Fanfic: Aprisionados
Chloë
Abri meus olhos lentamente, expondo-os ao forte sol que reluzia por trás das cortinas finas e brancas da janela que dava para o meio do quarto.
Ótimo. Estou levantando para mais um dia entediante da minha vida miserável. Eu sei... isso soou totalmente dramático. Acostume-se.
Sentei-me na ponta da cama larga, levemente desarrumada, coberta com vários travesseiros rendados e uma colcha de seda “azul-inverno”. O móvel ocupava apenas uma parte do quarto antigo, porém aconchegante. Este possuía paredes de mesma cor que a colcha, no centro do quarto havia uma cadeira suspensa feita de vime cor nude, sob meus pés estava um carpete de quadrados alternados entre as cores preto, branco, vermelho levemente alaranjado e vinho. Era um quarto com um apelo pop, perfurado pelo toque “vintage”, com almofadas de seda em tons pastéis espalhadas pelo quarto.
Com a luminosidade excessiva banhando o quarto, levantei-me e caminhei lentamente até a cômoda branca, próxima a janela, e procurei uma roupa qualquer. Fui em direção ao banheiro, que ficava dentro do quarto, e permaneci lá por longos e relaxantes 30 minutos.
Graças á Deus hoje não teria aula. Em compensação teria que ajudar meu tio a pintar o lado de fora da casa, que estava praticamente em pedaços.
Não me entenda mal. Não é que eu não goste de estudar, mas ter que rever as mesmas pessoas falsas o ano inteiro é, eu tenho que dizer, “uma droga”. As pessoas sãos sujas e traiçoeiras; Todas tem um pouco disso. Eu também, admito, mas não preciso misturar a minha maldade com a dos outros. Entende?
Você deve estar pensando: Nossa, que garota anti-social. Talvez eu seja mesmo, eu tenho os amigos que preciso, nada mais, nada menos.
O que eu realmente quero é poder começar a faculdade logo!
Saí do banheiro com um short jeans de cós alto cobrindo boa parte de uma camiseta nude meio rosada de um ombro só, e um All Star vinho.
Fiz um rabo-de-cavalo alto desleixado em meus cabelos castanhos escuros, e procurei meu Sideckick turquesa, que jazia em cima da cama.
Ah, a propósito, meu nome é Chloë Collins. Eu tenho 16 anos, moro com meu tio, Blake Vega, e meu primo, Kyle Vega, em New York.
A casa de meu tio ficava em um lugar bastante afastado, por isso havia no máximo dois vizinhos próximos... E muito mato.
Enfim, eu desci as escadas, que rangeram ao meu primeiro passo, e procurei o dinheiro que Blake havia deixado para comprar as tintas.
Deixe-me explicar melhor: Eu moro com meu tio e meu primo desde que eu tinha onze anos de idade. Meus pais morreram quando eu tinha dez anos. De acordo com o que eu sei, eles saíram para trabalhar (ambos eram cientistas) e simplesmente desapareceram. Já de acordo com os policiais, eles saíram para trabalhar e se envolveram em um grave acidente no caminho. Mas o carro, nem os corpos de ambos foram encontrados; na verdade os policiais disseram que os corpos deles estavam muito “danificados” e por isso não poderiam ser velados ou enterrados, e sim diretamente cremados. Mas o que eu realmente acho é que eles nunca encontraram o carro ou os corpos, pois nada sobre isso apareceu nos jornais ou programas de televisão, quer dizer, estamos em New York, se um cara aparecer de fraudas nas ruas com toda certeza irá aparecer nos jornais.
Agora que acabei a dramática e chata narrativa da minha vida, tenho que comprar as tintas.
Eu pensei em pegar o Prius prata que estava estacionado na garagem de casa, mas, pensando bem, eu tenho que parar de ser uma criatura sedentária e caminhar.
Tranquei a porta da frente e desci as escadas que davam para o jardim. Ou melhor, para mini floresta a frente de casa, que parecia não ser cortada á anos.
Havia uma trilha no meio daquele mato todo, eu só tinha que achá-la e estaria logo,logo no armazém mais próximo.
Saí de meus devaneios com um leve farfalhar de folhas as minhas costas.
Autor(a): marid24
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Inglaterra, 1952. - São estas as fichas deles? – Perguntou o rapaz mais novo, sentando-se na cadeira mais próxima, e apontando para cinco cabines, três delas com um corpo jovem flutuando no liquido meio azulado. As outras duas estavam vazias. - São sim... – Disse o homem de cabelos negros, olhando distraidamente para os jovens ...
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