Alfonso só foi colocá-la no chão quando estavam parados na rua, ao lado de um carro prata.

Anahí: Para onde vamos? 

Alfonso: Olhar pra você me fez lembrar de um lugar.

Anahí: Que lugar?

Alfonso: Pra que tanta pergunta? Você vai gostar, Gio.

Anahí: Eu não perguntaria tanto se você não estivesse tão misterioso. – Alfonso sorriu, afagando o rosto de Anahí.

Alfonso: Está bem! Até parece que a investigadora aqui é você. Vamos ver um pouco de natureza. Agora, mocinha, coloque o cinto porque temos uma pequena viagem a fazer.

Quase duas horas depois, Alfonso estacionou o carro no final de uma íngreme estradinha de terra.

Alfonso: Daqui, seguimos a pé. – Avisou. 

Mais dez minutos de caminhada numa pequena trilha entre as árvores, e Poncho parou.

Anahí: Chegamos? – Perguntou levemente cansada.

Alfonso: Quase. Feche os olhos. – Anahí o fitou, desconfiada – Vamos, confie em mim.

Assim que ela fechou os olhos, ele a carregou. Colocando-a a poucos metros de onde estavam antes.

Alfonso: Já pode abrir. – Disse, parado às costas dela, o queixo pousado em seu ombro.

As pálpebras de Anahí se abriram lentamente. 

Anahí: Meu Deus. – Foi o único que conseguiu dizer. Se existia mesmo um lugar chamado paraíso, era aquele. Um calmo riacho corria, preguiçoso, entre a vegetação. O sol que batia na água, dava um tom dourado incomum à paisagem, e as árvores cheias de flores coloridas compunham um cenário que mais parecia um quadro.

Alfonso: É lindo, né? – Abraçados, as mãos de ambos se enlaçavam na altura da barriga de Anahí. 

Anahí: Chega a ser irreal. Quando nos mudamos para Hialeah? – Brincou.

Alfonso: Quem sabe num futuro... – Emendou divertido – Vem cá. – Segurando a mão de Anahí, Poncho se aproximou do riacho. Sem ensaios, ele tirou os sapatos e a camisa que vestia e se atirou na água. Ela riu, vendo-o emergir. Tanto ele quanto a água a convidavam a fazer o mesmo. – E aí? Vem ou não?

Anahí: É claro. – Mas ao contrário de Poncho, Anahí não se restringiu a tirar os sapatos e a blusinha que usava. Lentamente, ela se livrou também da calça, e ainda mais devagar tirou o sutiã e a calcinha. – Ela arqueou a sobrancelha, vendo-o sorrir para ela. E então, depois de um suspiro, ela mergulhou.

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Anahí: Fria! – Exclamou assim que voltou para a superfície.

Alfonso: Nada que não possamos resolver. – Disse, envolvendo-a com um braço – Gio, obrigado por ter vindo. 

Anahí: Não era o mínimo que eu poderia fazer depois de todos os erros que cometi? – Perguntou, acariciando o rosto dele – Poncho, posso te pedir algo? – Ele assentiu – Não me chame mais de Giovanna. – Alfonso estreitou os olhos, confuso.

Alfonso: Como... Como assim? 

Anahí: Me chame de Anahí. – E ali a verdade começava a ser revelada. Sem que ela se desse conta. – Ou simplesmente Any. – A necessidade de ser sincera com ele e a procura por uma Anahí que apenas Alfonso despertara era tão grande que ela já não suportava ouvi-lo chamá-la por outro nome.

Alfonso: Mas Giovanna não é o seu nome?

Anahí: Anahí Giovanna. Mas eu prefiro Anahí.

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Alfonso: Tudo bem. Mas por que não me disse isso antes?

Anahí: Eu... Digamos que por algum tempo eu quis enterrar a ‘Anahí’ e ser `Giovanna`, entende? Mas você acabou me mostrando que elas são exatamente a mesma pessoa.

Alfonso: E por que quis enterrá-la?

Anahí: Porque ela era uma pessoa vazia. – Disse sincera, e Poncho percebeu a lágrima que escorria por sua face. 

Alfonso: Hey. – Acolhendo o rosto dela entre as mãos, Alfonso deslizou os lábios pelas bochechas molhadas – Não fica assim. Saiba que eu amaria Anahí, Giovanna, ou quem quer que fosse. – Ela conteve um suspiro, que não sabia distinguir se era de pesar ou de alegria.

Anahí: Você o que? – Perguntou, agarrando-se ainda mais a ele.

Alfonso: Eu amo você, Anahí Giovanna. – E então o suspiro escapou. Junto com mais duas lágrimas. Era a primeira vez que ele dizia aquilo. Que dizia que a amava. 

