Fanfic:  Única Esperança ----> Laliter (adaptada) FINALIZADA | Tema: Laliter

Peter: então você pode fazer isso tio?

O tio dele, Rodrigo, era detetive, Peter nunca tinha ligado para a profissão dele, mas hoje estava precisando de ajuda.

Rodrigo: poder, eu posso, mas eu preciso do sobrenome dele.
Peter: mas eu não tenho isso.
Rodrigo: mas sem o sobrenome não tem como eu localizá-lo.
Peter: eu tenho o nome da mulher dele, que já morreu, e da filha dela...isso ajuda?
Rodrigo: muito, diga os nomes.
Peter: a mulher chamava-se, Sandra Espósito e a filha é Mariana   Espósito.
Rodrigo: vou procurar Peter. - Eles se abraçam.
Peter: obrigado tio, você não imagina como é importante para mim.
Rodrigo: não agradeça. 

Mariana
olhava para as muitas fotos dela e de sua mãe espalhadas pela sala,
andou um pouco, viu varias fotos de quando tinham se mudado para aquela
rua, e de repente o passado voltou para a memória de Mariana como uma
facada, o modo como Mariano tratava a mãe antes do casamento e depois, a
diferença, de como ela gostara de  Mariano a primeira vista, até que ouviu o
carro e saiu do quarto, esquecendo a luz acesa, fechou a porta e desceu
correndo. Ele entrou, jogou as coisas em cima de Mariana, como sempre, e
subiu, quando ele ia entrar no quarto, ele viu a luz acesa da sala que
ele tinha proibido Mariana de entrar, pensou que ele poderia ter esquecido
de desligar, e ela não abriu para desligar, resolveu tirar a duvida,
entrou na sala e o doce perfume de Mariana entrou por suas narinas,
denunciando a invasão. Ele desceu as escadas, furioso, encontrou-a na
cozinha, cortando algumas verduras, sentiu vontade de pegar aquela faca
que ela usava e acabar com ela, mas não o fez.

Mariano: Mariana. - Ela se virou tão assustada que a faca deslizou por entre seus dedos, caindo no chão.
Mariana: o que foi?
Mariano: VOCÊ, SUA RIDICULA, ENTROU NAQUELA PORRA DE SALA QUE EU DISSE PARA VOCÊ NÃO ENTRAR.

Ele
foi para cima dela com tamanha fúria que Mariana pensou que ele fosse
matá-la, antes tivesse matado, a surra foi tão grande, que quando ele
acabou, Mariana mal conseguia se mexer de tanta dor.Peter
sorriu quando Mariana entrou pelos portões da escola, era muito bom
vê-la, ainda que ela estivesse de casaco novamente, ele se aproximou.

Peter: oi Mariana.
Mariana: oi.
Peter: por que esse casaco?
Mariana: por que sinto frio. - Ela que estava fria, ele pensou. Ele tocou-a nos ombros, ela se afastou, gemendo de dor.
Peter: tudo bem?
Mariana: sim, só dormir de mal jeito. - Mariana abaixou a cabeça novamente.
Peter: Mariana? - Dulce levantou o rosto.
Mariana: o que... - Foi interrompida por um suave beijo nos lábios, dado por Peter.
Peter: melhor.

Ela
lutou contra a vontade de sorrir, mas acabou fazendo-o, era incrível
como ele conseguiu fazê-la sorrir após a noite difícil que tivera.
Peter viu o sorriu dela, e sorriu também, maravilhado. Ele
acariciou seus braços, carinhoso, mas ela se afastou novamente.

Peter: o que você tem afinal de contas? Nem uma noite ruim faz você ficar dolorida desse jeito. - Ela não respondeu, só saiu andando. 

Rodrigo
sorriu para o amigo a sua frente, Nicolas Riera, um amigo de
infância que trabalhava no cartório da cidade, podia ser útil para
descobrir sobre Sandra Espósito.
Rodrigo: sei que é difícil, mas sei que você tem registro de todo mundo que nasce aqui. - Ele apontou para uma porta, onde tinha uma placa onde se lia “arquivo geral”.
Rodrigo: vamos Nicolas, isso é importante, é um caso para o meu sobrinho.
Nicolas: não sei não digo, isso pode custar meu emprego.
Rodrigo: ninguém vai descobrir, a menos que você conte.
Nicolas: esta bem, me convenceu, em que ano ela nasceu.
Rodrigo: isso eu não sei, só sei o nome completo dela.
Nicolas: e qual seria?
Rodrigo: Sandra  Espósito.
Nicolas: você vai ter que procurar no arquivo da letra “S”, você imagina quantas pessoas tem? Isso pode demorar meses.
Rodrigo: eu dou meu jeito.
Nicolas: ok.

Nicolas encaminhou Rodrigo pela sala, e colocou-o diante de um arquivo enorme da letra “s”. A
aula passou tão rápido, que poderia se dizer que ela voou, Mariana ainda
sofria com as dores causadas pela surra que Mariano lhe dera na noite
passada, Peter ficou com ela por algum tempo no intervalo, eles
ficaram calados, só aproveitando a companhia um do outro, agora estavam
na ultima aula, e ele a olhava constantemente, o sinal bateu, os alunos
começaram a sair, Peter foi até Mariana.

Peter: você esta melhor?
Mariana: um pouco.
Peter: tem certeza?
Mariana: sim.
Ela sorriu.
Peter: então quer que eu leve seus livros?
Mariana: não.
Peter: mas você esta dolorida, vai carregar a mochila pesada e os livros na mão? Nem pensar.

