Fanfic: Amando Uma Estranha - AyA (Finalizada) | Tema: Ponny

— Por favor, não precisa mentir. Você nunca esqueceu a Anahí, não pense que sou boba, sei muito bem que aquela mulher na praia era ela. — Alfonso a encarou atônito, nunca mostrara nenhuma foto da Anahí para Thayse, somente falou dela, afinal foi Thayse quem o consolou quando chegou a Natal. — Eu sei, mas nós mulheres temos um sexto sentido, e desde aquele dia na praia você mudou comigo, parece que está no mundo da lua. Amigos?

— Amigos. — Thayse apertou sua mão, o abraçou forte e virou-se para ir embora. — Thatha! — Ela parou e o olhou por sobre os ombros. — Você é uma mulher maravilhosa, tenho certeza que encontrará alguém que saiba te dar valor.

— Espero que sim.

Eles sorriram, e ela partiu. Alfonso foi pra sala e encontrou Marquinhos sentado no sofá.

— Você ouviu tudo não foi danadinho?

— Vejo que conhece bem o seu filho. Já pensou no que fazer?

— Como assim? Não há nada o que fazer.

— Claro que há! Você está livre agora.

— E?!

— Tem que ir atrás da titia antes que seja tarde demais.

— Já é tarde demais há muito tempo Marquinhos, mais precisamente há dois anos. Além do mais, acho que ela nem está mais aqui, talvez tenha vindo apenas de passagem.

— Não sei mais o que fazer com você papai!

— Mas eu sei o que fazer com você.

— O quê?

— Colocar pra dormir. — Os dois riram e subiram, cada um pro seu quartoAnnie estava decidida a ir embora no outro dia, mas dessa vez estava com a consciência limpa, apesar de sofrer por não tê-lo, sabia que dessa vez havia tentado até o fim, agora era se contentar com as lembranças. Da outra vez, também tentara até o fim, mas começou a tentar tarde demais.

Logo cedo, Anahí levantou-se e arrumou suas malas, mas só viajaria à tarde, antes queria passar no shopping e comprar algumas coisas para levar. O dia estava bem ensolarado então passou logo na praia antes de ir ao shopping, mas apenas para ver o mar e espairecer um pouco, o mar e a praia traziam-lhe boas lembranças, então permitiu-se chorar um pouco, afinal não tinha muita gente na praia, somente um grupo de amigos jogando vôlei, um casal tomando banho e um homem com uma criança, mas estavam bem distantes e não poderia ver suas lágrimas banhando a sua face, muito menos a tristeza e a emoção refletidas em seus olhos por lembranças maravilhosas, por momentos inesquecíveis que não podem acontecer novamente.
Enquanto isso, Marquinhos olhava para todos os lados, havia convencido o seu pai de ir a praia logo cedo, ainda tinha um fio de esperança em seu coração, uma voz ecoava em sua mente pedindo para não desistir. Alfonso tomava banho, e disfarçadamente procurava Annie no mar e na praia, mas sem sucesso.

— Titia!!! — Anahí reconhecia muito bem aquela voz, virou-se e deu de cara com um garotinho ofegante.

— Marquinhos!!! — Ela pegou o garoto no colo e o abraçou, sabia muito bem o que aquilo significava, não era apenas o seu sobrinho que estava ali, com certeza o seu pai também deveria estar.

— Nossa, estava morrendo de saudades, e quando a vi naquele dia na praia, nem pude acreditar, passei a semana toda te procurando. Eu e o papai.

— Eu também procurei vocês, mas como não encontrei, estava partindo hoje.

— Mas você não vai mais, não é?

— Não sei, acho que já é tarde demais.

— Nunca é tarde demais titia.

— A quem será que você puxou?! Com certeza não foi a sua mãe, ela não era muito inteligente.

— Porque vocês adultos sempre fogem das coisas?!

— Eu não estou fugindo de nada, mas agora eu tenho que ir, meu vôo sai às duas horas da tarde.

— Eu não acredito que vai fazer isso, mas ainda vou lhe dar uma chance. Se vocês não se dão uma chance, alguém tem que dar.

Marquinhos disse para Anahí onde ele e seu pai estavam morando, então se despediu de sua tia e voltou para onde estava seu pai, mas não comentou nada sobre ter encontrado Annie. Mesmo que tivesse uma certeza absoluta que sua tia iria ao encontro de seu pai, no fundo temia que ela não fosse, mas apesar de tudo pediu para passar o dia na casa de Christian, no caso de Anahí ir, era melhor que estivesse sozinhos, só ela e Alfonso.

Já era quase duas horas, Anahí já estava no aeroporto e estava uma pilha de nervos, não sabia o que fazer, mas tinha consciência de que estava com a faca e o queijo na mão, e sua felicidade dependia disso, estava muito confusa, passou uma semana na esperança de reencontra Poncho, e quando aconteceu, ela não sabia o que fazer, sentia-se estranha, um medo repentino se apossou dela e a impediu que fosse ver o seu amado.