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Alfonso: Amo independente do nome ou de qualquer coisa. – Completou. E então as lágrimas se misturaram a um sorriso. Como era bom ouvir aquilo. Era reconfortante, ainda que ela soubesse que aquelas palavras não valeriam na hora da verdade. 

Anahí: Então nunca duvide que eu sinto exatamente o mesmo por você, Poncho.

Alfonso: E por que eu duvidaria, anjo?

Anahí: Por nada. – Sibilou, e para encerrar o assuntou levou os lábios aos dele, iniciando um beijo calmo e cheio de paixão.

Não demorou muito e Anahí estava sendo empurrada para a parte mais rasa, na margem do riacho. Com as pernas enlaçadas na cintura de Alfonso, ela deixava que ele a guiasse. E como era bom deixar toda aquela fortaleza desabar para dar lugar a uma mulher comum. Com desejos, medos e sonhos. Ela jamais deixaria que algo acontecesse com ele. Porque ele se tornara a sua própria vida. 

Com um pouco de dificuldade Anahí conseguiu se livrar da calça de Alfonso. Em meio ao beijo que parecia não acabar, e que ninguém queria que acabasse, ela arremessou a peça para fora do riacho. As unhas, compridas, se arrastavam pelas costas dele, deixando marcas vermelhas por toda a sua extensão. 

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Anahí: Poncho... – Ela soltou lânguida, entre os lábios dele, ao senti-lo introduzir dois dedos em sua intimidade. Suas pernas o apertaram, e sua boca encontrou o caminho para pescoço dele.

Alfonso provocava, tocando-a, ora superficialmente, ora mais agressivo, e ela, com o corpo tomado por todas aquelas sensações que só ele causava, se estreitava a ele, friccionando seus corpos, para que pudesse senti-lo cada vez mais, por inteiro. 
Foi ele mesmo quem se encarregou de tirar a própria cueca, e, enterrando os dedos nos fios castanhos de Anahí, ele se posicionou deixando que seu membro roçasse a virilha dela. 
Anahí estremeceu quando, por pouco, ele não deslizou para dentro dela, deixando-a torturantemente excitada. Ela bem que tentou escorregar seu corpo pelo dele, até que estivessem completamente unidos, mas ele a deteve, segurando a sua cintura. Any praguejou, vendo-o sorrir gostosamente, ao mesmo tempo em que a virava de costas.
Tombando a cabeça para trás, ela deixou que as mãos de Alfonso, muito ágeis por sinal, percorressem toda a extensão de seu corpo. Detendo-se nos seios rijos, descendo apertadas por sua barriga e alcançando a sua intimidade. Os lábios, molhados, distribuíam beijos pela lateral de seu pescoço. E os gemidos que ela soltava se misturavam ao barulho das águas. Águas que pareciam estimulá-los ainda mais. 

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Alfonso: Eu amo você, Anahí. – Disse lentamente. A voz extremamente rouca e provocante. Anahí. Eram Anahí e Alfonso ali, tão entregues e alheios a tudo o que ainda enfrentariam. Até ela, que sempre calculava o próximo passo, esquecera tudo, absolutamente tudo, naquele momento. Dentre todos os seus pensamentos nublados havia apenas ele e todo aquele amor que Any descobrira ser maior que ela. – Amo como nunca amei nenhuma outra mulher. – Completou enquanto, segurando a cintura dela, a inclinava para frente e escorregava, sem pressa, para dentro dela.

Anahí segurou com força os braços que envolviam o seu corpo, e cravando as unhas na pele clara, ela deixou que um longo gemido escapasse de seus lábios. E então, com maestria, ele começou a se mover, segurando-a firme, conduzindo-a.

Foram minutos naquele vai e vem provocante, até que Alfonso se afastou, virando-a de frente para si. Ele se perdeu por alguns segundos, observando o rosto corado e os cabelos bagunçados de Anahí. Como era perfeita. 

Então, num movimento brusco, ele a puxou. E numa conexão perfeita, ela o envolveu entre as pernas e o sentiu penetrá-la de uma só vez. 
Entre ofegos e gemidos, ela pedia que ele chamasse por seu nome, e ele chamava, com a voz carregada de desejo, para depois beijá-la, sugando a sua língua. E foi dentre um beijo que ela sentiu o seu corpo inteiro estremecer e ser tomado por uma onda intensa de prazer. Era irrefreável e violento. O corpo pequeno se contorceu nos braços de Herrera, e ele foi levado pela mesma sensação, liberando-se dentro dela. 

Com o coração batendo forte e a respiração descompassada, eles ficaram abraçados durante minutos, em silêncio. Um sorriso bobo estampava o rosto de Alfonso, e quanto a Anahí, naquele momento, ela não conseguia pensar em nada que não fosse a segurança que sentia nos braços daquele homem.