Fanfic: Aconteceu Naquela Noite-AyA (Finalizada) | Tema: AyA
Sabia que toda a preocupação das últimas vinte e quatro horas estava evidente em seu rosto. As faces se achavam pálidas, e a maquiagem não escondia as olheiras escuras. Alguns dias atrás, o pouco que comia não parava em seu estômago, e sentia-se bastante fraca, além do quê, passara a noite anterior em claro, pensando no que diria ao recém-eleito prefeito, sr. Herrera, pela manhã.
Ao final, decidira por contar a verdade, sem muitos rodeios. Mas sua honestidade apenas provocara raiva e desconfiança.
— Há quanto tempo mora aqui? — Alfonso continuou com as perguntas.
— Três anos, desde que comecei a trabalhar na firma de arquitetura Bishop e Harvey — Anahí respondeu, tentando manter uma conversa civilizada.
— É uma ótima residência.
— Obrigada.
— Você mesma a decorou?
— Sim — ela afirmou.
— O bairro é muito bom.
— Pelo menos a prefeitura recolhe o lixo e conserta os buracos do calçamento — Anahí retrucou, forçando um sorriso.
— Ah, é bom saber! — O sorriso de Alfonso parecia tão forçado quanto o dela. — Podemos dizer que já estamos na primavera.
— Sim. Vi algumas tulipas desabrochando. — Anahí meneou a cabeça.
Sentado na ponta da cadeira, com os joelhos separados, Alfonso mantinha o olhar fixo no chão, e estalava os dedos sem parar. Antes de continuar a falar, deu uma tossidela.
— Quando... quando soube do... do bebê?
Anahí se acostumara a ouvir seus discursos durante a campanha e jamais o ouvira gaguejar. Nem mesmo as perguntas mais capciosas feitas pelos repórteres provocavam algum tipo de constrangimento ou dificuldade no modo de Alfonso se expressar. Seus discursos durante a campanha foram incisivos, convincentes e até divertidos. Era reconfortante perceber que ele se sentia tão perturbado agora, como ela se sentira em seu escritório algumas horas atrás. Nada se comparava à terrível sensação que experimentara, quando entrou em seu escritório e teve que encará-lo pela primeira vez depois da noite de Natal.
— Quando eu soube? — Anahí manteve o olhar distante. — Quando minha menstruação atrasou.
Alfonso se remexeu no assento.
— Ouvi dizer que isso pode acontecer algumas vezes e não significar nada além de um simples atraso.
— Sim, mas nunca para mim. Tenho um ciclo muito regular. Foi a sua vez de tossir. Era constrangedor falar de algo tão pessoal com um estranho. Bem, não exatamente um estranho. Mas, afinal, o que sabia dele? Que era um homem bem-apessoado; que sabia abrir uma garrafa de champanhe da forma correta; que era um bom motorista em estradas cobertas de neve e que era tão charmoso que conseguiria fazer qualquer mulher se entregar a ele logo depois de o conhecer. Anahí recomeçou sua explicação:
— Comecei a me sentir mal... não febril ou algo assim, mas enjoada. — Parou, procurando palavras para descrever a sensação estranha de se sentir saciada mesmo estando com fome e a dificuldade para respirar. — Eram apenas sintomas — concluiu.
— Como por exemplo?
— Estômago embrulhado, instabilidade emocional e...
— E?
— Seios doloridos — falou com dificuldade.
— Ah...—Alfonso emitiu um som incompreensível e baixou os olhos para o peito de Anahí, e continuou assim por um bom tempo. — Sinto muito.
Ela cruzou os braços sobre o ventre, desejando poder cobrir os seios, na tentativa de esconder os mamilos endurecidos que apareciam sob a fina camiseta.
— Você conhece os sintomas — ela comentou logo em seguida.
— Acho que sim — Alfonso respondeu, meio confuso.
— Depois houve um segundo mês sem menstruação, e ontem, resolvi ir ao médico, que confirmou minhas suspeitas. O bebê deve nascer por volta do dia vinte e seis de setembro.
Alfonso soltou um longo suspiro, como um condenado que tivesse acabado de ouvir a sentença sendo proferida pelo juiz.
— Acho que não há dúvidas, então.
— Alfonso, certo? — ele retrucou em tom áspero.
— A despeito do seu deselegante comentário, não vivo tendo aventuras por aí — Anahí continuou, quase no mesmo tom.
— Perdoe-me pelo que disse esta manhã. Não deveria ter sido tão rude.
