Fanfic: ~ SEGREDOS SUJOS, VONDY | Tema: Rebelde

   — Por que Blake a convidou para jogo, certo? E a mim também...

   — Certo! Certo! — concordei, sem hesitar.

   — Ah, meu Deus! Aah meu... então é verdade! — Lola berrou, querendo estourando meus tímpanos de propósito, com certeza. 

   Ok, ela já tinha encaixado as peças a sua maneira.

   — Espera! Espera! O quê?

   — Você e o Blake... Estão. Tendo. Um. Caso. Definitivamente! Ai que emocionante. — ok, aquilo não soou como uma pergunta, certo? — Ah, meu Deus. Ah, meu Deus! Por isso Justine está pegando no seu pé? Ela está desconfiada!? Conta-me tudo. Eu a perdoou por ter me escondido uma bomba dessas apenas por que morrerei de curiosidade se não me contar. Sempre a achei tão certa e moral... Tipo. Ah. Meu. Deus!

   Fiquei sem palavras e por um momento sem ar.

   — D? Você está aí, não é? Alô? Não ouse desligar numa hora dessas moçinha...

   Cortei-a.

   — Eu não estou tendo um caso com Blake! — a interrompi, completamente indignada, mesmo.

   Ela largou um suspirou alto, cheio de frustração.

   — Merda! De novo perdi a chance de conhecer aquele amigo do Oliver, uh... Uh... Acho que é Jack... Não, não. É Justin. Não é tão gato, mas servia como um passa tempo bem agradável, até.

   Revirei os olhos.

   —... Não contei nada a você por que sabia que iria querer ir ao jogo. E com certeza não iria querer ir sozinha e aí eu seria obrigada a ir. Mas não estou com cabeça para aguentar a cara azeda da Rebecca, nem da Allison e muito menos Justine, beleza? Lamento, mas hoje, quero ficar em casa, me encher de refrigerante, fazer pipocas superamanteigadas e alugar filmes assustadores.

   — Uh... Pensei que iria querer descobrir por que Christopher meio que surtou na aula de educação cívica... Hein?

   Cerrei os punhos involuntariamente.

   — Obrigada, Lola... muito obrigada por me fazer lembrar mais dessa. Sério! Você deveria receber uma estatua em sua homenagem quando morrer, devido ao seu enorme coração solidário — eu ironizei.

   — Gracias. É o seguinte: vamos até o CLUBSPORTS, pedimos para Christopher liberar a nossa entrada, eu bebo uns drinks exóticos, supercaros, enquanto você conversa com ele. Depois... eu te prometo, que correremos para sua casa e assistiremos aos filmes que você quiser, até a hora que quiser. E não irei citarei nomes que comecem com as letras C, O, e J. Feito?

   Estava quase tentada a aceitar, quando escutei a campainha tocar.

   — Espera, a companhia acabou de tocar...

   Peguei um roupão grande e vermelho da poltrona.

   — Alô-ou, D! Sou eu!

   — Sou tão previsível assim? — perguntei desanimadamente perplexa.

   Joguei o roupão por cima do ombro e abri o meu guarda-roupa. 

   — Ninguém recusa as minhas propostas, OK? E atenda logo essa porta, inferno, não sou uma planta, para ficar plantada aqui fora.

   Lola encerrou a chamada, mal educada e tocou a campainha, de novo, de novo, e de novo.

   — Lola, pare! Vai acordar os vizinhos, todo mundo — gritei pela janela.

   Ela cruzou os braços, se divertindo evidentemente e soltou uma gargalhada.

   Balancei negativamente a cabeça. Olhei feio para ela.

   Uma série de buzinadas altas e histéricas invadiram a rua, há minutos silenciosa, assustando até os passarinhos, indicando obviamente, o obvio: Lola mais uma vez tinha pirado. Então ela buzinou mais uma vez para o carro que tinha acabado de empacar na nossa frente. Alguma pessoa sem noção, bêbada já pela manhã. Deus, cada um que aparecia!

   Retorci a boca, olhando-a pelo espelho do acompanhante.

   E continuei.

   — Por que nós sempre fomos amigos. Obvio demais, não?

   — Cara, não importa. Estou falando de atração puramente física. — ela apertou o volante com uma das mãos e com a outra apertou com vontade a buzina, de novo, soltando um palavrão audacioso e lançou-me um sorriso salivante — Ele é o cara mais... gostoso que eu já vi. E olha D, que eu já vi muitos caras nessa minha curta vida, hein...

   Revirei os olhos, em resposta.

   Outra buzinada soou alto, mas dessa vez não era do carro de Lola.

   — Qual é? Se discorda tanto de mim, por que está passando a minha maquiagem de emergência? — acusou-me dramaticamente.

   Olhei para o batom cor de boca que estava passando nos lábios.

   — Por que eu sou horrível pela manhã?! — sugeri, obvia.

   Tampei o batom e joguei-o no porta-luvas, meio que guardando a prova do crime.

   Seu sorriso se abriu mais ainda.

   — Eu sei! — ela soltou uma risadinha, fiz cara feia, ela voltou a ficar séria. — Brincadeirinha, baby. Você ainda não me convenceu, hã!

   — Se você não acredita quem sou eu para fazê-la mudar de ideia?



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DEDICADOS AS MINHAS LINDAAAAS E MARAVILHOSAS LEITORAS U.U carla_esposito e krisstew !