Fanfic: Nada pode nos parar Vondy | Tema: Dulce Maria e Christopher Vondy RBD
Acordei me sentindo enjoada, achei que tivesse sido apenas alguma coisa que tinha comido no dia anterior, tomei um remédio qualquer e fui pra o colégio normalmente. O enjôo não passou, e logo depois veio a tontura também. Comentei com a Anahí, minha melhor amiga e que sabia de minha vida toda e ela sugeriu de uma forma digamos…súbtil, que aquilo poderia ser sintomas de uma gravidez. Sinceramente, na hora a única coisa que e consegui fazer foi rir, claro! Imagina se eu poderia estar grávida, eu tinha usado camisinha, não tinha? Me amaldiçoei pelo fato de não conseguir lembrar de quase nada das duas noites que passei com Ucker. Tentei convencer a mim mesma de que eu tinha sim usado camisinha, mas não consegui convencer Anahí, que logo depois da aula me arrastou pra uma farmácia e comprou o teste de gravidez.
Fui até em casa tentando convencê-la de que definitivamente não estava grávida, claro que eu não estava, eu não podia estar! Aqueles 5 minutos que esperamos pelo resultado foram os 5 minutos mais longos da minha vida. Sentia meu coração batendo cada vez mais acelerado a cada segundo, minha pernas estavam inquietas e minha unhas já não existiam mais. Tentei mais uma vez me convencer de que eu definitivamente tinha usado a droga da camisinha, eu não poderia ter sido tão irresponsável.
Ouvi Anahí gritar meu nome do banheiro e fechei os olhos respirando devagar e mentalizando que eu era responsável e eu tinha lembrado da camisinha. Caminhei lentamente até onde ela estava e a olhei esperançosa. Anahí apontou o pequeno frasco em cima da pia e eu olhei prendendo a respiração. Me aproximei mais da pia e olhei atentamente tentando me convencer de que eu só podia estar enxergando coisas, ali não era duas linhas vermelhas eram? Não podia ser! Senti Anahí pegar em minha mão e suspirar alto, balancei minha cabeça negativamente pensando que aquele resultado tinha que estar errado, testes de farmácia não são tão confiáveis.
No dia seguinte fui novamente à farmácia e comprei outro teste, dessa vez sem Anahí, precisava fazer aquilo sozinha. Novamente as malditas linhas vermelhas apareceram. Fiquei ali, sentada no chão do banheiro jurando pra mim mesma que nunca mais colocaria uma gota de álcool em minha boca. Perdi a noção do tempo sentada ali, chorei até meus olhos começarem a doer e eu não ter mais forças nem pra me levantar. Ouvi meu celular tocar alto em algum lugar do quarto, mas não fiz nenhum movimento, eu não conseguia, sentia que qualquer movimento que fizesse iria me partir ao meio. Fiquei mais algum tempo ali apenas pensando no que fazer, teria que falar com meus pais obviamente, e quanto ao Ucker, eu sinceramente não tinha muita certeza se ele ao menos lembraria de mim. Ouvi passos se aproximando e quando dei por mim já estava chorando no ombro de Anahí, sempre me esquecia que ela tinha a copia da chave do meu apartamento.
Um mês se passou mais rápido do que eu esperava, já tinha ido ao médico, feito exames e já sentia um pedacinho de vida dentro de mim. A parte mais difícil foi contar para meus pais, não sabia se dizia que era de um cara que mal lembrava que eu existia ou se inventava um namorando ou um ficante. Acabei falando simplesmente a verdade, não conseguiria esconder deles durante muito tempo. Meu pai ficou meses sem falar comigo, minha mãe foi para Londres ficar um tempo comigo e como ela mesma dizia, tentar botar um pouco de juízo na minha cabeça. Mas de que adiantava? A besteira já estava feita mesmo.
Assim que ela chegou em Londres me obrigou a ir falar com Ucker, afinal eu não poderia dar conta de um filho sozinha né? Eu tinha 16 anos recém completados, era apenas uma estudante sustentada pelos pais em um país completamente desconhecido.