De repente, toda aquela discussão deixou-a cansada. Anahí recostou a cabeça no espaldar da cadeira.
— Acho que tinha todo o direito de pensar dessa forma. — Seu riso soou amargo e desaprovador. — Na véspera de Natal fui uma conquista fácil.
— Não diga isso.
— É verdade, não? — Ela olhou-o diretamente nos olhos.
— Jamais pensei dessa forma. Nem naquele momento e nem agora.
— Mas o fez esta manhã.
Alfonso cobriu o rosto com as mãos e tomou a suspirar.
— Estamos caminhando em círculos e não chegando a lugar algum. — Ele a encarou. — Escute, não penso que tenha sido uma mulher fácil, porque, se foi, serei classificado da mesma forma.
Anahí apenas meneou a cabeça.
— Bem, deixemos de lado as recriminações e vamos tentar lidar com as conseqüências dos nossos atos. — Alfonso fez uma pausa. — E quanto ao sujeito que você disse que estava namorando? O rapaz com a mãe idosa na Flórida.
Anahí ficou surpresa ao constatar que ele se lembrava dos detalhes.
— Guy Patterson. Ele é um dos sócios da firma onde trabalho.
— Já lhe contou sobre o bebê?
— Sim, logo depois que conversamos. Achei que devia uma explicação a ele.
— E? — Alfonso insistiu.
A reação de Guy Patterson sobre a notícia de sua gravidez não havia sido melhor do que a de Alfonso. Na verdade, fora pior. Ficara lívido, chamando-a de todos os nomes de forma bem mais explícita do que Alfonso apenas sugerira.
— Guy está definitivamente excluído de tudo isso — garantiu Anahí, sem mais rodeios.
Na verdade, era um alívio ter Guy fora de sua vida. Quinze anos mais velho, ele se tornara uma pessoa sufocante. Estava cansada de suas idéias conservadoras e antiquadas. Suas conversas eram aborrecidas e versavam apenas sobre tópicos do interesse dele. A única razão de ainda estar saindo com Guy era por não ter encontrado outra companhia melhor. E claro que preferia não ter rompido por esse motivo, mas agora até que se sentia feliz por terem acabado a relação de forma definitiva.
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— Você poderia ter dito que o filho era dele — Alfonso continuava com suas sugestões. — Por que não disse?— Jamais o faria! — Anahí exclamou, ressentida. — Que tipo de mulher está achando que sou?— Tudo bem. Sinto muito — Alfonso se desculpou, percebendo logo que sua pergunta era descabid ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 1247
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wyllyane32 Postado em 07/04/2018 - 02:09:59
Estou pasma com essa web, perfeita demaisss! Sem dúvidas merecia uma segunda temporada!!!
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al.andrade Postado em 30/11/2014 - 23:17:33
nossa!!! Q historia linda!! Me apaixonei desde o começo, li de uma vez, sem conseguir me controlar.
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nathmomsenx Postado em 25/04/2013 - 02:12:19
amo essa web <3
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elizacwb Postado em 16/01/2013 - 13:57:02
meninas vcs viram a hangout do poncho hj de madrugada? primeiro teve alguns probleminhas tecnológicos e demorou um pouco pro poncho conseguir falar com todos mas depois foi incrível, ele lindo e fofo como sempre, tem a túlia no vídeo(a cachorrinha dele) e tá bem legal, vejam - Hangout on Air Alfonso Herrera - http://www.youtube.com/watch?v=-5ZQ5Gjt5Po
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elizacwb Postado em 16/01/2013 - 13:57:01
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elizacwb Postado em 16/01/2013 - 13:57:01
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elizacwb Postado em 16/01/2013 - 10:09:55
que lindo o final dessa web tbém ein carolzinha, arrasou...adorei as revelações dos dois, desde a noite de natal eles já estavam ligados pra vida toda e nem imaginavam ;) adorei a surpresa final que ele fez pra ela e principalmente da bbzinha que ele trouxe pra ela, meus olhos encheram d'agua, bom demais mas perder duas ótimas webs suas no mmo dia é cruel,buaááá´ainda bem que vc já tem outras webs ativas, ufaaaaa senão eu tava perdida,kkkk bjuuuu carol valeu novamente por mais uma web maravilhosa
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elizacwb Postado em 16/01/2013 - 10:09:55
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elizacwb Postado em 16/01/2013 - 10:09:54
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elizacwb Postado em 16/01/2013 - 10:09:54
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