Fanfic: Um Presente Para o Papai--->Laliter (adaptada)

“...Quando completou seis meses, Louise, a mãe, teve alguns problemas e depois de fazer um exame especifico descobriu que sua garotinha tinha síndrome de down. Ela e o marido ficaram tão deprimidos, sem saber o que fazer. Claudio, seu marido, sugeriu um aborto. Pensara a favor de bebê, que não seria justo com a criança deixá-la nascer doente. Mas, já era tarde demais para fazê-lo. Com oito meses eles se decidiram e me chamaram no escritório. Perguntaram o que eu achava de ser mãe... Perguntaram se eu aceitaria Sofia. Claudio disse que Louise não estava preparada emocionalmente para isso, com a morte de seu garotinho e tudo mais. O que eu podia dizer? Eu já vi esses abrigos Peter e... Seria cruel deixá-la em um desses lugares. Eu ainda estava indecisa quando ela nasceu, mas ainda assim já fomos adiantando a papelada. Minha mãe disse que eu estava perdendo o juízo, que eu não tinha condições de cuidar de uma criança. — pausa — Você está bem? — perguntou ao notá-lo estático.

— Sim, por favor, continue.

— Mas, quando Sofia nasceu, seus pais a rejeitaram completamente. Ela foi para o berçário e eu estava ali, grudada no vidro esperando por ela. Foi amor a primeira vista. É claro que as evidencias estavam ali. As orelhas abaixo a linha dos olhos, as palmas das mãozinhas achatadas, os olhos... No entanto ela era e é completamente normal para mim. Entende? Quando a peguei nos braços pela primeira vez eu soube que o destino havia reservado isso para mim... Para nós. Estávamos destinadas uma para a outra. E não há quem diga que ela não é minha filha. Porque, Louise pode ter dado a ela a vida... Mas deu também a rejeição. Eu dou a ela amor, carinho, proteção... E depois de tudo isso, depois de eu estar muito perto de adotá-la legalmente o marido dela tem a cara de pau de aparecer aqui e dizer que a esposa quer conhecer a filha, que ela mudou de idéia... Eu sou a mãe dela Peter.

Ele acariciou sua bochecha, tratando de limpar a lágrima teimosa que escorria por ele. E beijou sua testa carinhosamente.

— É claro que é. Não vou deixá-la que ninguém a tire de você Lali, eu prometo. — ela sorriu em meio às lágrimas e sentiu-se realmente segura depois de tanto tempo. — Posso? — Peter perguntou estendendo as mãos para Sofia.
— É claro. — Lali tirou colocou a mamadeira em cima da cama e levantou-se erguendo o corpinho de Sophia — Ela precisa arrotar.
— Acho que ainda sei como fazer isso.

E com certeza sabia. Lali colocou a fralda sobre seu ombro e entregou a menina. Peter a segurou com muita habilidade com o corpinho em pé e a encostou em seu ombro fazendo movimentos circulares em suas costinhas.

— É como andar de bicicleta, não é? — ela perguntou rindo — Nunca se esquece... — um sorriso tristonho apareceu em seus lábios então. Medo. — Não quero que a tirem de mim, Peter...
— Vamos conseguir um bom advogado. O melhor. Mas, ninguém vai tirá-la de você Lali... Eu prometo.