Fanfics Brasil - parte 4 ~ SEGREDOS SUJOS, VONDY

Fanfic: ~ SEGREDOS SUJOS, VONDY | Tema: Rebelde


Capítulo: parte 4

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    — Comigo. Senhora eu sinto muito, meu primo Oscar... ele teve uma overdose. Meus pais foram de jato para Londres ontem à noite, levaram meu irmão com eles. Não queria ficar sozinho. Eu sinceramente peço desculpas à senhora e ao seu marido, sei que deviam estar desesperados para saber da sua filha, mas esquecemos de avisar. Acabamos pegando no sono e acordamos há pouco.


    Houve um silencio constrangedor.


   Como Christopher podia inventar um absurdo daqueles? Alexandra jamais concordaria com uma mentira dessas. Era mentira, certo? Uma aflição contorcia o meu estômago. Minha mãe esfregou os olhos vidrados, ela parecia realmente exausta. Mas enxerguei um brilho perverso em seus olhos esverdeados, repentino, ninguém deveria ter notado, mas eu o vi. Ela estava doida para nos dispensar e ligar para o máximo de amigas possível, as reunir todas em nossa sala de estar, e após, contar tudo que escutara da boca Christopher, enquanto beberica uma taça de vinho. Imaginei-a destilando seu veneno “Que escândalo, eu que sempre achei a família Uckermann tão respeitável, que decepcionante.” Fosse verdade ou não. Como uma droga. Foi repugnante.


   — Ele sobreviveu? — havia uma ponta de receio misturado com expectativa na voz de Regina.


   — Sim, mas está na UTI. Os médicos concluíram que pelo seu estado atual é certo que ele ficara com sequelas irreversíveis.


   Regina soltou um palavrão, mas mamãe estava tão atônica que a ignorou.  


   Queria estar sozinha com ele novamente. Uma parte de mim gritava silenciosamente que fosse mentira. Christopher amava o primo. Eram muito ligados, apesar da distância. Lembro quando nos todos éramos pequenos, Oscar adorava despentear os meus cachos e dizer que eu era sua namorada aos pais dele, enquanto aos meus pedidos brincávamos com a minha Barbie Malibu de “casinha”. Christopher detestava que eu fosse a sua casa quando os tios iam passar as férias em Portland. Apesar de tudo, passei momentos felizes com Oscar. Regina era sociável na época. Tudo era fácil. Agora sentia um vazio esquisito, como se uma pedaço de mim estive sendo sufocado.


    — Por favor, não castiguem ela, é culpa minha. Deixei-a atordoada com meus problemas.


    Mamãe fez um sinal de advertência com as mãos, ele se calou.


    — Compreendo querido, mas não posso deixar passar. O que aconteceu foi muito grave.  — ela me encarava agora, furiosa — Seu pai e eu passamos a noite em claro a sua procura! Nunca mais faça algo semelhante. Juro que te ponho em um colégio interno se for necessário.


    — Como se tivesse dinheiro para isso — retruquei enojada.


    Ela se deteve, a artéria do seu pescoço pulsava. Era um conflito familiar patético, me senti envergonhada por Christopher estar presenciando um deles.


    — Preciso dormir. — declarou Regina pálida, nos interrompendo — Sinto pelo seu primo Chris, desejo melhoras a ele.


    Ela se retirou da cozinha, se arrastando pelos cômodos até o quarto ao lado do meu. 


    — Senhora, eu entendo. E assumo todas as responsabilidades.


    Ela parecia dividida entre me surrar com as suas palavras raivosas ou atender ao pedido de Christopher como um cachorrinho treinado.


    Um suspiro de rendimento pairou no ar.


    — Vou tranquilizar o pai de Dulce antes de tudo. — uma pausa tensa — Espero que ele seja compreensivo. Fernando era um bom amigo do seu pai quando tínhamos a idade de vocês. Com licença.


    Mamãe discou um número do seu minúsculo celular e se afastou de nós, querendo privacidade. Quando certifiquei que ela não poderia nos escutar, soltei:


    — Overdose? É uma brincadeira?


    Ele umedeceu a boca, nervoso.


    — Oscar mudou nos últimos anos. A última vez que fui a Londres, ele me convidou para sair com uma galera dele. No inicio parecia tudo tranquilo, mas de repente, eles se espalharam e quando voltaram trouxeram quilos de maconha e tudo tipo de porcaria que possa existir nas ruas. Achei que fossem apenas as companhias, mas ele gostava daquela vida. Bem, eu não pude fazer muito. Não o entregaria para os pais, por mais que soubesse que tinha que ter o feito. Agora Oscar está semimorto em uma cama de hospital. Pelo que Adam me contou por telefone, ser um vegetal é pensar positivo para o estado que ele está.


    Engoli a saliva, amarga. Sentia-me entorpecida, atordoada.


   — Porque não me contou antes? Eu... eu estou confusa. Oscar era... eu — não consegui terminar, lágrimas geladas pularam pelos meus olhos.


   Christopher pareceu se irritar com a minha reação.


   — Não, não. Foi exatamente por isso que não contei. Não gosto de catarro, essas coisas. Inferno.


    Rangi os dentes. Elas não paravam de cair.


    — Cale a boca, seu estúpido!


   Não esperei seus movimentos, simplesmente o puxei. Ele permaneceu desconfortável, e controlado. E tão quente, senti o frio assustador que congelava as minhas veias sumir lentamente, me deixei envolver no seu calor até minha mãe retonar do corredor e nos atrapalhar com os rangidos do seu salto 15. Sequei rapidamente as bochechas.