Antes
que ela pudesse protestar de novo, ele pegou a mochila e os livros dela
e saiu andando, ela foi atrás, pedindo que ele lhe devolvesse, mas
desistiu quando viu que eu ele não ia desistir, ele a levou até lá fora,
  Mariano que estava no carro, o viu carregando os livros de Mariana, ele
disse algo a ela, que sorriu sem notar a presença do carro, Mariano sentiu
ciúme e inveja, ele parou na frente dela, sorrindo também, ela já estava
seria novamente, mas em seus olhos havia um brilho que ele nunca tinha
visto, o menino aproximou o rosto do dela, os lábios dele tocaram os de
Mariana, e Mariano pensou que fosse explodir de ódio, só então ela pareceu
notar o carro, se despediu dele com um breve aceno de cabeça, pegou suas
coisas das mãos deles e foi até o carro, entrou, sentou e Mariano pode
vê-la corada. 

Rodrigo
quase gritou de alegria quando pegou a certidão de casamento de Sandra
Espósito e Mariano Alegria, ele leu tudo, estava radiante quando Nicolas
voltou para ver como ele estava indo.

Nicolas: já achou?
Rodrigo: sim
Nicolas: como você conseguiu tão rápido?
Rodrigo: pratica.

Ambos
riram, se despediram e Rodrigo foi para casa, já sabia mais ou menos o
que tinha que fazer, já tinha um nome, agora tudo estava mais fácil.

Foram para casa, sem falar nada, entraram em casa e então Mariano decidiu falar.

Mariano: o que ele tem Mariana? Por que ele e não eu? - Ela se virou para ele, visivelmente confusa.
Mariano:
eu vi Mariana – ele começou a se alterar - vi você e ele saindo da escola
– ela entendeu a que ele se referia, ele aumentou a voz- QUEM VOCÊ
PENSA QUE EU SOU MARIANA? PENSA QUE PODE SAIR POR AI ME TRAINDO ASSIM? EM
PLENA LUZ DO DIA? PENSA QUE SOU ÓTARIO?

Mariana olhou para ele, irritada pelas acusações e então fez algo que ela nunca tinha feito antes, respondeu.

Mariana:
EU NÃO TRAIR VOCÊ – ele fitou-a assustado pela reação - E SABE POR QUE?
POR QUE SÓ SE TRAI UMA PESSOA QUANDO SE TEM ALGO OU SE SENTI ALGO POR
ELA, E EU NÃO SINTO NADA POR VOCÊ, E NÃO TNHO NADA COM VOCÊ, NEM NUNCA
VOU TER!!!!!!!
Mariano: CALA BOCA SUA MAL AGRADECIDA, EU LHE DOU TUDO E É ASSIM QUE VOCÊ ME AGRADECE? SAINDO COM OUTRO?

O
tapa atingiu Mariana no rosto, e foi seguido por outros tapas, murros,
até que os joelhos dela fraquejaram e ela caiu no chão, então vieram os
pontapés, seguidos por xingamentos, e lagrimas por parte dela, depois da
surra, ele levantou, pediu desculpas e subiu as escadas. 

Rodrigo: qual são suas suspeitas Peter?
Peter:não sei, acho que Mariana sofre alguma coisa na mão dele.
Rodrigo: por que pensa isso? - Peter explicou tudo o que sabia.
Rodrigo: entendo, faz total sentindo.
Peter: eu sei.

Ele
parecia infeliz, concluiu Rodrigo ao outro lado da linha do telefone,
conhecia muito bem o sobrinho para acreditar que só gostava dessa menina
como amigo.

Rodrigo: o que ela é para você?
Peter: o que? - Tinha sido pego de surpresa pela pergunta.
Rodrigo: essa Mariana, o que você sente por ela.
Peter: eu amo ela. - Rodrigo sorriu, embora Peter não pudesse vê-lo sabia que ele tinha sorrido.
Rodrigo: vou ajudar sua namorada.
Peter: ela não é minha namorada..pelo menos não ainda. - Rodrigo riu com vontade do outro lado da linha, se despediram e desligaram. 

Mariana
limpou com cuidado todos os ferimentos que alcançou, fechando os olhos
cada vez que ardia, estava sentada em uma cadeira em frente a um grande
espelho que tinha no seu quarto, e enquanto terminava essa terrível
missão, pensava em somente uma pessoa, Peter, o que era normal,
ele costumava entrar e sair da sua mente varias vezes ao dia, hoje no
entanto, ela decidiu que ele teria que sair da sua mente para sempre ou
ela teria sérios problemas.

Peter
sentou-se ao lado de Mariana no banco e pode perceber que o seu olhar
estava vago e perdido em algum lugar que ele jamais saberia, observou os
cabelos longos, hoje presos em um rabo-de-cavalo, os olhos castanhos,
lindos, os lábios avermelhados, e sentiu vontade de beijá-los, ela
finalmente pareceu o notar, levantou o rosto, fitando-o com um ar
confuso.

Mariana: o que tanto olha?
Peter: você.
Mariana: por que?
Peter: gosto de olhar você. - Mariana, mesmo contra a vontade, sorriu.
Mariana: não posso dizer que você tem bom gosto. - Disse em tom de brincadeira.
Peter: mau gosto eu teria se não te achasse linda, como você é.

Mariana
sorriu mais uma vez, e, achando que isto já havia ido longe de mais,
levantou e saiu, sem dizer uma sozinha palavra de despedida para
Peter.