Acho que nunca tive tanto medo de uma situação, tive menos medo de contar pra meus pais do que pra Ucker. Não sabia como dizer aquilo, ninguém chega pra um cara que transou duas vezes e depois sumiu e fala “parabéns, você vai ser papai!”. Eu não sabia se tinha medo dele não lembrar de mim, se tinha medo dele dizer que não ia sustentar filho nenhum ou de sei lá, ele me chamar de louca e me expulsar de lá, vai saber qual a reação dele. Para minha surpresa ele me recebeu com um sorriso e ao que parecia se lembrava perfeitamente de mim, inclusive do meu nome. Sentia cada parte do meu corpo tremer com cada palavra que trocávamos, ele provavelmente percebeu meu nervoso já que perguntou várias vezes se estava tudo bem, se eu precisava de água ou qualquer coisa do tipo. Não sabia se tentava primeiro entrar em uma conversa agradável e depois contava, ou se contava logo de uma vez, desejei que minha mãe ou Anahí estivessem ali comigo, seria realmente mais fácil.
Ucker começou a conversar e eu apenas dava respostas monossílabas, tinha vontade de mandar ele calar a boca e falar que estava grávida de uma vez, e foi o que eu fiz. Quer dizer… não o mandei calar a boca claro, mas o olhei com medo e disse que tinha uma coisa realmente séria pra falar com ele, e que era exatamente por isso que eu tinha ido procura-lo. Ele se ajeitou no sofá e me olhou sem entender, respirei fundo e soltei a bomba de olhos fechados, o medo e o pânico tinham tomado conta de mim por completo, eu mal ouvia o que estava falando. Quando acabei de falar tudo suspirei e abri os olhos encontrando Ucker estático me olhando, ele não se mexia, nem piscava, fiquei com vontade de perguntar se ele ainda estava respirando, mas não foi necessário já que a boca dele foi abrindo lentamente e ele balançou a cabeça negativamente. Era como se ele quisesse falar alguma coisa, mas não conseguisse. Mordi o lábio já me convencendo de que essa reação era a mais óbvia, claro que ele não ia sorrir e dizer que nós seriamos felizes para sempre. Ele ainda nem tinha feito 17 anos, era um adolescente inconseqüente que gostava de sair pra se divertir com os amigos, ele não ia abandonar essa vida por causa de um simples… filho.
Me levantei rápido falando qualquer coisa que nem eu mesma entendi e saí de lá correndo, ele não foi atrás de mim, nem gritou meu nome, acho que ele nem se mexeu do sofá pra falar a verdade.
Cheguei em casa já chorando e encontrei minha mãe me esperando como se soubesse exatamente tudo que tinha acontecido, ela nem falou nada, apenas deixou que eu chorasse em seu colo.
Mas a vida nem sempre é exatamente do jeito que a gente espera, talvez a maior surpresa que eu tenha tido durante todo o processo foi o dia em que eu encontrei Ucker parado na porta da minha casa, achei que fosse algum tipo de alucinação, ou eu podia estar sonhando acordada.
Duas semanas já tinham se passado desde nossa ultima conversa, ele não tinha me ligado e nem nada, tinha sumido exatamente como da segunda vez que transamos. Ele me olhou com aquele olhar de “precisamos conversar” e eu o convidei pra entrar, aquele não era bem o tipo de conversa pra se ter no meio da rua. Minha mãe por sorte não estava em casa, Ucker iria se arrepender amargamente de ter ido até lá se tivesse encontrado com ela.
Talvez eu tenha julgado aquele garoto inconseqüente de quase 17 anos cedo demais, nem sempre as pessoas são o que aparentam ser, ou talvez apenas existam algumas exceções, e Ucker sem duvidas é uma delas. Ao contrário de tudo que eu poderia ter imaginado sobre as reações dele, ao contrário de tudo que a maioria das pessoas poderiam pensar, ele fez exatamente o que ninguém poderia esperar de um adolescente, talvez nem tão inconseqüente assim. Quando ele me falou que iria assumir aquele filho, que iria bancar aquele filho e iria arcar com todas as conseqüências do nosso erro, eu quase desmaiei. Minha única reação foi sentar rápido no sofá e o olhar como se ele fosse algum tipo de alienígena. Eu não conseguia entender porque ele estava fazendo aquilo, e ele parecia tão decidido, não parecia de forma alguma estar ali por obrigação ou qualquer coisa do tipo. A partir daquele dia eu soube que não importava o que acontecesse, Ucker estaria sempre presente em minha vida.
