Fanfic: ~ SEGREDOS SUJOS, VONDY | Tema: Rebelde

   Senti vontade de negar prontamente. Christopher e eu entre quatro paredes? Mas não pude, não havia propostas mais aceitáveis no momento. E eu não estava em posição de recusas e havia outras propostas. Me concentrei em minhas últimas horas, antes de entrar na boate. Lembrava que deixará as chaves na ignição quando abandonei o veiculo. Não haveria provas que tinha sido eu que o deixei lá, se me escondesse no apartamento de Adam até o amanhecer, voltaria para casa e apenas levaria uma bronca danada, mas além do castigo o mais poderiam me privar? Procurei não pensar.

Christopher e eu driblamos o carro da policia com certa facilidade. Ele me jogou o capacete, peguei no ar e o pus enquanto era observava atentamente. Lhe mostrei o dedo do meio e o empurrei na direção da moto, o apressando. A última coisa que faltava era ser pega fugindo. Depois de estarmos devidamente posicionados em cima da motocicleta, Christopher rugiu o motor e arrancou. O abracei por trás, rezando que o escândalo que ele tinha feito não tivesse chamado à atenção de nenhuma forma. Quando chegamos à frente do prédio já havia passado das quatro e meia da manhã. Seguimos silenciosamente pela portaria, entramos no elevador. Décimo segundo andar. Christopher nem se preocupou em acender as luzes quando entramos, ele me empurrou rapidamente até o que me parecia na escuridão um sofá largo, fui arremessada lá. O enxerguei vagamente, mas os sons eram óbvios, peças de roupas caindo no chão. Ok, hora de entrar em pânico Dulce.

   Ele ainda se atreveu a montar em mim enquanto se livrava da camisa. Senhor!

   — O que você pensa que está fazendo, Uckermann?

    Mesmo no escuro sabia que ele deveria estar sorrindo.

   — Me sentindo mais confortável Doce.

   — Há, há. Em cima de mim não queridinho. Vamos, vamos saia!

   Ele se debruçou sobre mim insinuosamente.

   — Que tal irmos ao que interessa!?

   Lhe agarrei o queixo bruscamente.

   — Vai pro in-fer-no!

   — Com você, talvez.

   Apertei com mais violência, certamente devia estar machucando.

   — Não vamos transar.

   Nossos rostos estavam tão próximos que tive a confirmação de que ele estava se divertindo, muito por sinal.

   — Transar? Claro que não. Não deixaria você abusar do meu corpo sensual, nem que você implorasse.

   Gargalhei.

   — Eu implorar? Faça-me rir. Sonha. E “corpo sensual”? — cai na gargalhada.

   Ele me segurou pela nuca com vontade, cessando o meu riso. E depois ficou tão perto dos meus lábios que inesperadamente me peguei correspondendo. Mas ele retrocedeu percebendo minha reação e fez de novo. Soquei o estomago dele, vendo que ele estava me fazendo de idiota.

   — Ei, doeu sabia? Não tinha ideia de que você era tão agressiva Doce. Se tivesse me tido antes teria trazido meu equipamento particular de sadomasoquismo, e uma armadura.

   — Você tem um equipamento de sadomasoquismo? — perguntei abismada.

   Ele me beijou bem rápido, não dava para considerar aquilo um segundo beijo.

   — Tolinha — disse apertando a ponta do meu nariz, como se eu ainda fosse uma criança.

   — Argh! Odeio quando faz isso Christopher! — ele beliscou o meu nariz de novo, quando terminei de falar.

    — O que? Isso? Ou isso?

     Ele me apertou contra o estofado em câmera lenta e colou nossas bocas novamente, sem pressa. Queria ter negado, mas era mais forte que eu, era uma necessidade. Depois de sugar todo o ar existente dentro dos meus pulmões e acabar com qualquer tipo de sanidade que habitasse a minha mente, a única coisa que conseguia processar é que queria mais, muito mais, precisava de mais. Percebi que ele se afastou para falar, mas o impedi, aproveitei os poucos segundos para puxar ar e iniciar um terceiro beijo, dessa vez nem um pouco lento, completamente sedento e desesperado.