Fanfic: ~ SEGREDOS SUJOS, VONDY | Tema: Rebelde

Capítulo 4

Oliver

   Eu a empurrei. E engatinhei para lado oposto da cama em que Justine estava... ahn... seminua e ofegante, me olhando de jeito completamente perturbador. Meu coração batia descontroladamente e um suor louco escorria pelo meu rosto. Eu estava sentindo medo da minha própria namorada!

   Caraca!

   — Não. Sério, já disse que não consigo! Para, por favor, Just — supliquei outra vez.

   Tentei abotoar os botões da minha camisa, o mais rápido que consegui, entrando em algum tipo de desespero agonizante. Sentindo-me desprotegido sem minhas roupas.

   — Como assim, não consegue? Às vezes você parece uma menininha. Pelo amor de Deus! Um pouco de sexo não vai te matar, meu amor.

   Justine mais uma vez entrou naquela guerrinha de botões e com uma agilidade assustadora ela desabotoou em segundos todos os botões que eu consegui reabotoar, me vencendo, de novo.  Arrancou a minha camisa pelos ombros, cheia de fome. E jogou-a no chão, não dando a mínima para minha cara apavorada.

   — Aqui não!

   Olhei em volta, exasperado. Tapando-me com a primeira coisa que achei em meio aos lençóis.

   Uma saia vermelha.

   Ela rolou os olhos.

   — Qual o problema daqui? Achei perfeito! Tem uma cama mega confortável em forma de coração, um banheiro limpo, tem até uma hidromassagem! E cheira a sexo.

   Quase não consegui acreditar no que tinha saído da sua boca. Como ela conseguia ser tão safada em tão pouco tempo?

   — O problema é que isso é um motel. Não lugar o “perfeito”.

   — Ah é? — ela me olhou com desdém. — E qual é a diferença? O que a “podremenininha virgem e indefesa” acha que é um lugar perfeito para transar?

   E revirou os olhos entediados, de novo. Eu a conhecia tempo suficiente pra saber que ela não ia ceder, assim, tão facilmente.

   — Você sempre acha que é essa a questão. Mas que droga! Entenda, quando for rolar... vai rolar. Chega de forçar. Se realmente você não consegue entender, acho que eu não sei o que está acontecendo com a gente, isso não é amor — digo a ela, cansado dessa guerrinha, que não nos levava a nada.

   Ela ficou surpresa com a minha resposta, eu vi. Mas para variar ela vestiu sua mascara inabalável e desdenhosa, apesar de eu ter acabo de dizer que talvez o nosso namoro não tivesse tanto sentido assim.

   E depois ela me lançou um olhar que eu nunca imaginei poder vir dela.

   Arrependimento?

   — Tá, esqueça. Só estou cansada de ver que a nosso namoro tão incompleto, me entenda! Nós poderíamos fazer tudo ficar melhor. Fazer você feliz.

   Soltei o ar.

   — Eu sou feliz, tá? E mesmo que não fosse sexo não é a solução, não para mim... Você acha que é?

   Ela piscou varias vezes, antes de assentir levemente.

   — Talvez. — ela deu de ombros e mordeu a pontinha do lábio — Se nos tentássemos poderíamos saber — ela me olhou quase maliciosa.

   Ri.

   — É. Mas não vai ser dessa vez que vamos descobrir.