Fanfic: ~ SEGREDOS SUJOS, VONDY | Tema: Rebelde

Capítulo 13

Dulce

   — Ainda não respondeu.

   — Quê? Oi? O que disse? — soltei ainda sem fôlego, atordoada com tanto músculo sobre mim, me pressionado.

   Ele alisou a lateral do meu rosto distraidamente.

   — O que você odeia que eu faça?

   Penteei com os dedos os cabelos dele para trás, enquanto apoiava as costas no braço do sofá, sabia que ele não gostava quando desarrumavam o seu amado “bagunçado com estilo”, mas o fiz mesmo assim.

   A ideia de provoca-lo minimamente me deixava animada.

  — No momento... — fiz uma expressão pensativa, apesar de não estar realmente pensando em responder com a verdade — que você pare de me beijar sem minha permissão.

   Ele riu levemente convencido e deslizou a mão do meu rosto até o pescoço, de uma forma muito maldosa, alguns pelos dos meus braços se arrepiaram involuntariamente.

    — Você ainda está bêbada, tecnicamente estou me aproveitando da situação. Talvez amanhã não esteja vivo para contar a história.

  Inclinei uma sobrancelha sugestiva, não havia imaginado dessa forma, ele havia acabado de me dar de bandeja a melhor desculpa de todas. Não me sentia tonta como na pista da boate-bar, mas não podia desmentir que percebia a alteração na maioria dos meus sentidos. Uma euforia suspeita. Podia tirar vantagem disso e escapar o quanto antes. O que eu estava pensando? Passar a noite me agarrando com o Uckermann em um sofá? O cara que precisava evitar constantemente? Não queria ter perdido a posta, mas não podia esconder de Lola, precisava ser a primeira a contar. Anthony e ela mantinham uma relação física relativamente séria, ele diria a Lola na primeira oportunidade que tivesse. Christopher pareceu ver a minha hesitação, já não sentia tanto o peso dele sobre mim.

  — Diga o que passa nessa cabeçinha?

  Encolhi os ombros.

  — Estou me perguntando quantos segundos Anthony vai levar para fofocar para a escola intera que me viu em um beco fedido beijando você.

  — Pensei que o seu problema maior fosse parar em um Reformatório para menores — disse ele, contendo um sorriso teimoso.

  Nunca imaginei que a minha língua pudesse ser tão solta.

  — Meu maior problema está em cima de mim, Uckermann.

  — É um prazer fazer da sua vida um inferno.

  — Sério, realmente acha que isso vai acontecer?

  — O que isso exatamente quer dizer?

  — Na sua casa, aquele dia da festa, você disse “não deixei de ser seu amigo para você se tornar mais uma”, eu concordei mesmo sem dizer, já você parece um mestre em me deixar confusa.

  — Confusa? Você está me parecendo bem decidida. Precisou de mim para livrar a sua barra, e foi o eu fiz, como sempre — o jeito como ele falou, me pareceu que agora lhe devia alguma coisa em troca.

  — O quê? Agora quer um pagamento? Qual é! Chame a Maggie e peça para que lhe faça um boquete, talvez ela venha correndo, ou qualquer outra garota que morra de amores por você, eu dispenso — lhe empurrei com raiva e sai de baixo dele.

   Ele me pegou pelo pulso sem me dar chances.

   — Não fale assim dela, Dulce.

   — Ou que? Vai me dizer que se importa?

   — Gosto dela.

   Eu ri com muita amargura.

   — Então porque está aqui comigo? Não acredito.

   — É diferente.

  — Diferente? Vai se ferrar. Acabou de me dizer que está se apaixonando pela Maggie e ainda acha que vou ficar?

   Ele pegou o meu rosto.

  — Tranquila. Quem disse que eu estou me apaixonando? Não fala bobagem. Só quis dizer que me sinto bem com ela.

   — Chega, não quero mais escutar.

   — Ciúmes, Doce?

   Arregalei os olhos.

   — Não, claro que não estou! — mas ele ainda me encarava desconfiado — Quer saber, vou te mostrar a sensação. Apesar de Oliver estar namorando a Justine sei que ele gosta de mim e vou ficar com o ele no luau da Rebecca.

    O sorriso convencido dele morreu.