Fanfic: My sexy little angel | Tema: One Direction

Luzes, barulho, pessoas se esfregando nas outras. O meu mundo noturno era resumido nisso. Eu não conseguia ficar longe de uma balada eletrônica, e naquele dia, como de costume eu estava em uma.

Eu não estava sozinha, nunca estava na verdade. Minha melhor amiga Kate estava comigo. Eu a conheci logo que cheguei a Londres, há dois anos. Certo, eu moro em Londres, e ainda não havia mencionado isso, bem eu sou brasileira, e sempre tive o sonho de morar em Londres e botar em pratica todos os anos de curso de inglês. Então cá estou no país onde moram ou moraram grandes ídolos meus: Adele, Amy, Robie, Hugh, Keira, The Beatles, e é claro, a One Direction, Niall, Liam, Louis, Harry e Zayn, são simplesmente boa parte da minha adolescência. Mesmo com 20 anos eu continuava louca por eles, fã desde meus 16. E apesar do que todos dizem, eles continuam firmes e fortes como banda, os anos se passaram eles ficaram mais velhos, mas continuavam sendo aqueles cinco retardados de sempre, brincando e sorrindo feito abobalhado.

Agora vamos voltar à parte da balada é tudo mais.

Eu já não estava mais aguentando aqueles saltos altos, e tudo o que eu queria era me sentar e descansar um pouco, não me leve a mal, mas mesmo usando salto, quase todos os dias de minha vida, em finais de festa como aquela eu só queria ter meus All Star por perto.

– Kate! – eu gritava, por ela parecia não me notar – Acho que vou me sentar um pouco!

Eu não tinha certeza se ela havia me escutado, mas isso não importava, ela sempre acabava a noite com algum cara mesmo, e no fim eu voltava para casa sozinha. Não que eu fosse o tipo de garota santinha que não gostasse de um sexo casual, bem já havia um tempo que eu não o praticava, mas isso só acontece porque para mim o cara tinha que ter pegada, um sorriso encantador, e um olhar de anjo, eu sei, eu sei, eu era muito exigente, mas eu achava que para me envolver tão intensamente, porque para mim isso que era o sexo, eu tinha que ter algumas regras.

– Finalmente, vocês estavam livres meninos – eu disse, enquanto retirava meus preciosos pés, daquela meia pata assassina. Então eu escutei uma risada maravilhosa, e olhei para onde vinha aquele som.

E lá estava ele, com aquele sorriso encantador, os olhos perfeitos, no todo ele me lembrava um anjo, ainda mas com aquele cabelo loiro claro. E tinha a leve impressão de que o conhecia, mas estava muito bêbada, e eu só havia tomado dois copos de Big Apple, para me lembrar.

– O que você disse? – ele me perguntou com um sorriso travesso. Ah, ele estava rindo porque eu havia falado em português, e eu não havia nem percebido, e deve ter achado engraçado.

– Eu disse que estou aliviada por ter me sentado – eu expliquei – E não se deve rir de brasileiras que se esquecem de falar em inglês, isso é falta de educação, babe.

– Então esta me chamando de mal educado? – ele continuava com o mesmo sorrisinho – Porque se estiver, e melhor ir se acostumando porque vou ficar um bom tempo por aqui.

– E porque isso? - eu me exaltei, ele estava sendo extremamente mal educado.

– Porque você é muito interessante, e eu quero conversar com você – ele colocou uma das mãos embaixo do queixo, e aquilo me fez rir, ele me lembrava daquela escultura do pensador – Então agora eu faço você rir, né? Hum, isso é bom.

– O que é bom? Você me fazer rir – eu perguntei em meio a minha crise de riso.

– Sua risada, ela é contagiante – ele me respondeu, enquanto me lançava um olhar extasiado. Ele realmente parecia encantado pelo meu riso.

Eu estava envergonhada, ele não parava de me olhar como se quisesse me ter ali mesmo, na frente de todos, mas não havia apenas desejo ali, havia surpresa.

– Será que devemos dançar? – eu perguntei, ele concordou, e nos levantamos.

– Eu estava pesando em algo melhor? – Um sorriso travesso havia voltado.

E quando dei por mim, nossos lábios estavam selados, línguas enroladas, corpos colados, e a sensação era ótima, ele tinha pegada, mas ele não estava sendo pervertido, nem nada, para minha surpresa ele era doce e calmo de uma maneira tão sexy, que me fez ficar com as pernas bambas.

– Será que devemos ir para outro lugar? – ele fez graça com o que eu o havia perguntado, e eu ri.

– Acho que sim – eu respondi em meio a minha falta de ar. E ele deu uma gargalhada tão sexy, que eu senti meu ventre tremer.