Fanfic: ~ SEGREDOS SUJOS, VONDY | Tema: Rebelde

Os minutos disparavam enquanto retrocedíamos o caminho feito durante a madrugada e depois tomamos uma nova direção. Casa. Nunca estive tão desanimada para voltar. Esmaguei as costelas de Christopher quando ele finalizou a última curva, entrando na minha rua. Não havia nenhum carro da policia estacionado na entrada para carro e nem em parte alguma, como eu esperava. Mas não me senti menos encrencada. Achava que a presença de policias podia pelo menos evitar o meu assassinato imediato. Saltei da moto e devolvi o capacete a ele. Para minha surpresa Christopher desceu também, guardou o meu capacete e pendurou o dele no guidão. Procurei as chaves de casa no bolso traseiro do meu jeans, sem questionamentos. A casa se encontrava estranhamente silenciosa. Tirei a chave da fechadura e a guardei novamente na calça, Christopher estava ao meu lado, com uma postura relaxa, apoiado as contas contra a parede, sorrindo de canto, como se nada no mundo pudesse detê-lo. Nada. Em vez de irritar mais, me deixei tranquilizar com a sua serenidade irritante.

    — E agora? — perguntei, olhando sugestivamente a minha volta.

    Ele deu de ombros.

   — Podemos esperar no seu quarto — houve uma nota suave de malicia na sua proposta.

   A temperatura pareceu subir uns dez graus. Neguei várias vezes com a cabeça, apesar do sorriso nos meus lábios me trair sinicamente. Talvez algumas semanas antes, ficar sozinha no meu quarto com ele não significaria nada; mas agora, nada me parecia mais assustador, ou tentador. Que seja. Não podia, já bastava o sumiço anormal, ser pega “em cena” com um garoto, mesmo que o pai do mesmo tivesse uma conta bancarias com no mínimo vinte dígitos, não aliviaria a minha sentença. Fui para cozinha, rapidamente me servi de suco, bebi o liquido em um gole só. O enchi novamente. Christopher não apareceu interessado em um copo de suco, sabor pêssego. Alias, parecia mais focado por onde ele estava passando, o barrei com a palma da mão, quando Christopher “revolveu” se inclinar para me beijar. De repente, era como se há minutos atrás nem tivessem existido, nenhum principio de incêndio entre nós.

   — “Momento inadequado” te faz lembrar algo?

   Ele massageou a minha nuca, enquanto sustentava meu olhar.

   — Tudo que é proibido é mais gostoso não faz jus ao momento inadequado? — ele não foi misericordioso, nem ao menos me deixou arquitetar uma resposta descente.

   Maldade.

  Simplesmente sugou a pele no meu pescoço lentamente. Meu corpo inteiro estremeceu, meu ventre formigava. Quando imaginei que não pudesse ficar mais torturante, uma das suas mãos curiosas passeou pelas minhas costas extremamente quentes, por baixo do moletom. Arrepios, uma explosão deles. Minha cabeça se ergueu inconscientemente, a sua boca não era gentil, era puramente exigente. Escutei a porta de entrada ser arremessada contra a parede atrás dela, o copo que antes estava entre meus dedos agora se encontrava no chão, partido em cacos grossos. Christopher só se afastou realmente de mim quando o empurrei com brutalidade para juntar os pedaços de vidro. Não tive coragem de encarar ninguém. Meu coração parecia que estava prestes a sair pela boca, e dar um “Olá”.

   Culpa. Ainda não.

   — Senhora Salivam, Regina — ele cumprimentou tranquilamente.

  Inacreditável. Certo? Eu pirando e ele simplesmente as cumprimenta... Como?

  — Onde você esteve Dulce Maria? Sua irresponsável! — mamãe o ignorou severamente, não era típico dela ser mal educada, mas mamãe parecia possessa. No mínimo.

   Juntei toda a cara de pau que existia dentro de mim, junto com os cacos, mas Christopher se adiantou.