Fanfics Brasil - 3- Aproveite o dia. Memories You Hold

Fanfic: Memories You Hold | Tema: Avenged Sevenfold


Capítulo: 3- Aproveite o dia.

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           Moran é um cara muito legal, mas eu ainda não tinha confiança nele. Por isso preferi não contar toda a minha história. Mas ele me proporcionou um ótimo dia, há tempos eu não ria tanto.


           Foi fácil dormir naquele dia... Eu estava tranquila, e era a presença de Moran que me deixava assim. Ele seria um ótimo amigo, tenho certeza.


(...)


           Acordei às 8h novamente. Eu não queria perder o costume de acordar cedo, pra não acabar ficando de mau-humor. Como todas as manhãs fiz minha higiene, tomei um banho, vesti uma roupa legal, tomei um café e fui para o meu quarto novamente. Estava entretida com meu amado Bob Esponja quando alguém tocou a campainha.


            – Deixem que eu atendo! – gritei saindo do quarto. Não queria que os empregados abrissem a porta, eu já podia ver gente. Quando abri a porta dei de cara com um Moran sorridente:


            – Bem... Primeiramente: bom dia!


            – Bom dia, Moran! – eu estava feliz naquele dia, e mais feliz ainda por vê-lo logo tão cedo.


            – Então... Você falou que está aqui a seis meses e nem colocou o pé pra fora de casa, então eu pensei “Como assim? Isso quer dizer que ela mora em HB a seis meses e não serviu nem pra ir à praia?”, então vim desfazer esse erro e te levar para dar uma volta, que tal?


            – Ótimo! – disse rindo.


            Dessa vez eu não estava me deixando levar por um desconhecido para um lugar distante e despovoado. Ele queria me levar pra ver gente, ver a linda paisagem de HB que eu ainda não conhecia. Ele sabia que isso me faria bem. Não haviam perigos e, bem no fundo de minha consciência, eu sei que já confiava um pouco nele. Avisei os empregados aonde ia, peguei uma chave de casa e saí andando pelas ruas com meu mais novo amigo de infância.


           – Dá vontade de me matar por saber que eu estava perdendo tudo isso – disse e larguei um longo suspiro, após sentir a leve, mas pesada, brisa que vinha do mar. Estávamos sentados na areia e nenhuma palavra precisava ser dita. Meus pensamentos estavam interligados com os de Moran. De repente escorreu uma lágrima quase que despercebida em meu rosto, Moran viu. Ele sabia que eu não iria querer falar o que estava acontecendo, então simplesmente me abraçou, sem segunda ou terceira intenção, apenas com uma: ajudar-me a contemplar o silêncio. Assim permanecemos em silêncio.


           No final do dia ele me levou para casa. Mais um ótimo dia ao lado de uma das pessoas mais incríveis que eu já havia conhecido.


(...)


           Um mês se passou. Um mês saindo todas as manhãs com o Moran e voltando no fim da tarde. Um dia melhor do que o outro e o melhor de tudo: ele só queria minha companhia e minha amizade. Mas eu ainda não havia contado nada para ele sobre meu... trauma.


           Depois de mais uma tarde tomando sorvete na praia, cheguei em casa e fui tomar um banho. Depois vesti meu pijama, desci até a cozinha, fiz um lanche e fui para o meu quarto escutar música. Antes que eu pensasse em dar play no CD ouvi um barulho na janela. Fui meio receosa ver o que era e quando chego na janela dou de cara com o Moran escalando ela. De primeira me assustei, mas depois ri da situação. A janela estava aberta, então simplesmente me afastei e o deixei entrar no meu quarto. Depois de tantos dias em que assistimos filmes e escutamos músicas ali, sozinhos, eu já não tinha mais medo dele no meu quarto. Moran entrou no meu quarto e eu fiz uma cara de “que porra é essa?”.


            – OK, Homem-Aranha... Temos uma porta lá em baixo, sabia? Você costuma bater nela todas as manhãs, pensei que já tivesse a notado... – disse com meu tom mais sarcástico.


            – Primeiramente: boa noite pequena funkeira – Moran disse rindo se referindo ao meu mini pijama, me deixando com o rosto provavelmente vermelho de vergonha – E eu sou acostumado a escalar minha janela quase que todos os dias, então... E eu queria fazer uma entrada triunfal – se gabou – Eu não vim aqui para ver suas belas pernas, minha cara... Vim aqui para te raptar! Tem show na praia hoje com um DJ sei lá eu o que... Só sei que é música e que da pra dançar com elas – nós rimos.


           – Eu não sei se posso... Acho melhor falar com o meu pai primeiro – meu celular começou a tocar, Moran tentou pegar ele antes de mim, mas não conseguiu, nos sentamos na cama – Falando no diabo...


           – Ãn? – perguntou, não entendendo minha expressão.


           – É meu pai – eu ri.


           – Ah, ta... – ele fez uma carinha de “eu sei que eu sou lerdo”, ficou tão fofinho! Apertei suas bochechas e atendi ao telefone, colocando no viva-voz.


           – Oi pai!


           – Oi filha, tudo bem?


           – Tudo sim e com você?


            – Também meu amor... Tenho duas notícias boas e duas notícias ruins pra você...


            – Ta pai... Você ta no viva-voz, o Moran ta aqui comigo...


             – Ah, oi Moran! Acho que você vai gostar das notícias boas também...


              – Oi Senhor Clondelick! Manda aí que a gente descobre!


              – Ok... – ele riu – Primeira notícia boa: a polícia acha que encontrou o Pedro, eles têm quase certeza que é ele... Primeira notícia ruim: eles encontraram o suposto Pedro aí em HB, então, se era ele, provavelmente tinha ido atrás de você Sabine, as características do garoto são as mesmas do retrato falado que você fez aquele dia na polícia. Segunda notícia ruim: você vai ter que ir a delegacia de HB pra fazer o reconhecimento, ver se é o Pedro mesmo. Segunda notícia boa: eu já terminei aqui na América do Norte e estou no aeroporto pronto para embarcar e chego logo aí na cidade. Você pode levar o Moran junto, eu sei que ele é importante pra você e que ele vai te dar uma força para conseguir encarar tudo isso... – silêncio de minha parte, que logo olhei para Moran e vi ele me fitando com um olhar mortal. Ele se sentia triste por eu não ter contado nada pra ele, mas eu sabia que teria que contar agora. Silêncio do outro lado da linha, meu pai esperava uma resposta.


            – Claro pai... Nós conversamos melhor quando você chegar, OK?


            – Tudo bem filha... Beijo, amo você! Abraço Moran!


            – Abraço, Sr. Clondelick... – Moran disse desanimando com a situação.


            – Também te amo pai... Boa viagem – disse desligando o telefone. – Moran... Acho que já é a hora de eu te contar o que aconteceu com esse tal de Pedro e o motivo de eu ter vindo parar aqui... – olhei nos olhos de Moran, ele também me olhava.


            – Se você acha que está pronta... Eu estou esperando para que você confie em mim há tempos. – ele sorriu, me deixando mais a vontade.


            Contei à ele toda a história, enquanto ele me ouvia atentamente. Depois que terminei de contar ele se levantou da cama e deu um forte soco na minha parede. Falou mal Pedro de todas as formas possíveis e falou que iria matar ele se o visse, mas tirou essa ideia da cabeça quando ameacei não levá-lo junto comigo no reconhecimento. Depois nos abraçamos e ficamos assim por um bom tempo, até que ele decidiu se deitar na minha cama e me puxou para deitar em seu peito. Era a melhor coisa do mundo ele me fazendo carinho daquela forma, meu melhor amigo. Acabou que dormimos daquela forma e não fomos à praia para o tal show.


            Quando acordei pela manhã, confesso que me assustei por termos dormido juntos, mas ele era meu melhor amigo, quase gay pra mim. Desci fazer um café da manhã para nós e o deixei dormindo. Logo ele desceu. Enquanto tomávamos o café ele pegou o celular e do nada cuspiu tudo o que tinha na boca, ficando com uma cara de desespero por ter molhado toda a cozinha, mas também com uma alegria descomunal e a maior cara de bobo que eu já vi.


           – Se foder, Moran! Achou uma foto da Valary pelada aí, é? – disse, fingindo irritação, mas morrendo de rir por dentro.


           – Seria ótimo, mas ainda não seria melhor do que isso – ele disse olhando vidrado no celular.


           - Fala de uma vez, caramba!


           – O Avenged atualizou a agenda – ele falou aquilo de modo conclusivo, mas continuou com a mesma cara de espanto.


           – Nossa, que incrível isso... Será que eles deveriam continuar com a agenda de 2007 em pleno 2008? Dúvida cruel... – disse ironizando.


           – Caramba, Sabine! Eles vem pra Long Beach gravar um DVD em abril! – exclamou.


           – Você falou o quê?


           - O. Avenged. Vai. Gravar. Um. DVD. Em. Long. Beach. Em. Abril! – falou pausadamente.


           - Ta zoando com a minha cara?


            - Olha aqui então! – me passou o celular. Li a agenda. Era verdade.


            Gritamos feito dois lunáticos. Depois, uma cena linda de um Moran e uma Sabine correndo, pulando e gritando pela casa toda. Depois colocamos um CD do A7x e cantamos todas as músicas. Passamos o almoço inteiro falando sobre a tal gravação e... Corremos, pulamos e gritamos mais um pouco.


            Não existia maior alegria. Meus ídolos gravariam um DVD e eu iria, com certeza. Troco tudo por isso.


            Era fim de tarde, ouvi um barulho na porta. Logo ela foi aberta e eu pude ver um Sr. Kathrlo Clondelick parado, me encarando com o maior dos sorrisos. No momento eu me esqueci de tudo. Apenas corri e pulei no seu colo para abraçá-lo, quase o derrubando.


            – Pai, seu lindo! Que saudades de você! – disse agarrada ao seu pescoço.


            – Também estava morrendo de saudades, filha! – disse ele me beijando a testa. Seu olhar logo correu para a criatura parada no meio da sala.


            – Ah, pai... Esse é o Moran, meu melhor amigo – disse descendo de seu colo e correndo puxar o Moran pelo braço.


            – Prazer, Sr. Clondelick! – Moran disse sorridente, lhe estendendo a mão. Logo um sorriso se formou no rosto de meu pai novamente, que o cumprimentou.


            – Prazer, Moran! Sabine fala muito de você!


            – Do Senhor também – ele disse me olhando com uma cara “Sério que você fala de mim pra ele?”, sorrindo timidamente.


           – Sabine, o Moran ta... – Kath parou de falar e encarou Moran ao meu lado. Meu pai de costas. – Ah, ta aí... Me deixou pra fora de casa de novo! Eu preciso fazer uma cópia da chave... – ela riu.


           Meu pai se virou de frente para Kath e por um segundo pensei que ele estivesse hipnotizado. Eu entendia o porquê, a ruiva era verdadeiramente linda.


           – Kath, esse é meu pai, Carlo Clondelick – disse quebrando o silêncio – Pai... Essa é a Kath, irmã do Moran.


           – Prazer... Kath?


           – É Katherine – ela riu – mas pode me chamar de Kath, Sr. Clondelick, todos me chamam assim...


           – E você pode me chamar de Carlo, sem o ‘senhor’, por favor...


           – Ah... Claro, Carlo. – os dois sorriam com uma cara de bobos que deveria ser fotografada.


           – Vamos Kath... Você não queria entrar em casa? – disse Moran sentindo o clima do olhar dos dois.


           – Porque vocês dois não jantam aqui? Seria bom conhecer as pessoas que estão fazendo minha filha feliz aqui em HB... – meu pai olhou para Moran com um ar de “eu imploro” e depois pousou o olhar no rosto de Kath.


           – Tudo bem, a gente fica... – Kath respondeu, meio ser graça.


           – OK. Hoje sou eu quem cozinha! – meu pai me olhou divertido.


 


(...)


            Jantamos... Conversamos... Foi uma noite realmente muito agradável. Tirando a parte de que meu pai ficava ‘cantando’ a Kath meio que indiretamente. Mas foi legal... Ela era uma ótima garota e já fazia muito tempo que eu não via meu pai tão feliz ao ver uma mulher.


           O assunto desagradável veio quando eu já estava deitada em minha cama, prestes a responder o sms de boa noite que Moran havia me enviado. Ouvi alguém bater na porta:


           – Filha... Posso entrar? – era meu pai, que já abria de leve a porta...


           – Claro – disse, acendendo a luz.


           – Vou ser direto... Quero resolver logo esse assunto do Pedro, vamos amanhã na delegacia fazer o reconhecimento, OK?


           – OK... Também quero acabar com isso de uma vez... Posso levar o Moran junto?


           – Se ele prometer que não vai tentar invadir a sala dos suspeitos para socar a cara do Pedro... – ele riu – Sim, claro que pode...


            – Ta bom... – eu ri ao imaginar a cena – Vou falar com ele...


            – Ah... Não se esqueça de que semana que vem começam suas aulas!


                – Ah... Droga, tinha me esquecido disso...


                – Pelo menos cumpri com tuas exigências e te coloquei na escola que o Moran estuda – ele riu novamente – boa noite filha – disse beijando minha testa – Te amo.


                – Boa noite, pai.. Também amo você!




                  Respondi o sms de Moran:


                  “Moooo, vou ir a delegacia fazer o reconhecimento do suposto Pedro amanhã... Vai querer ir junto?”


