Fanfic: Aconteceu Naquela Noite-AyA (Finalizada) | Tema: AyA

— Estarei empossado, é certo, mas não terei credibilidade se minha moral estiver sob suspeita. — Alfonso balançou a cabeça. — Não. Teremos que nos casar bem antes do nascimento da criança.
— Não precisam saber que você é o pai. Não direi a ninguém. Poderemos nos casar em outra cidade. Poderá ver o bebê em segredo, Alfonso.
— Anahí, nós dois somos pessoas públicas. Você conhece muita gente e eu também. Muitos nos viram sair juntos da festa dos Graham na véspera de Natal.
— Acha que eles somariam dois e dois?
— Não, somariam um e um e chegariam a três. Você, eu e o bebê. Ou contariam nove meses a partir da noite de Natal e chegariam a vinte e seis de setembro. Além do mais, detesto agir às escondidas. Se nossa intenção é legitimar nosso filho, então penso que deveríamos fazê-lo agora. Do contrário, será melhor não nos casarmos.
— Mas todos ficarão sabendo por que nos casamos se anularmos o casamento logo depois do bebê nascer.
— Será pura especulação — Alfonso comentou.
— Haverá muitos comentários se nos casarmos sem ao menos nos encontrarmos algumas vezes. E o falatório será maior quando minha gravidez começar a aparecer.
Alfonso dirigiu o olhar para sua barriga. Sem pensar, estendeu a mão e tocou-a.
— E difícil acreditar que há um bebê de verdade aí dentro, não é mesmo? — ele perguntou com ternura.
Anahí detestava admitir que seu corpo amolecia sempre que Alfonso a tocava. Mas, com a palma encostada em seu abdome, o toque dele lhe despertava um a sensação de fraqueza que não estava nem um pouco relacionada com a gravidez.
— Agora que tive tempo de me acostumar, estou começando a gostar da idéia de ter meu filho crescendo dentro de você. — Olhou-a com aqueles incríveis olhos azuis. —Na realidade, gosto de ter você de novo comigo.
Ele inclinou-se e beijou os lábios de Anahí com suavidade. Aos poucos, as bocas de ambos foram se abrindo dando lugar a uma carícia mais sensual.
Anahí não se sentia assim inebriada desde a noite de Natal. Não fora apenas a mágica do champanhe e do ambiente daquela ocasião. Os beijos de Alfonso continuavam provocantes e pecaminosos. Sua língua era rápida, leve e sexy. Ele deslizou as mãos pelos lados do corpo de Anahí e segurou-lhe os seios com firmeza. Com um dos dedos tocou nos bicos endurecidos, provocando nela uma sensação de prazer.
Sussurrando seu nome, Alfonso intensificou as carícias. Beijou-a com mais força e a língua ávida foi mais fundo. Anahí sentiu que perdia o controle com a forte presença do corpo másculo junto ao seu.
— Não, Alfonso — ela murmurou, afastando-se dele com certa relutância. — Não podemos.
A respiração de Alfonso era ofegante, e sua expressão, agitada.
— Por que não? Dê-me uma boa razão.
— Porque...
— Vamos. Quero uma boa razão — ele insistiu.
— Tenho uma condição também. Não deverá haver nenhuma intimidade entre nós.
— Quisera tivesse dito isso três beijos atrás — ele resmungou.
Anahí levantou-se e puxou a camiseta que ficara enrolada sobre os seios. Passou as mãos pelo cabelo em uma tentativa inútil de ajeitá-lo. Desceu as mãos pelas pernas desejando poder acalmar o doce calor úmido que sentia entre elas. Por que o queria ainda? Como podia desejá-lo, quando estava pagando um preço tão alto por terem passado apenas uma noite juntos?
— Qualquer envolvimento emocional ou físico entre nós apenas dificultará nosso acordo — disse decidida.
— Nada pode ser mais difícil do que está sendo agora.
— Alfonso!

— Estou brincando — ele se desculpou, levantando-se lentamente. —Tomarei todas as providências e ligarei para você amanhã. — Dirigiu-se para a porta.
— Espere! Não pode ir sem antes discutirmos um detalhe. O que vamos dizer quando as pessoas perguntarem por que não estamos morando juntos?
— Não perguntarão. Vamos morar juntos.
— O quê? Não podemos. Onde? — Anahí questionou, não parecendo acreditar no que ouvia.
— Em minha casa — Alfonso afirmou com toda a naturalidade.
— Fora de questão.
— Anahí, acredite, não tenho condições de começar outra discussão agora.
— Mas temos que deixar tudo esclarecido de uma vez por todas — ela insistiu.
— Preciso ir para casa, tomar um banho e tentar me preparar para me casar com uma dama grávida, linda e sexy. Ok? Ligarei para você.