Fanfic: Amando Uma Estranha - AyA (Finalizada) | Tema: Ponny

Alfonso estava entediado e sozinho, não entendia porque Marquinhos quis passar o dia na casa de Christian e ainda fez questão dele ficar em casa, ultimamente seu filho estava muito estranho, principalmente depois que voltaram da praia. Não agüentava mais ficar em casa, então resolveu sair para algum lugar, esticar as pernas. Pegou a chave do carro e se dirigiu a porta, quando a abriu, deparou-se com Anahí. Ela estava de costas, mas se virou ao ver que a porta havia sido aberta, nenhuma dos dois sabia o que falar, ficaram se olhando por um longo tempo.

Annie quase embarcou, mas algo mais forte que ela a fez voltar e ir ver Alfonso, o pensamento de passar mais dois anos sem ele foi demais e então percebeu que não podia fazer isso consigo mesma. No momento em que Alfonso abriu a porta, já fazia um bom tempo que estava ali, parada em frente a porta, estava pensando no que falar quando o visse, mas não adiantou de nada, porque quando o viu não conseguiu pensar em nada sensato para falar e mesmo que tivesse pensado, as palavras não saíam de sua boca.

— Annie... — Alfonso tentou falar algo, mas não conseguia, parecia ter algo em sua garganta.

— Poncho, eu... Danem-se as palavras.

Anahí chegou à conclusão de que as palavras não adiantariam muito naquele momento, só a faria perder tempo, então enlaçou Alfonso com os braços pelo pescoço e o beijou, o beijou intensamente como se fosse o último beijo que pudesse desfrutar, como se não tivesse nada mais importante do que beijá-lo, como se sua vida dependesse daquele beijo.

Alfonso a pegou no colo, a trouxe para dentro e fechou a porta, se aquilo fosse um sonho, ele não queria acordar nunca mais. Por mais que soubessem que tinham muito que falar, não puderam esperar mais e se amaram, se amaram intensamente, afinal eram dois anos de saudades. Não pensaram em nada além deles mesmos, só queriam tocar uma ao outro, sentir um ao outro, amar um ao outro como se não existisse amanhã, como se não existisse mais nada.

— Você me perdoa por ter sido uma tola?! — Anahí perguntou enquanto brincava com uma mecha do cabelo de Alfonso. Depois de terem feito amor diversas vezes, ela se aconchegou em seus braços.

— Você realmente quer falar sobre isso?!

— Quero.

— Mas o importante é que agora está tudo bem. — Annie o olhou.

— Está bem.— Por mais que não quisesse falar sobre o seu sofrimento durante os anos de separação, Alfonso sabia que falar sobre aquilo seria bom para a relação entre eles, traria mais confiança para os dois.

— No dia em que você viajou, eu fui ao aeroporto, queria impedi-lo de partir, mas cheguei muito tarde.

— Eu esperava que o fizesse, tinha esperança de que você viria, fiquei muito triste quando entrei no avião, então percebi que a tinha perdido pra sempre.

— Eu me martirizei durante esses dois anos que se passou, nunca pude esquecer que fui a culpada disso.

— Mas não foi sua culpa, não foi culpa de ninguém.

— Eu te amo, sabia?!— A sabedoria em tornar as coisas simples e sem importância, era uma das características que Annie mais adorava em Alfonso, ele tinha o dom de confortá-la.

— Saber, eu sempre soube, mas pensei que nunca ouviria isso da sua boca.

— Bobo!— E também adorava o seu senso de humor.