Atenderam ao terceiro toque.


   — Ei você ligou para casa dos pais mais perfeitos do mundo! Quem deseja? — ironizou uma voz muito familiar e mal humorada.


   — Reggie, passe o telefone para mamãe, preciso falar com ela.


   — Ela não está. Ei não me chame de Reggie, é Regina para você — informou ela, sua voz entorpeceu.


   Revirei os olhos.


   — E o papai?


  Mordi meu lábio, impaciente.


   — Saiu mais cedo do trabalho e saiu junto com a “mamãe”. Você já viu a “mamãe” sair para algum lugar sem o senhor Responsabilidade ao seu lado, de guarda costas? — zombou Regina.


   Bufei. Estava demorando demais paras ironias rolarem soltas.


   — Certo. Reggie... OK! Regina, onde eles estão... então?


   — Acho que não sei. Acho. Não, espera! Talvez eu saiba. Ou não, não tenho certeza. Ah talvez, não, uh...


   — Já estendi. Diz logo o que você quer! — disse sem mais tempo ou paciência para joguinhos.


   — Quero que me acoberte. Casa do Eric. “Papai” me trancou em casa e me disse que não posso estudar na casa de garotos, pois eles só pensam em “procriar”. E que sou muito nova para querer brincar de médico. Até segunda ordem — disse definitivamente se divertindo com a caretice do nosso pai.


   — Se ele a proibiu de estudar na casa de garotos, não sou eu quem vai acobertar suas saidinhas. Já estou encrencada o bastante por hoje — informei a ela.


   Regina rosnou, literalmente.


   — Você é minha irmã, é obrigação sua me ajudar! Uma vez na vida deixe de ser a irmã-mais-chata-do-planeta e me ajude, porra — falou ela “com a razão”.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a):

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

   — Olha a boca!    — Porra, porra, porra! Po... — cantarolou.    — Calada!    — Às vezes, certo, sempre, você é muito patética — comentou cética — Então você já sabe o que tem que fazer para eu abrir a minha boca linda e soltar a inform ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1189



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • miranda Postado em 06/02/2014 - 17:43:32

    Saudades :(

  • miranda Postado em 05/12/2013 - 04:32:48

    Ooh!! Eu sinto falta dos seus capitulos... volta por favor...

  • miranda Postado em 05/12/2013 - 04:29:28

    Leitora pirando em casa sem seus capitulos!

  • miranda Postado em 04/12/2013 - 06:52:29

    # Volta

  • miranda Postado em 04/12/2013 - 06:50:35

    To louquinha p saber os proximos capitulos... basta saber se vc vai ser uma boa escritora e postar p essa sua fã q morre de amores por *Segredos Sujos*

  • miranda Postado em 04/12/2013 - 06:40:33

    Amooor... eu to de volta! Agr vou poder comentar muiito... meu pai fez uma supresa ontem, acredita?! Rsrs' ele adiantou o meu presente de natal e me deu o smartphone, agr imagina a minha alegria... kkk Oooh, p q vc sumiu??? Vc ta bem??? Por favor de um sinal de vida... # VOLTA

  • beeal Postado em 15/10/2013 - 13:05:13

    Vai postar mais não :/

  • bola Postado em 26/09/2013 - 11:30:22

    Não vao + postar? :(

  • tahvondy Postado em 06/09/2013 - 20:40:46

    dulce quando vc vai poder postar?

  • miranda Postado em 29/08/2013 - 21:20:13

    que pena,volta logo por favor... estou com saudades!! :s


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais