Fanfic: Nada pode nos parar Vondy | Tema: Dulce Maria e Christopher Vondy RBD

- Desculpa interromper, posso roubar a Dulce uns minutos, Fer? - Anahí sorriu e Fer concordou balançando a cabeça. Ela me puxou até a cozinha e antes de falar, ficou alguns segundos me olhando.

- Você ficou com o Thiago. - Não era uma pergunta.

- Não, não fiquei. Mas teria ficado se seu namorado não tivesse interrompido. - Fui sincera e ela balançou a cabeça.

- O meu namorado e o Ucker você quer dizer. - Ela cruzou os braços e eu falei um “que seja” baixo. - Dulce, isso não é justo com o Ucker, não é justo com você mesma, e principalmente, não é justo com o Thiago! Você tá iludindo o cara, você sabe que no máximo vai ficar com ele algumas vezes e na mesma hora que o Ucker estalar os dedos você cai nos braços dele. - Anahí abaixou o tom de voz para que ninguém nos ouvisse.

- Não é justo com o Ucker? Anahí, que tipo de amiga é você? - Perguntei indignada.

- Eu sou do tipo de amiga que tentar abrir os olhos da outra pra que ela perceba a besteira que tá fazendo, Dulce Maria. - Odeio quando ela me chama pelo nome. - Eu não quero jogar isso na sua cara, mas você sabe que a culpa disso tudo é sua. - Ela tinha um tom de receio na voz.

- Eu sei que a culpa é minha, e eu já tenho essa realidade esfregada na minha cara o tempo todo, não preciso que minha melhor amiga faça isso pra mim. - Fiquei séria e ela suspirou.

- Desculpa, Dulce. E só quero que você perceba a besteira que tá fazendo. Eu não to defendendo o Ucker e nunca ficaria contra você. Na verdade vocês dois tem um pouco de culpa por tudo isso que tá acontecendo, e você não faz ideia de como eu me sinto vendo tudo isso acontecer de novo. - Ela me abraçou e eu não resisti e comecei a chorar.

- Eu não consigo ver ele com a Fer, não consigo perceber que ele realmente gosta dela. Eu tento odiar ela, mas ela é sempre simpática comigo e isso me dá uma raiva enorme. - Eu já estava soluçando alto e comecei a escorregar pela parede até cair no chão sentada.

- Dulce, levanta daí. - Anahí tentou me puxar, mas eu neguei.

- Não, Anahí, me deixa aqui. Minha vida tá voltando a ser exatamente como era a dois anos atrás e eu não consigo evitar tudo isso. Eu sou uma fraca, uma perdedora. - Minha voz era completamente abafada por meu choro e meu rosto já estava encharcado.

- Dulce, pelo amor de Deus, levanta daí. - Ela tentava me puxar, mas eu me recusava a me mexer. - Espera aqui, não se mexe! - Ela ordenou e saiu da cozinha. 

Olhei a cozinha com minha vista embaçada por causa das lágrimas e vi que na bancada tinha uma garrafa de vodka. Nem pensei duas vezes, engatinhei até lá e comecei a beber sentindo minha garganta pegar fogo em cada gole que eu dava. 

- Dulce? - A voz de Anahí apareceu na cozinha minutos depois. Ela me olhou e viu que eu estava com a garrafa de vodka na minha mão. - Ai meu Deus, Dulce me dá isso. - Ela correu até mim e só então eu vi que Cristian estava atrás dela.

- Não, me devolve isso, sua chata! - Falei tentando agarrar a garrafa, mas Cristian segurou meus braços. - Cara, como vocês são chatos, me deixem beber pra esquecer essa merda de vida. - Falei com a voz embolada. A mistura de vinho, whisky e vodka corria no meu sangue me deixando entorpecida.

- Dulce, pára de botar o peso pro baixo. - Cristian riu tentando me carregar.

- Me deixa, Cristian. Vai ficar com seu amiguinho e a namoradinha nova dele, vai. - Falei sentindo as lágrimas descerem por meu rosto. Cristian fez uma careta e finalmente conseguiu me carregar.

- Amor, abre a porta desse quartinho aqui de trás. - Ele falou pra Anahí, apontando para uma porta que estava fechada. Encostei minha cabeça no ombro de dele e voltei a chorar. 

Senti ele me colocar deitada em uma cama e sentar ao meu lado. Eu continuava chorando sem falar nada, minha cabeça girava e minha garganta ardia enquanto eu segurava o braço de Cristian com força.

- É melhor ela ficar por aqui, ela não pode voltar pra casa. - Anahí falou baixo agachada ao meu lado.

- Não, o Lucas. Meu filho precisa de mim. - Falei esticando minha mão para alcançar Anahí, mas acabei batendo no rosto dela, que soltou uma exclamação de dor. - Eu quero meu filho, Anahí. - Gemi alto.

- Calma, Dulce. Ele tá lá com a Kate, a gente liga pra ela e pede pra ela ficar lá com ele. - Ela falava calmamente passando a mão em minha cabeça.

Continua...

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