Seis meses depois eu já tinha sido assunto no colégio, assunto no shopping, na padaria, na rua ou em qualquer lugar que passasse, afinal uma garota de 16 anos desfilando grávida por aí não é exatamente comum. Minha mãe ainda estava comigo, mas eu sabia que alguma hora ela teria que voltar para a vida dela, pro trabalho dela, pro marido dela. Marido esse que por sinal ainda não falava comigo. Ucker estava presente o tempo todo, principalmente depois que soube que seria um menino, quem visse o sorriso que ele abriu quando o médico falou pensaria até que nós éramos o casal mais perfeito do mundo, tendo o filho tão esperado.
Não foi exatamente uma surpresa o dia em que eu cheguei em casa e vi as malas de minha mãe já prontas no meio da sala. Ela me olhou como se pedisse desculpa e eu apenas a abracei com a certeza de que mesmo distante ela sempre seria a pessoa que eu mais poderia confiar. E mais uma vez Ucker conseguiu me surpreender, dessa vez com nada menos que uma proposta para que eu fosse morar com ele. Eu poderia esperar qualquer coisa dele, menos um convite desses afinal nem éramos namorados, o único laço que nos ligava era um projeto de ser humano que pesava cada vez mais dentro da minha barriga. Ele disse que seria melhor, que ele poderia estar mais presente e que eu não poderia morar sozinha estando grávida, de certa forma ele estava certo. Não tive como recusar sua proposta, aliás, ele nunca deixaria que eu recusasse. Menos de uma semana e eu já estava perfeitamente acomodada na casa dele. Tinha um quarto de hospede que ele ajeitou pra mim, já tinha um pequeno enxoval que nós tínhamos comprado algumas semanas antes e a maior surpresa de todas, ele tinha comprado um berço! Seria completamente mentira se eu negasse que a essa altura já estava completamente apaixonada por Ucker, nunca um cara me surpreendeu tanto quanto ele. Durante todo aquele tempo se nos beijamos 5 vezes foi muito, e todas foram apenas conseqüências de algum momento, a gente se empolgava meio sem querer.
Continua...
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Autor(a): loveluar
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 2069
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lukinhasmathers Postado em 27/02/2019 - 10:42:40
Gostei muito da história, realmente ela tem muito emoção. Espero voltar a ler ela algum dia! Bjs, linda.
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nayara_borges Postado em 18/04/2015 - 19:53:00
Uma das minhas favoritas vou já ler ela pela segunda vez
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regi4vondy Postado em 21/01/2014 - 22:01:24
a melhor fan fic que ja li...flor se puder dá uma olhada na minha...já indiquei a sua pra todas as minha amigas...a minha se chama O Amor Nunca Falha - Vondy
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tahvondy Postado em 14/12/2013 - 22:58:11
Ah que pena que já terminou mas eu amei a historia
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mundovondy Postado em 13/12/2013 - 18:08:10
aaaaaa mds ela ta gravida <333333 q pena q acabou pq eu amava tanto essa fic mas enfim foi uma das melhores q eu li e agr q ta terminada vou ler denovo ashuashu obg p compartilhar essa historia com a gnt e espero q continue escrevendo pq vc manda bem ! enfim besos e ate a proxima :*
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mundovondy Postado em 12/12/2013 - 12:15:50
aaaaaa uma casa nova e enorme e deles <3333 acho q chorei
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tahvondy Postado em 11/12/2013 - 19:21:23
posta mais
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mundovondy Postado em 10/12/2013 - 21:43:41
AAAAA NUMBER 1 PORRAAA q maravilha e esses dois <3 pf JA TA ACABANDO ????? NÃÃÃO :(
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mia_mendes Postado em 10/12/2013 - 21:39:03
Que triste que a web ta acabando, mais tudo bem, pois tudo q é bom dura pouco, mais posta logooooooooooo to curiosa pra saber o que vai acontecer no fim dela, mais acho q vc podia fazer outra temporada, mais quem sou eu pra pedir isso, to curiosa e ansiosa, posta maissssssssssss
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tahvondy Postado em 10/12/2013 - 18:45:33
Ah que pena que já esta acabando posta mais