Fanfic: Nada pode nos parar Vondy | Tema: Dulce Maria e Christopher Vondy RBD

- Cristian? - A voz de Ucker surgiu do outro lado da porta e eu me encolhi.

- Não, Cristian. Não deixa ele entrar, tira ele daqui, tira ele! - Falei cobrindo meu rosto como travesseiro. 

- Se você soltar meu braço, eu posso tentar o impedir de entrar aqui! - Ele falou puxando delicadamente minha mão que estava firmemente agarrando seu braço.

- O que aconteceu? - A voz de Ucker agora estava mais próxima e só então eu percebi que já era tarde demais, ele já tinha entrado no quarto.

- Cara, vamos lá pra fora. - Cristian falou enquanto eu continuava chorando com o rosto enterrado no travesseiro.

- Não, Cristian, me solta. O que aconteceu? - A voz de Ucker foi se distanciando, até eu ouvir a porta do quarto ser fechada.

- Eu não quero que ele me veja assim. - Tirei o travesseiro do rosto e meu choro ganhou o quarto.

- Calma, Dulce. Ele não vai… - Antes que ela conseguisse terminar a porta abriu e Ucker apareceu dentro do quarto.

- Ucker, sai daqui! - Falei alto escondendo meu rosto com o travesseiro novamente.

- Anahí, você pode deixar a gente a sós? - Ele me ignorou.

- Não, Anahí! Você não vai sair, quem tem que sair é ele! - Falei segurando o braço de Anahí.

- Anahí, por favor. - Ucker pediu com a voz calma e eu olhei pra ela implorando.

- Por favor, amiga. - Pedi baixinho mal conseguindo focar minha visão nela, já que as lágrimas impediam.

- Desculpa, Dulce. - Ela me olhou e soltou o braço que eu segurava.

- QUE DROGA! - Gritei escondendo novamente meu rosto enquanto Anahí saía do quarto. - Ucker, sai daqui! - Falei sem ter certeza se ele tinha realmente ouvido já que minha voz saiu completamente abafada.

- Dulce… - Ele falou sério, mas eu o interrompi jogando o travesseiro em cima dele, ou pelo menos eu tentei.

- SAI DAQUI! - Gritei novamente e minha garganta doía horrores.

- Eu não vou sair daqui. - Ele falou firme e se aproximou da cama.

- Não chega perto de mim, Ucker. Vai embora! - Me encolhi e senti a borda da cama afundar quando ele sentou.

- Vem cá. - Ele puxou meu braço e eu tentei puxar de volta, mas ele estava usando toda a força possível.

- Me deixa, Ucker. - Pedi já sem força e mais uma vez ele me ignorou. Com uma mão ele me puxou pelo pulso e a outra ele me puxou pela cintura. - Não, sai. - Falei entre soluços o empurrando pelo peito com a mão livre. Meu choro ficou mais alto enquanto ele tentava em silêncio me abraçar, até que eu finalmente cedi, completamente sem força e o abracei enterrando minha cabeça em seu peito e chorando livremente.

Ele me abraçou com força e começou a acariciar meu cabelo, enquanto eu encharcava sua camisa.

- Porque tudo isso tá acontecendo com a gente? - Perguntei com a voz embolada. - Não era pra isso tá se repetindo, eu lutei tanto contra isso. A gente tá se machucando tanto, pra quê afinal? Eu já vi essa história toda antes, e eu não quero passar por tudo aquilo de novo, eu não aguento. - Parei de falar tomando fôlego já que tinha dito tudo de vez. Ucker não falou nada, só continuou me abraçando e acariciando meus cabelos.

Ele começou a cantar baixinho uma música lenta que eu não conseguia entender por causa do meu choro e se ajeitou na cama me fazendo ficar no colo dele, sem parar de me abraçar. 
Aos poucos eu fui parando de chorar e a sonolência tomou conta de mim. Meu corpo ia ficando mole, enquanto Ucker continuava a cantar baixinho em meu ouvido.

- Dulce? - Ucker me chamou depois de um tempo e eu apenas soltei algum som pela boca. - Você quer dormir? - Ele perguntou e eu novamente apenas emiti algum som que nem eu mesma conseguia decifrar. Meus olhos já estava fechados a muito tempo e por mais que eu tentasse abri-los eu não conseguia, parecia que eles pesavam uma tonelada.

Senti Ucker me deitar na cama e sentar ao meu lado. Tentei abrir os olhos novamente, e mais uma vez foi uma tentativa frustrada. Ele pegou em minha mão e eu senti sua respiração bater em meu rosto. Eu continuei sem me mexer, me sentindo fraca demais pra isso. Senti a boca de Ucker encostar delicadamente na minha e depois ele ir beijando minha bochecha até chegar em meu ouvido.

- Eu sinto muito. - Ele sussurrou. Eu tentei falar alguma coisa, mas minha boca estava seca e nenhum som saiu dela.

Ucker beijou minha testa e se levantou saindo do quarto. A última coisa que eu ouvi foi a porta batendo e ele fungando do outro lado.

Continua...

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