 


              A resposta veio em um minuto:


              “Claro que vou! Até parece que eu não iria... Não vou te deixar sozinha em um momento como esse, não se preocupe...”


 


              Mandei novamente:


               “Meu pai pediu pra você prometer que não vai tentar matar o cara se ele for o Pedro KKKKKKKKK”


 


               Essa ele demorou para responder:


               “Vou tentar me controlar...” – valeu Moran, 10 minutos para responder um sms com apenas 4 palavras... Agora estou preocupada com o fato de você poder estar mentindo. Valeu, mesmo.


              “Ta... Já é alguma coisa... Nós vamos de tarde, vem almoçar aqui... Ah, e traz a Kath... Meu pai gostou dela KKKKKKK. Boa noite coisa seca da minha vida, amo você ♥”


 


              Em um minuto:


              “Eeeeeeei :@ Só que me faltava rolar algo entre esses dois e a Kath virar sua querida madrasta e eu cunhado do seu pai. Isso ia ser realmente lindo, né? Imagina nós entrando em uma igreja, levando lindas alianças para os dois... Aí largam as pombas e elas voam lindamente e uma decide fazer suas necessidades em seu lindo vestido feito especialmente para essa ocasião... Realmente um sonho... Nossa... NÃO FODE SABINE! KKKKKKKKK. Levo ela sim... Até amanhã anjo, te amo ♥


              Ri muito com o último sms. Demorei para dormir, estava preocupada. Eu poderia ver a cara de Pedro amanhã, e isso não seria a melhor coisa do mundo. Mas seria bom que a justiça fosse feita, e ele ficasse um bom tempo atrás das grades. Me sentiria melhor assim...


 


(...)


 


        8.00 a.m. e eu acordando novamente. Tomei um banho e fiz todo o nhá nhá nhá de higiene matinal. Desci para a cozinha e tomei meu café da manhã. Como Moran traria a irmã para almoçar conosco teria que vir mais perto do meio-dia, já que agora Kath era gerente uma loja. Ela havia melhorado muito depois do Chad.


        Eles chegaram. Almoçamos. Todos tentavam me distrair, mas não adiantava. Eu estava tensa, prestes a encontrar o cara que mudou toda a minha vida, que por mais que agora esteja ótima, me deixou um grande vazio e um trauma que jamais se desprenderá de mim.


 


         02.35 p.m. Chegamos na delegacia. Meu pai foi falar com o cara que mandava naquela bagaça que logo veio me buscar. Pedi se Moran podia ir comigo e meu pai, ele concordou.


         Chegando lá ficamos em uma sala meio pequena. Na sala frente a nossa ficariam os suspeitos que ainda não estavam lá. Eles queriam me explicar algumas coisas antes.


         – Srt. Sabine, neste bloquinho você escreve o número do suspeito que você reconhece como ser Pedro. Não vamos te dizer quem achamos ser o real suspeito, vamos pedir que um por vez dê um passo a frente. Eles não te vêm, eles não te ouvem. Se não for o cara, apenas diga que não que nós passamos para o próximo, okay? – concordei com a cabeça. Não estava em um bom estado para falar. Moran me abraçou e segurou firme em minha mão.


          – Número 1, um passo a frente. – disse um dos homens em um microfone. Moran apertou mais a minha mão e todos que estavam naquela sala se voltaram para mim.


          – Não... – disse decepcionada e aliviada ao mesmo tempo. Moran soltou minha mão e me abraçou pela cintura. Ele sabia que eu precisaria escrever um número no papel e precisava das mãos livres para isso. Me deu um beijo na bochecha e se distanciou. É... talvez eu precisasse de espaço.


          – Número 2, um passo a frente.


          Estremeci. Aqueles olhos, o cabelo, as tatuagens... Seus traços perfeitos não poderiam ser confundidos e agora eu tinha nojo de sua perfeição. Era Pedro. Olhei para a folha em branco, para o lápis e novamente para Pedro. Senti um calafrio, ele olhava no fundo de meus olhos. Parecia que não havia aquele vidro nos separando. Naquele momento tive a certeza de que ele me enxergava. Com um olhar ele tirou todas as minhas forças. Deixei o lápis cair no chão. Vi Moran correr até mim. Foi minha vez de me entregar ao piso gelado da delegacia. Desmaiei.



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Autor(a): lennztp

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

           Abri os olhos com dificuldade. Quando consegui ver alguma coisa tive uma visão toda embaçada... Então identifiquei a face de alguém que acariciava meu rosto.            – Syn? – falei ainda meio tonta.            – Ah... Claro. ...


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