    — Seu pai vai permanecer na Delegacia. O turno dele já vai começar.


    Meu pai era formado em advocacia a cinco longos anos, mas não era uma área fácil, por aqui. Ele desistiu no primeiro ano, apesar do diploma papai se contentava com o cargo na parte de interrogatórios e arquivos na Delegacia local. Mesmo a carga horária ser desumana. O que significava poucas horas em casa.


   Perfeito, não fazia diferença.


   — Que seja — digo.


   De repente um locaute de normalidade tomou conta dos meus poros. Infelizmente.


   — Que eu lembre hoje ainda é dia de aula. Vá tomar um banho e ir para escola, Docinho.


   Docinho? Hora perfeita para demonstrar afeto mamãe. Revirei os olhos internamente. Mas abri e fechei a boca descrente. Qual é? Eu ainda tinha que assistir às aulas? Sem dormir? Ótimo, eu merecia. Sem contar que sentia uma ressaca por vir, a dor se alastrando lentamente em todos os cantos da minha cabeça.


    — Minha deixa para me retirar, certo? — Christopher perguntou para minha mãe, num tom divertido.


   — Lhe oferecia um café, talvez. Mas creio que esteja atrasado também.


   Ele olhou para o relógio a cima da geladeira.


   — Não muito. Bem... foi bom revê-la. Bom dia para senhora.


   — Me chame de Blanca, querido. Melhoras ao seu primo.


   Comecei acompanhar Christopher até a porta.


   — Onde vai, meu Docinho? — perguntou mamãe impaciente, apesar do lamentável “meu Docinho”.


   Argh. Sério?


   — Espaço, por favor — revido irritada.


   Ela continuou com a mesma expressão impassiva, mas ignorei. Quando chegamos à varanda, ele se virou para mim.


   — Vou falar com a minha mãe. Direi para ela ligar para Blanca.


  — Não, não! Não precisa, é sério! Vou manter mamãe com a boca fechada, sem problemas. Vou ameaçar por gasolina nas suas roupas de marca falsificada, se ela ousar abrir o focinho!


  Ele pareceu momentaneamente satisfeito com o que eu falei.


   — Não foi o que eu quis dizer. Quero que a minha mãe confirme a verdade, se ela ligar seus pais não vão poder por você de castigo ou algo assim. Seja lá como os Salivam punam suas filhas.


   Devolvi o sorriso.


   — Estou de castigo faz uma semana.


   As sobrancelhas dele se ergueram.


   — O que andou aprontando, Doce?


   — Bem, tirando o fato de que eu fui agarra a força. Regina disse a minha mãe que eu andei beijando o escroto do Gareth. Acredita? Tipo traição familiar, como se fosse sua amante.


  — Devia ter o matado quando tive a oportunidade.


  — Compartilho da mesma vontade.


   Ele olhou por cima do meu ombro.


   — Acho que estamos sendo vigiados.


   Não me motivei a confirmar.


   — Então... até a aula?


   Ele pressionou os lábios na minha bochecha úmida pelo choro e se afastou com um sorrisinho esperto.


   — Sinto em estragar o seu dia, mas vou passar o resto do meu transando com a minha cama — ele sussurrou no meu ouvido. — Foi mal.


   A minha imaginação era detestável.


   — OK. Você é nojento.


   Ele saltou as escadas da varanda e quando vi Christopher estava praticamente pronto para ir embora.


   — Vou estar perto da fogueira — ele piscou e colocou o capacete logo em seguida.



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   Pensei em gritar “Espere sentado!”, mas não achei conveniente ter engolir minhas palavras no processo. Ele arrancou. Voltei para dentro e lancei um olhar mortal para minha mãe enquanto subia as escadas. Chegar atrasada na Brooke Hill não tinha de animador, receberia mais um dia de detenção a não ser que tives ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1189



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  • miranda Postado em 06/02/2014 - 17:43:32

    Saudades :(

  • miranda Postado em 05/12/2013 - 04:32:48

    Ooh!! Eu sinto falta dos seus capitulos... volta por favor...

  • miranda Postado em 05/12/2013 - 04:29:28

    Leitora pirando em casa sem seus capitulos!

  • miranda Postado em 04/12/2013 - 06:52:29

    # Volta

  • miranda Postado em 04/12/2013 - 06:50:35

    To louquinha p saber os proximos capitulos... basta saber se vc vai ser uma boa escritora e postar p essa sua fã q morre de amores por *Segredos Sujos*

  • miranda Postado em 04/12/2013 - 06:40:33

    Amooor... eu to de volta! Agr vou poder comentar muiito... meu pai fez uma supresa ontem, acredita?! Rsrs' ele adiantou o meu presente de natal e me deu o smartphone, agr imagina a minha alegria... kkk Oooh, p q vc sumiu??? Vc ta bem??? Por favor de um sinal de vida... # VOLTA

  • beeal Postado em 15/10/2013 - 13:05:13

    Vai postar mais não :/

  • bola Postado em 26/09/2013 - 11:30:22

    Não vao + postar? :(

  • tahvondy Postado em 06/09/2013 - 20:40:46

    dulce quando vc vai poder postar?

  • miranda Postado em 29/08/2013 - 21:20:13

    que pena,volta logo por favor... estou com saudades!! :s


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